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70,000 TONS OF METAL

Mar do Caribe - 29 de janeiro a 1º de fevereiro de 2024

Por: Claudio Vicentin

Fotos: Mark Gromen

Foram quatro dias no mar, sessenta bandas, mais de 120 shows e 3 mil ingressos vendidos. A edição de 2024 do 70,000 Tons of Metal aconteceu de 29 de janeiro a 1º de fevereiro num cruzeiro que partiu de Miami, na Flórida (EUA), passou por Puerto Plata, na República Dominicana, e retornou ao porto de origem. O evento aconteceu a bordo do transatlântico de luxo Freedom of the Seas.

Foi uma experiência bem diferente. Eu nunca havia viajado em um transatlântico e a curiosidade de entender como tudo funciona em um festival em alto mar era enorme. Vai ter caixas de guitarra rolando quando o mar estiver mais nervoso? Vou ficar enjoado? Essa foi uma pergunta que escutei muitas pessoas fazendo. No final, foi tudo tranquilo, com muitos comentando que a viagem foi uma das mais calmas, pois o mar colaborou.

Sair de Miami em direção ao alto mar proporcionou uma vista sensacional. Eu estava no andar mais alto, o pôr-do-sol estava lindo e ver a cidade ficando para trás foi empolgante.

O festival deste ano foi encabeçado por Sodom, My Dying Bride, Epica, Blind Guardian e Kataklysm, com dezenas de outras bandas e metal ininterrupto das 10h às 6h. Dormir é para os fracos! O bar nunca fecha e a banheira de hidromassagem é onde fica o circle pit.

Minha cabine ficava no quarto andar, com sacada com vista para o oceano. A alimentação estava toda inclusa e existiam opções para todos os gostos – todas com qualidade surpreendente. Agora, era encontrar os muitos amigos jornalistas de todo o mundo presentes, além do pessoal das bandas nacionais para aproveitar esses quatro dias de muito metal e festa. Afinal, lá estavam Angra, Noturnall, Nervosa e Crypta, além de Bruno Sutter que foi cobrir os shows pela Kiss FM.

Segunda-feira, dia 29 de janeiro

Em Miami, os headbangers embarcaram na expectativa de assistir a sessenta bandas de heavy metal e de confraternizar com seus artistas favoritos. Assim que atravessavam a plataforma de embarque e ingressavam no navio, os participantes eram recebidos por uma equipe denominada Pool Team.

Blind Guardian

Lá dentro, o destaque era o palco Pool Deck, a maior estrutura já construída para navegação em mar aberto. Os shows começaram logo após a partida do navio, no final da tarde. Nesse dia, o Pool Deck ainda não estava aberto, mas nos outros três palcos se apresentaram nomes como Vision Divine, Leaves’ Eyes e Blind Guardian. Já a Crypta que tocou no lounge, num espaço pequeno para a popularidade da banda. Esse foi o comentário do público que estava presente e muitos nem conseguiram vê-las ao vivo. Halo Effect foi outra ótima apresentação! Melodias insanas!

Além de ver os shows, todos muito bons, percorri o navio para me situar. É uma estrutura absurda. E acaba rolando uma interação legal entre bandas e fãs porque todos se encontram nos corredores do navio. Um ou outro artista fica mais recluso, mas a maioria vai para os bares, bebe junto com o público, toma sol junto etc.

 

Terça-feira, dia 30 de janeiro

Enfim, o Pool Deck estava recebendo shows! Foram mais de cem funcionários trabalhando durante a noite para que ele estivesse pronto às 10h da manhã para o primeiro show do dia, do Nanowar of Steel. A partir de então, foi uma sucessão de bandas sob o forte sol caribenho. Para proteção dos raios ultravioleta, funcionários chamados de “pool girls” e “pool boys” ofereciam protetor solar para o público. Nesse dia ainda aconteceram meet & greet em diversos espaços, totalizando mais de quarenta das atrações. Havia espaço para venda de merchandising, CDs, vinis e diversos outros materiais para os músicos assinarem. Também rolaram clínicas e eventos especiais, como uma mostra sobre a história dos vikings apresentada por Alexander Krull, tecladista e vocalista do Leaves’ Eyes. Dentre os shows, destaque para os brasileiros, já que Noturnall, Nervosa e Angra se apresentaram nesse dia. Vi as três bandas em ação e todas tendo uma bela audiência. Vale lembrar que as bandas se apresentam duas vezes. Esse primeiro show do Angra aconteceu em um palco interno e o segundo foi no Pool Deck Outdoor, onde gravaram o DVD.

Nervosa

Quarta-feira, dia 31 de janeiro

Após dois dias praticamente ininterruptos de apresentações, o Freedom of the Seas ancorou em Puerto Plata nas primeiras horas da manhã. Nessa parada, os passageiros puderam conhecer o lugar, com opções como encontro com golfinhos, mergulho com snorkel e vários outros passeios, sempre acompanhados por músicos de bandas como Sodom, Blind Guardian, Tygers of Pan Tang e Epica. Eu me juntei ao pessoal de Crypta e Angra, e fomos para uma praia famosa em Puerto Plata.

Por conta dessas atividades, os shows começaram apenas às 17h, mas se estenderam até as 6h da manhã. Entre muitos outros, subiram aos palcos a brasileira Crypta, Blind Guardian, Grave Digger, Aborted, Leaves’ Eyes e Monstrosity. Fui ver o Kataklysm no deck da piscina para um set especial tocando In the Arms of Devastation inteiro.

Kataklysm

E ver a Nervosa em um segundo show foi igualmente incrível. Para ser justo, este foi apenas o segundo show que Gabriella Abud fez como baterista da banda, e Prika estava muito bem! Essa versão da Nervosa com guitarra dupla e Prika nos vocais é uma das formações mais fortes da história do grupo – e, que fique claro, isso não é absolutamente um tiro contra a formação “clássica”, com Fernanda atrás do microfone.

E então o Blind Guardian de novo! A única coisa melhor que o Blind Guardian no Teatro é o Blind Guardian no Deck da Piscina ao ar livre. Como sempre, a qualidade da banda ao vivo e o carisma de Hansi Kürsch empolgam a todos os presentes.

Blind Guardian

Quinta-feira, dia 1º de fevereiro

O último dia de qualquer festival de música é sempre uma despedida. No fundo, você sabe que é inevitável, mas faz o possível para se distrair. Eu estava querendo ver o máximo de bandas possível e aproveitar cada momento.

Nesse último dia do 70,000 Tons of Metal rolou o já consagrado concurso de “barrigadas” na piscina, com diversos músicos compondo o corpo de jurados. Também teve o Jamming in International Waters, uma jam comandada por Alexander Krull do Leaves’ Eyes e Kristin Starkey, vocalista do Temperance. Dentre os shows, estavam Katatonia, Epica, My Dying Bride e Sodom, cabendo ao Angra a oportunidade de encerrar os trabalhos do Pool Deck. Vi todas essas bandas e, para mim, foi demais poder apreciar de perto o My Dying Bride.

Epica

O segundo set do Sodom foi exclusivo, eles tocaram o clássico Agent Orange. Devo dizer que foi meu set favorito do dia. A energia da banda foi incrível, assim como o público, e as músicas foram tocadas com perfeição.

O show do Angra que encerrou o 70,000 Tons of Metal foi ótimo. Assisti do lado do palco, junto com a equipe da banda, e o público foi muito receptivo.

My Dying Bride

Ao final, o capitão dirigiu-se ao público, que acabou sendo chamado de “Nações Unidas do Heavy Metal no Mar”, já que um total de 71 países estavam representados lá. Para finalizar, todos se reuniram para o 70,000 Tons of Karaokê, que durou até o amanhecer. Essa foi uma festa muito divertida!

O 70,000 Tons of Metal 2025 está marcado pera o período de 30 janeiro a 3 de fevereiro e terá como destino Ocho Rios, na Jamaica.

Sodom

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