Após 40 anos na estrada, o SEPULTURA vai encerrar suas atividades ao fim da turnê Celebrating Life Through Death. Com um legado inigualável no metal brasileiro a ser festejado, a banda pode reunir todos os seus ex-integrantes para um show final.
Em entrevista ao jornal O Globo, ANDREAS KISSER discutiu muitos elementos ligados à despedida do grupo: desde a decisão inicial à saída do baterista ELOY CASAGRANDE, logo antes da tour começar, para entrar no SLIPKNOT. O músico também mencionou a possibilidade de compartilhar o palco novamente com os irmãos CAVALERA e outros antigos colegas.
Ele disse:
“A gente está trabalhando na possibilidade de um último show com participação não só deles (dos irmãos IGGOR e MAX CAVALERA), mas de todos que fizeram parte dela. Essa é a ideia. Se vai rolar, aí depende de muita coisa.”
E quando esse último show acontecerá? KISSER não deu uma data fixa: ele disse que o SEPULTURA não passará de 2026, mas existem muitos países pelos quais a banda quer visitar primeiro.
“Queremos fazer o máximo possível, celebrar tranquilo, não tem pressa, sabe? Vamos esticar até onde for possível. Queremos ir para a Islândia, por exemplo, aonde nunca fomos. Tocar no Alasca, algo que a gente nunca conseguiu. É como se estivéssemos morrendo mesmo. Vamos realizar nossos sonhos antes de partir dessa pra melhor.”
O guitarrista ainda lembrou como, ao longo da trajetória da banda, o SEPULTURA visitou muitos países fora do eixo. ANDREAS afirmou não esperar a mesma conexão com o público em todo lugar, e a pandemia o fez repensar sua relação com o presente do grupo.
Ele explicou:
“Em relação ao público, não espero a mesma conexão sempre, sou um procurador de coisas diferentes. Na pandemia, perguntávamos: ‘Quando é que vai voltar? Ah, daqui a três meses vamos voltar.’ Mas eu pensava: ‘Voltar para onde? Qual o passado: 1988 ou semana passada?’ Não existe volta, mano.”
MAX CAVALERA sobre o fim do SEPULTURA
Não faz muito tempo desde que MAX CAVALERA, negou ter recebido tal convite. Em entrevista de junho ao Rock Hard Greece (via Blabbermouth) em junho, o vocalista e guitarrista compartilhou sua opinião a respeito do fim do grupo que integrou da fundação até 1996. Antes, ao ser perguntado se participaria de algum show da turnê de despedida dos ex-colegas, respondeu:
“Não fui chamado. Na verdade, acho que vi uma coisa que ANDREAS disse, tipo: ‘Por que vamos convidar eles [MAX e IGGOR]? Eles vão estragar a festa’. É muito típico de Andreas dizer isso [risos]. Mas não sei. Vou deixar as coisas acontecerem do jeito que vão acontecer.”
O músico completou:
“Não vou forçar nada, e se chegar um momento em que sentirmos que deveríamos fazer uma reunião – ok, tudo bem, contanto que façamos da maneira certa. Assim como aconteceu com essas regravações. Acho que fizemos da maneira certa – honesto, adequado, com o coração. Então, no momento, não estou pensando em reunião.”
Quanto à decisão de encerrar as atividades do SEPULTURA, MAX disse não compreender os motivos por trás. O músico afirmou que tocar ao vivo é algo essencial para ele, logo, é incapaz de pensar em aposentadoria.
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