Por Alex Freire
Eu acho um pouco desconexo e sem propósito, uma banda que não seja europeia, abraçando a sua cultura ancestral, para servir como embasamento artístico. Mas este é um ponto de vista apenas meu, e que não reflete a opinião dos meus colegas de redação. Mas por que então, comecei este texto com um tom reflexivo? Porque a brasileira HOLDARK faz justamente isso, no seu debut álbum “Ocean”.
“Ocean” é um típico álbum de Pagan Metal, com todas as características que fizeram o gênero emergir, nos anos 2010. Então, deixando de lado o fato destes quatro caras serem brasileiros, e estrem bem distantes da cultura que abraçaram, “Ocean” acaba agradando. O material é muito bem feito, e extremamente rico dentro da sua simplicidade. Ou seja, não dá pra falar mal dos compositores, porque eles são eficazes no que se propuseram.
A produção pode não ser o ponto mais positivo, mas ela auxiliou a deixar a sonoridade o mais pé no chão, dentro das melhores possibilidades. Ao mesmo tempo que não é encorpada, traz consigo aquele tempero rudimentar, para que tudo soasse o mais orgânico quanto possível. É justamente por isso que “Runes”, “Fly my Raves” e a faixa título funcionem tão bem.
Se você, caro leitor, não considerar como demérito, uma banda brasileira falar sobre a cultura nórdica, pode ir sem medo conferir “Ocean”. Porque ele cumpre com a sua finalidade de entreter e, demonstrar que os limites da criatividade estão aí para serem rompidos, dia após dia.
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