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WOLF HOFFMANN (ACCEPT): “Não compomos discos, e sim músicas”

Guitarrista esclarece se o novo álbum, "Humanoid", é ou não conceitual

Próximo de completar 50 anos de história – e com novidades a caminho para celebrar (leia aqui) -, o incansável Accept divulga atualmente o seu novo álbum, Humanoid, lançado em abril. A temática abordada no título do disco e a correspondente arte de capa, concebida pelo artista húngaro Giula Havancsák (Destruction, EdguyStratovarius, Blind Guardian, Angelus Apatrida, Annihilator, Burning WitchesGrave Digger), parecem indicar um álbum conceitual. Em entrevista à nova edição da ROADIE CREW (#280, adquira-a aqui), o guitarrista e único membro remanescente da formação original, Wolf Hoffmann, esclarece se o 17° álbum de estúdio do grupo alemão é realmente um trabalho conceitual.
 
Como bem apontado pelo repórter Daniel DutraHumanoid tem um direcionamento lírico geral que remete de fato a uma continuação mais abrangente da faixa Analog Man, presente no álbum The Rise of Chaos de 2017. Hoffman respondeu confirmando se temos ou não em Humanoid um álbum conceitual, ao mesmo tempo em que disse algo curioso sobre a abordagem de composição do Accept: “Você observou bem, porque não é mesmo conceitual, já que não compomos discos, e sim músicas. Quando achamos que há canções suficientes, aí vira um álbum. Nunca imaginamos o disco partindo de um tema ou de um conceito, apenas criamos as músicas e as juntamos num mesmo trabalho”.
 
Hoffmann prosseguiu dizendo que, “Às vezes acontecem sobreposições, como agora, com Humanoid e Frankenstein, porque podemos dizer que elas têm uma relação próxima, já que ambas falam sobre uma criatura, um homem-máquina, mas isso não foi planejado. Nós apenas gostamos das duas canções e as mantivemos no álbum, e a ideia de Humanoid é ser uma continuação do Metal Heart (1985), por isso tem uma referência na capa (N.R.: Na capa de Humanoid, o coração do “Homem-Máquina” e a moldura em torno do mesmo são claras referências a Metal Heart). Nos anos 1980, havia o conceito embrionário de um coração artificial, e agora em 2024 a coisa evoluiu para Inteligência Artificial e robôs que criam coisas, então  fizemos essa relação entre os discos. No início do processo de composição, tento pensar no que estamos tentando falar em determinada música, sobre o que ela fala. Qual é o clima? É sobre algo feliz? É sobre algo sombrio e sinistro? É para ser assustadora? Falaresmos sobre demônios? É sobre bebedeira? Essas perguntas vão ditar a energia da música, e um bom exemplo disso é Straight Up Jack, cuja letra chegou primeiro porque Mark me deu um monte delas e disse: ‘Veja o que consegue fazer com isso’. Ele também escreveu Man Up, e tentei criar canções que se encaixassem no que ele escreveu. No caso de Straight Up Jack, precisava ser lago tranquilo e mais rock ‘n’ roll, nada lento e triste, mas também nada super agressivo. Tinha que ser algo sem muita complicação. Cada música precisa da própria vibração, e o processo de composição fica mais fácil assim que isso fica claro”
 
A entrevista completa de Wolf Hoffman (Accept) você lê na nova edição da ROADIE CREW, #280. Para adquirir a revista e recebê-la em casa, acesse nossa loja oficial ou entre em contato pelo fone (11) 96380-2917 (WhatsApp).
Wolf Hoffmann | Foto: Andre Santos (Roadie Crew)

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