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Alírio Netto: Vocalista se apresenta como protagonista na ópera-rock Frankenstein em Florianópolis nesta semana

O ator e cantor Alírio Netto (Queen Extravaganza) se apresenta como protagonista da ópera-rock Frankenstein, do compositor Alberto Heller, nos dias 27, 28 e 29 de junho de 2018, em Florianópolis (SC). A produção é uma realização da Camerata Florianópolis, com regência de Jeferson Della Rocca, direção cênica de Renato Turnes, direção artística do próprio Alberto Heller e produção executiva de Maria Elita Pereira.

A produção é da Camerata Florianópolis, orquestra conhecida pelo estilo inusitado de unir a música clássica aos demais gêneros musicais, como rock, jazz, MPB, reggae e eletrônica. O espetáculo tem regência do maestro Jeferson Della Rocca, direção cênica de Renato Turnes, direção artística do próprio Alberto Heller e produção executiva de Maria Elita Pereira. O projeto é uma realização da Fundação Catarinense de Cultura – Estado de Santa Catarina. Inicialmente as apresentações serão em Florianópolis, mas pretende-se que em breve essa produção viaje pelo país.

O libreto da ópera-rock FRANKENSTEIN, escrito também por Alberto Heller, foi adaptado a partir da obra homônima de Mary Shelley (livro que comemora 200 anos em 2018), e se propõe a resgatar a dimensão trágica e existencial do original – distanciando-se das adaptações cinematográficas que costumam transformar essa profunda e riquíssima história num conto de terror. Nesta ópera, a concepção (tanto do libreto quanto da música) é altamente dramática, dramaticidade que não diminui pelo fato de se tratar de uma ópera-rock.

Nos papéis principais, grandes nomes do canto lírico e do rock nacional como Alírio Netto (vocalista do Queen Extravaganza), que vai interpretar a famosa Criatura; Rodrigo “Gnomo” Matos, que viverá Victor Frankenstein; Carla Domingues, soprano de voz marcante e versátil, que já se apresentou em vários teatros nacionais e internacionais, no papel de Elizabeth; Masami Ganev, soprano que já participou de óperas como Madama Butterfly e La Bohème, interpretará Justine – entre outros grandes nomes da música catarinense. A parte musical compreende ainda coro masculino, banda e orquestra sinfônica. Ao todo, quase 70 pessoas estarão envolvidas no espetáculo.

EM VEZ DE MUSICAL, UMA ÓPERA

Embora formalmente possa ser enquadrada como um musical, estilisticamente FRANKENSTEIN se diferencia da tradição dos musicais (que em geral têm forte influência pop, como no caso dos musicais da Broadway ou mesmo nos da Disney e similares), resultando numa mescla única em seu gênero no contexto das produções contemporâneas. “Por se tratar de uma tragédia, escrevi uma música extremamente densa e dramática”, explica Heller. “O que se reflete na orquestração. O timbre das guitarras e da percussão se mistura à formação sinfônica, numa escrita mais para Mahler que para Andrew Lloyd Webber – razão pela qual insisto no título ópera-rock ao invés de musical”.

Os vários temas que se entrelaçam na história continuam absolutamente atuais: a relação entre criador e criatura, os limites éticos nas pesquisas científicas (discussão que se estende desde a clonagem até as células-tronco, passando ainda pela robótica e pela inteligência artificial), a natureza humana (as fronteiras entre o animal e o espiritual, o conflito entre o racional e o instintual), o sentido da existência (quem somos, de onde viemos, para onde vamos), a relatividade do bem e do mal, a negação/superação da morte, o respeito à diferença e à alteridade, a estigmatização e marginalização dos divergentes.

A ópera-rock FRANKENSTEIN, em dois atos e com duas horas de duração, promete ser uma das mais ambiciosas e originais produções da história da Camerata, que completa 25 anos em 2019.

SOBRE O AUTOR

O libreto e a composição são de autoria do compositor Alberto Heller, músico várias vezes premiado, autor de concertos, sinfonias, música para teatro, dança e cinema e que une aqui seu conhecimento musical ao literário (é doutor em Literatura e membro da Academia Catarinense de Letras e Artes). Nos últimos dez anos foi também o responsável pelos arranjos das várias edições do projeto Rock’n Camerata, junto à Camerata Florianópolis. Heller possui graduação e especialização em Música pela Escola Superior de Música Franz Liszt em Weimar, Alemanha, além de mestrado em Educação, doutorado em Literatura (ambos pela UFSC). É membro da Academia Catarinense de Letras e Artes (ACLA) desde 2008. Publicou os livros Fenomenologia da Expressão Musical (2007) e Jo hn Cage e a poética do silêncio (2011).

SOBRE A CAMERATA

A Camerata Florianópolis foi fundada em 1994 pelo maestro Jeferson Della Rocca e vem atuando ininterruptamente, sempre com significativa participação e relevância na agenda cultural da região Sul do país, e figura entre os mais importantes grupos do gênero no Brasil. Tem em seu currículo apresentações com grandes nomes nacionais, como Lenine, Paulinho Mosca e Zeca Baleiro, além da participação especial na edição do Rock’n Rio 2015 com o guitarrista americano Steve Vai. Uma das especialidades da orquestra é aliar a música erudita aos diversos gêneros musicais, como os projetos Rock’n Camerata, Música para Cinema, Clássicos com Energia, Marley in Camerata, entre outros.

Gravou 13 CDs e seis DVDs, entre os quais: Clássicos com Energia, O Amante do Girassol (de Daniel Lobo), Tributo à Música Popular Brasileira, Edino Krieger (Prêmio Natura Musical), Santa Catarina (composições Alberto Heller e Kleber Alexandre), A Arte do Improviso “In Jazz” e Rock`n Camerata – ao vivo.

Além do repertório camerístico, que trouxe grande reconhecimento à orquestra, a Camerata Florianópolis vem se destacando nos últimos anos também pelo trabalho sinfônico, interpretando obras de peso como a integral das Sinfonias e Concertos para Piano e Violino de Beethoven, A Criação de Haydn, Concertos e Sinfonias de Mozart, bem como seu Requiem (numa das parcerias com o Polyphonia Khoros), Missas, Árias, Aberturas de ópera e diversos Concertos.

Além do êxito obtido em vários estados brasileiros (como Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais), também no exterior obteve grande reconhecimento em suas turnês pela França, Espanha, Alemanha e Itália. Todo esse intenso trabalho artístico não impediu que, desde sua criação, desse enorme valor às questões sociais: implantou importantes projetos educacionais, como Educando com Música e Música e Cidadania; contribuiu para a democratização do acesso a espetáculos eruditos através do projeto Concertos nas Comunidades e Turnês pelo interior de Santa Catarina. Tais iniciativas vêm contribuindo sobremaneira com a cultura musical no Estado, formando plateias e estimulando a juventude à prática musical.

Entre várias honras recebidas, destacam-se o Prêmio Franklin Cascaes de Cultura da Prefeitura Municipal de Florianópolis (2011), a Medalha Mérito Cultural Cruz e Souza do Governo do Estado de Santa Catarina (2012) e Prêmio Edino Krieger como “Destaque Musical do Ano” da Academia Catarinense de Letras e Artes (2015).

FICHA TÉCNICA

SITEhttps://www.operafrankenstein.com/

FANPAGEhttps://www.facebook.com/%C3%93pera-Frankenstein-254074141830253/

INSTAGRAMhttps://www.instagram.com/operafrankenstein/

SERVIÇO

LOCAL: Teatro Ademir Rosa, CIC (Centro Integrado de Cultura) – Florianópolis
DATA: 27, 28 e 29 de junho de 2018
Libreto e composição: Alberto Heller
Regência e direção musical: Jeferson Della Rocca
Direção Cênica: Renato Turnes
Direção artística: Alberto Heller
Iluminação: Hedra Rockenbach
Figurinos: José Alfredo Beirão
Cenografia: Sandro Clemes
Produção: Maria Elita Pereira
Realização: Camerata Florianópolis

INGRESSOS:

Récita dia 26/junho – 14 horas
ENTRADA FRANCA (sem lugar marcado)
Direcionada para alunos (com 14 anos ou mais) e professores
Entrega de 500 ingressos na bilheteria do CIC, no dia 11 de junho, a partir das 14h.
Cada aluno/professor poderá retirar até 2 ingressos.
Na entrada no teatro (no dia do espetáculo) será solicitada a apresentação de comprovante (professor ou aluno).
Os demais 406 ingressos estão reservados para escolas públicas e projetos sociais que formarão grupos de alunos/professores.

Récita dia 27/junho – 20 horas
ENTRADA FRANCA (sem lugar marcado)
Entrega de 700 ingressos na bilheteria do CIC, no dia 12 de junho, a partir das 14h.
Cada pessoa poderá retirar até 2 ingressos.

 

Edições avulsas, assinatura física e digital.

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