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MACHINE HEAD – Rio de Janeiro (RJ)

28 de outubro de 2023 - Circo Voador

Por Pedro Alberto Viana
 
Fotos: Daniel Croce

Após oito anos sem vir ao Brasil, o Machine Head trazia alguma incerteza a todos que não buscaram spoilers sobre seu setlist, e também como os novos integrantes, consolidados desde 2019, performariam no palco. 

Pela primeira vez no Rio de Janeiro, o Machine Head começou com Imperium, um clássico que já abriu muitos shows do grupo. Se ao ouvir a intro, o fã mais old school já notava seus batimentos acelerados, a presença de Robb Flynn, que adentrava o palco com bastante calma e tranquilidade, rapidamente cessou a paz ao ouvirmos com bastante potência a sua voz, “Hear Me Now!”, e também os gritos do público. Na sequência, o Machine “fucking” Head emendou Ten Ton Hammer, CHØKE ØN THE ASHES ØF YØUR HATE e Now We Die. Já The Blood, The Sweat, The Tears trouxe novamente a nostalgia aos fãs mais antigos e manteve o pique do show.

MACHINE HEAD - Rio de Janeiro (RJ)
Muito bem pensado, o setlist alternava músicas mais recentes à outras clássicas, o que, com certeza, desmonta qualquer argumento de quem não curtiu os últimos trabalhos da banda (sim, Catharsis, estou olhando para você!). UNHALLØWED, None But My Own e Take My Scars mantiveram o público vidrado e serviram de aquecimento para a fase que considero ter sido o auge do show. Ao inicio de Locust, em meio à luzes verdes intensas, a banda e o maestro Robb Flynn arrancaram berros e suspiros ao longo dos versos e do marcante refrão, além de um coro em uníssono sobre as belíssimas dobras de guitarra – à propósito, que timbres! Há tempos eu não ouvia sons de guitarra tão bem equalizados, pesados e com uma ambiência a transportar o fã para outra dimensão. Is There Anybody Out There? e NØ GØDS, NØ MASTERS deixaram todos roucos em seus refrãos de grande potência, sem contar que a presença de Robb fez com que até os mais cansados (aliás, fazia muito calor – e bota calor nisso, em plena “primavera” carioca!) cantassem do início ao fim. 
Em meio ao peso da bateria de Matt Alston e à divertida interação entre Wacław “Vogg” Kiełtyka (guitarra) e Jared MacEachern (baixo), Robb pediu aos fãs que por meio de gritos definissem qual seria o cover tocado naquela noite. Foram oferecidas opções entre Whiplash (Metallica), Seasons in The Abyss (Slayer), Hallowed Be Thy Name (Iron Maiden) e, pasme, All The Small Things (Blink-182) – essa imediatamente vaiada. A banda usou do bom humor e converteu vaias em risos tocando trecho da música do Blink –  com direito a pedal duplo! E se em Curitiba a música escolhida foi Hallowed Be Thy Name, no Rio foi Seasons In The Abyss. Executada com elegância e muito peso, a música do Slayer foi ovacionada pelo público. Old, Aesthetic of Hate (que foi dedicada ao saudoso Dimebag Darrell) e um breve solo de guitarra com direito a riff de Refuse/Resist (Sepultura) fecharam o nostálgico, intenso e talvez o mais agitado bloco da noite, que, aliás, teve intensos circle pits.
Robb voltou ao palco e anunciou Darkness Within, faixa sobre saúde mental, depressão e o poder da música em nossas vidas. Após um intenso discurso sobre a mesma, ele pediu a todos que guardassem seus celulares e prestassem atenção naquele momento, o qual ele prometeu que nunca nos esqueceríamos. E realmente, o público cantando em uníssono as belíssimas melodias, verso e refrão da música definiu o momento mais marcante do show. O Machine Head cravou uma lembrança na mente de todos os presentes, algo para levarem para o resto da vida. O vocalista e guitarrista seguiu o show arremessando cerveja ao público e pedindo que gritassem enquanto ele jogava os copos aos fãs mais entusiasmados. E entre alguns “Vai, caralho!”, ele disse que nunca esteve em uma casa de shows como aquela, ressaltando o visual do Circo Voador, diferente das demais casas clássicas que a banda já passou.
Novamente, com Catharsis, Bulldozer e From This Day, o Machine Head foi de um ritmo morno a outro mais aquecido, até encontrar seu auge em Davidian, música que deixou os fãs da banda simplesmente insandecidos. Circle pits, muito bate cabeça e gritos de felicidade ecoavam pelo Circo Voador, mostrando a potência que este hit tem até hoje. A grandiosa Halo fechou a noite com sua melodia de guitarra, que com certeza está ecoando até agora na cabeça de todos os fãs. Seu refrão tira o pouco de voz que o público ainda tinha e, ao término do espetáculo, deixou uma sensação de saudade constante.
Se havia qualquer dúvida de que o Machine Head faria um baita show, é certo que não foi necessário nenhuma artimanha para convencer que Robb Flynn é, ainda, um dos melhores frontmen da atualidade e da história do metal, de que Jared MacEachern é um dos músicos mais carismáticos da cena atual, e que Vogg e Matt Alston honram o legado da banda com maestria no que fazem. O Machine Head é uma banda excepcional, com um setlist matador e equilibrado, que no dia seguinte garante boas dores no pescoço e sorrisos nostálgicos. Para quem foi ao show zero arrependimento; quem não, meus pêsames…
Machine Head setlist:
Imperium
Ten Ton Hammer
CHØKE ØN THE ASHES ØF YØUR HATE
Now We Die
The Blood, the Sweat, the Tears
UNHALLØWED
None But My Own
Take My Scars
Locust
Is There Anybody Out There?
NØ GØDS, NØ MASTERS
Seasons in the Abyss (Slayer Cover)
Old
Aesthetics of Hate
[Solo de Guitarra]
Darkness Within
Catharsis
Bulldozer
From This Day
Davidian
Bis:
Halo
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