O EVERGREY talvez seja, dentro do heavy metal, a banda que melhor define o quase sempre malvisto termo “evolução”. Sem nunca ter se afastado do prog metal que o consagrou, o quinteto sueco vem ascendendo musicalmente de maneira constante, ao ponto de os três álbuns anteriores – The Atlantic (2019), Escape of the Phoenix (2021) e A Heartless Portrait (The Orphean Testament) (2022) – formarem uma trinca indispensável aos fãs do estilo.
E com Theories of Emptiness, o 14º disco de estúdio, TOM S. ENGLUND (vocal e guitarra), HENRIK DANHAGE (guitarra), JOHAN NIEMANN (baixo), RIKARD ZANDER (teclados) e JONAS EKDAHL (bateria) não fugiram à regra – lembrando que EKDAHL não sairá mais em turnê, mantendo apenas seu papel de compositor e produtor na banda.
Temos aqui dez faixas que são um bálsamo para ouvidos maltratados, a começar pela excelente Falling from the Sun, que tem um refrão de tirar o chapéu e um clima que resgata para o presente um pouco do passado mais cru, digamos assim, do EVERGREY.
Misfortune, por sua vez, ratifica a maneira bem peculiar de o grupo aliar peso ao lado mais progressivo da música, o que Say e We Are the North também fazem, mas com singularidades: a primeira apresenta uma bem-vinda dose de groove, e a segunda, um instrumental quase hipnótico.
Mais destaques? To Become Someone Else flerta com o blues — sim, você não leu errado —, e One Heart e Our Way Through Silence têm uma pegada mais comercial que bem poderia levar o EVERGREY às rádios. E entre a beleza de Ghost of My Hero e da surpreendente faixa-título, os vocais de JONAS RENKSE (KATATONIA) e SALINA ENGLUND (filha de TOM) enriquecem com tons divergentes a espetacular Cold Dreams.
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