Enquanto as integrantes do L7 se preparam para vir ao Brasil, o quarteto formado por Donita Sparks (vocais e guitarra), Suzi Gardner (guitarra e vocais), Jennifer Finch (baixo) e Demetra Plakas (bateria) disponibilizam uma música inédita.
Trata-se de Cooler Than Mars, música que vem acompanhada de videoclipe. O single carrega a essência grunge do conjunto, mas acrescenta batida eletrônica e sintetizadores. Conforme explica Sparks, a faixa inédita é um alerta sobre a destruição do meio ambiente.
“Ela foi inspirada nas notícias catastróficas em curso das mudanças climáticas e nas estranhas paixões de cowboys espaciais bilionários para explorar os limites externos de nossa estratosfera. Parece-me que tais obsessões e recursos devem estar totalmente focados na cura da nossa ‘Big Blue Marble’. Sinto que não há nada ‘lá fora’ que seja tão alucinante quanto a biodiversidade do que temos aqui na Terra. Porque somos mais frios que Marte, p*rra!”, esbraveja Donita.
Pioneiras do movimento feminista norte-americano no punk/grunge e do Riot grrrl lá no início da década de 1990, e detentoras de uma das sonoridades mais autênticas do rock, o L7 volta ao Brasil em outubro.
O L7 está de volta em plena atividade desde 2014, após um hiato de 14 anos. A banda se mostra revigorada e tocando ao redor do globo com explosivos shows sold-out.
O quarteto de Los Angeles, à época comparada à versão feminina do Nirvana, foi uma das mais reverenciadas bandas no antológico Hollywood Rock de 1993, num show que até hoje é lembrado pela legião de fãs brasileiros.
Desde que gravaram o primeiro disco em 1987, dois anos após a formação da banda, o L7 contabiliza seis discos de estúdio, três registros ao vivo, um disco de covers, entre um monte de hits que tocaram – e tocam – à exaustão pelas rádios de todo o mundo, lançados por grandes gravadoras como Epitaph, Sub Pop, Slash Records e Warner. O L7 também ganhou relevância nos anos 90 devido às letras das músicas, como defesa das liberdades civis e feminismo.
Após o retorno, Donita Sparks (guitarra/vocal), Suzi Gardner (guitarra/vocal), Dee Plakas (bateria) e Jennifer Finch (baixo) já lançaram algumas músicas, como ‘I come back to bitch’ (que ganhou um videoclipe com ares de produção caseira, no melhor espírito grunge noventista), e ‘Dispatch from Mar-a- Lago’.
“Bricks are Heavy”, o terceiro disco da carreira, e um dos registros mais importantes dos anos 90 para o rock, impulsionou o quarteto ao estrelato mundial, foi considerado pela edição norte-americana da revista Rolling Stone como um dos 100 discos “indispensáveis” dos anos 90. É neste registro que gravaram o hit ‘Pretend We’re dead’, um sucesso comercial que ultrapassou as barreiras do rock e levou a banda a outros públicos, do pop ao metal.