Andrew Watt se tornou um dos produtores mais cotados dos últimos tempos. O músico de 33 anos gravou singles e álbuns de nomes como Rolling Stones, Ozzy Osbourne, Eddie Vedder e Iggy Pop, além de artistas pop como Justin Bieber, Lady Gaga, Miley Cyrus e Demi Lovato.
Em entrevista à Variety, o americano admitiu sentir receio de trabalhar com nomes tão grandes, especialmente os mais antigos, como Osbourne (nos álbuns Ordinary Man e Patient Number 9) e os Stones (em Hackney Diamonds). Ele reflete:
“Você perde a cabeça em particular. Porque Paul McCartney, Mick Jagger, Keith Richards, Elton John, Eddie Vedder… eles são totalmente capazes de produzir um álbum sozinhos. Eles entendem a estrutura da música, a etapa de mixagem, como tirar um bom som de caixa de bateria… eles fazem isso há muito tempo. Então, nenhum deles precisa de um produtor — mas eles estão escolhendo contratar um produtor.”
O passado de Watt como produtor pop — embora antes tenha integrado como guitarrista o California Breed, ao lado de Glenn Hughes e Jason Bonham — também o deixou um pouco inseguro. Curiosamente, um artista do segmento, ainda que ligado ao hip hop, serviu como ponte para que Andrew trabalhasse com Ozzy: Post Malone.
“Uma noite fomos ao Rainbow (bar em Los Angeles) e Post Malone comprou uma foto do Ozzy que estava na parede de lá. Eu disse: ‘Deveríamos fazer uma música com o Ozzy!’.”
Isso levou ao dueto “Take What You Want”, lançado por Malone e Osbourne como single em 2019 e aproveitado também em Ordinary Man, no ano seguinte.
Ao surgir um convite para trabalhar no disco do Madman, veio o sentimento de que talvez não fosse o sujeito ideal para o trabalho.
“Fiquei muito honrado, mas eu era um produtor pop, então não tinha certeza. Mas Chad [Smith, baterista do Red Hot Chili Peppers] e Duff [McKagan, baixista do Guns N’ Roses], que se tornou um grande amigo, disseram: ‘Você tem que fazer isso, e nós faremos isso com você’.”
Sobre o trabalho com os Rolling Stones, Andrew Watt comentou:
“Eu apenas tentei produzir como se estivesse na primeira fila [de um show] e pensar: ‘O que eu quero ouvir?’. Tem que ter energia e tem que evocar as coisas que as pessoas amam na banda, se encaixando com os hits.”
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