Para os fãs mais fanáticos do KISS, em conversas de mesa de bar há uma opinião que é praticamente unânime: nos últimos anos, os setlists da banda têm sido bem mais interessantes do que os de suas turnês regulares. Isso não apenas porque em seu próprio cruzeiro a banda lança mão de músicas pouco aproveitadas em turnês, mas porque na estrada o repertório da banda é praticamente sempre o mesmo nos últimos anos, com raras mudanças. E isso vem se repetindo inclusive na turnê de despedida do KISS, a End of the Road Tour. Tudo bem que quem vai a um show, seja ele qual for, quer ouvir os grandes clássicos e hits de uma banda, mas é sempre mais legal quando temos uma ou duas surpresas inseridas em um repertório. Mas apesar das críticas feitas também nas redes, Paul Stanley tem defendido o setlist atual da banda.
“Ouvi algumas pessoas reclamarem que o set list não muda, mas montamos um set list com base nas pessoas que estão vindo (nos assistir)”, justificou Stanley durante entrevista ao Ultimate Classic Rock. “A pessoa que vem a um show, não sabe o que vai acontecer amanhã à noite ou o que aconteceu ontem à noite. Então, alguém sentado em casa criticando o set list é um absurdo”.
Bem, sobre a pessoa não saber o que irá acontecer “amanhã”, ele talvez tenha razão, porém dizer que a pessoa não sabe o que aconteceu “ontem” em termos de set list, mostra que possivelmente ele não conhece, por exemplo, o site setlist em que os fãs o atualizam praticamente simultaneamente com o que está acontecendo em determinado show.
Além de defender a quesão dos setlists, Paul Stanley falou de seu sentimento ao ver o último show de sua vida com o KISS se aproximando:
“Uma coisa é planejar o fim, que começamos a planejar anos atrás, porém planejar algo e depois ver o fim é iminente, é diferente de vê-lo de longe”, admite. “Então, sim, certamente há uma realidade que bate à porta. Você está no trem e pode ver a estação”.