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Como o fisiculturismo afetou GEORGE LYNCH na guitarra

Durante os anos 1990, George Lynch embarcou em uma trajetória paralela à música. O guitarrista clássico do Dokken se tornou um fisiculturista — e as mudanças não ficaram limitadas à aparência física.

Em entrevista ao Ultimate Guitar, o músico discutiu a importância atribuída à imagem de artistas no meio. Isso motivou uma conversa sobre sua prática de musculação e Lynch descreveu os efeitos disso na sua técnica de guitarra.

Ele disse:

“Obviamente me deixou mais forte. Então acho que foi benéfico até certo ponto. Mas também comecei a ter cãibras fortíssimas nos meus antebraços. Cãibras estáticas que não passavam. E eu tinha isso sempre que tentava tocar algo mais longo. Eu precisei encontrar maneiras diferentes de aliviar isso.”

George reconheceu que estava indo longe demais. Ele destaca:

“Isso foi uma consequência. Todo aquele levantamento de peso tornou impossível para eu tocar de vez em quando. Qualquer solo mais longo, meu braço esquerdo dava cãibra e minha mão parecia uma garra. Completamente paralisada. Era meio assustador. Nada bom. Eu definitivamente estava exagerando.”

Hoje em dia, o músico abandonou o fisiculturismo. Prestes a completar 70 anos, Lynch contou ao site que não se preocupa mais tanto com a aparência — uma sabedoria que veio com a idade.

O relato de John Petrucci

Outro entusiasta da musculação no mundo da guitarra, John Petrucci tem relatos mais motivadores a passar. O músico do Dream Theater comentou também ao Ultimate Guitar, em 2021, que o fisiculturismo trouxe a ele um “estilo de vida positivo”.

“O único ponto negativo é que se você não tiver cuidado, você pode se machucar, mas isso é óbvio. Você precisa ter cuidado com as mãos e os punhos quando está levantando grandes barras de metal.”

O integrante do DT deixou claro que um músico que gosta de fisiculturismo não pode correr os mesmos riscos que um atleta. Ele afirma:

“É por isso que sou ridiculamente cuidadoso quando estou treinando com peso. Há certas coisas que você pode fazer para se manter mais protegido contra lesões. Às vezes, você aprende isso da maneira mais difícil, mas os ‘prós’ superam os ‘contras’ nesse sentido.”

Ainda na visão de Petrucci, todo tipo de hábito que favorece a saúde física e mental é importante para qualquer pessoa. Porém, faz a diferença especialmente para músicos, que precisam viajar muito e têm de cuidar de seus corpos.

George Lynch fora do Dokken

Durante a década de 1990, George Lynch ficou bem ocupado. Além do fisiculturismo, ele lançou três álbuns de estúdio com sua banda solo, Lynch Mob, e mais dois com o Dokken, que havia retomado atividades após um hiato iniciado no fim dos anos 1980.

Entretanto, o guitarrista foi demitido do grupo em 1997 em meio a tensões com o líder, o vocalista Don Dokken. Após ter uma tentativa de retorno rechaçada, o músico processou a banda e pediu uma indenização de US$ 1 milhão.

Infelizmente para Lynch, o Dokken venceu o caso na Justiça. O grupo continuou sem ele pelos anos 2000 com vários guitarristas diferentes, incluindo John Norum (Europe) e Reb Beach (Winger).

Ao longo dos anos, Lynch participou de mais algumas reuniões do Dokken, mas nenhum retorno oficial se concretizou. Don Dokken é o único integrante da formação clássica remanescente.

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