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DEE SNIDER explica por que nunca dividiu os créditos do TWISTED SISTER com os outros membros

O catálogo do Twisted Sister inclui cinco álbuns de estúdio com composições autorais. Desde o álbum de estreia, Under the Blade (1982), até o último, Love is for Suckers (1987), todas as músicas têm créditos exclusivamente para Dee Snider, sem participação de outros membros da banda nas composições. Em recente entrevista para o podcast X5, o vocalista finalmente explicou o motivo de nunca ter compartilhado com seus antigos companheiros a autoria das músicas da banda. 

Disse Snider (conforme transcrição do Blabbermouth): “Eu entrei no Twisted Sister e me juntei a uma banda que já existia. Todos os caras eram mais velhos. Eles eram alguns anos mais velhos que eu, e todos eram de Nova York, do Bronx. Eles tinham aquela atitude nova-iorquina. Eu era um caipira suburbano. Então, eu era mais jovem que eles. Entrei na banda cheio de ilusões. Eu tinha uma voz e eles me tratavam como se eu fosse o garoto. E isso realmente me alienou quanto aos caras. Eu os amo agora – somos amigos -, mas naquela época, no início, isso realmente me fez sentir como se eu não fizesse parte da banda”

O comunicativo cantor prossegue: “Por muito tempo senti que não fazia parte da banda. Eu tentei compor com eles, mas eles não compunham comigo. Então, acabei compondo sozinho, me isolando, trabalhando nessas músicas, e nunca senti que isso era algo que eu deveria compartilhar. Eu entrava e dizia: ‘Essa é a parte da guitarra. Essa é a parte da bateria’. E dizia a todos o que fazer – não solos e coisas assim, mas eu realmente estava entrando como um solitário com minhas músicas. Assim sendo, nunca senti a obrigação de pensar: ‘Ah, eu deveria compartilhar essas músicas com esses caras por todo o trabalho árduo que eles estão fazendo. Não. Eles estavam festejando e se divertindo enquanto eu não me drogava e ficava trabalhando música após música, após música”.

A opinião de Eddie “Fingers” Ojeda sobre a não divisão dos créditos de composição do Twisted Sister

Embora Dee Snider assinasse todas as composições, havia ao seu lado um parceiro para as partes instrumentais: Eddie “Fingers” Ojeda. Em 2021, guitarrista falou ao “Waste Some Time with Jason Green” de que forma colaborava com SniderDee escrevia a melodia. Ele cantava para mim, e eu trabalhava com ele. Ele geralmente tinha uma versão básica do refrão. Ele sabia tocar um pouco de guitarra – o suficiente para mostrar a direção – e eu refinava. Acho que trabalhava bem com Dee; ele conseguia comunicar algo vocalmente para mim, e eu conseguia trazer isso à tona”.

Eddie explicou também detalhes instrumentais das músicas do Twisted Sister:

“Todos os meus solos de guitarra – eu escrevi muitos solos temáticos. Esses solos são meus; Dee não escreveu esses solos. Como em Burn in Hell, e o começo de The Price. Dee até admitiu. Ele disse, com The Price… Eu um momento, ele quis me dar metade dos direitos autorais, mas isso nunca aconteceu. Eu não criei problemas com isso. Minha atitude era: ‘Ok, estamos fazendo isso’. Eu dei o meu melhor, criei partes, mas nunca recebi crédito por composição. Toda banda é diferente. Por exemplo, Eddie Van Halen escrevia 90% das músicas (do Van Halen), mas dividia tudo igualmente, 25% para cada membro da banda. Algumas bandas fazem isso; outras não.

O guitarrista expôs que nunca concordou com esse tipo de atitude de Snider

Dee foi muito astuto, em suas palavras, ao colocar ‘Todas as letras e músicas por Dee Snider‘ em cada álbum, o que eu não achava necessário, porque simplesmente não era verdade. Sim, ele escreveu todas as letras e criou a melodia. E, na época, ele disse: ‘Bem, quem escreve a melodia é o compositor’. Eu conversei com ele sobre isso, ‘E as coisas que eu criei?’… Há muitas coisas que criei e nunca recebi crédito por isso… Muitas pequenas partes de guitarra que criei, muitos solos temáticos, que são melodias; não são apenas riffs de Chuck Berry. São solos cantáveis , com sua própria melodia… Dee sabia como esboçar um acorde”. Ele era bom em cantar para mim, para que eu pudesse traduzir o que precisava ser feito”.

Por fim, Ojeda disse na mencionada entrevista que deveria sim haver mais consideração a ele por parte de Snider. O músico também admitiu a ingenuidade dele e dos demais integrantes do Twisted Sister quanto ao fato de não terem lutado na época pelos direitos autorais das músicas:

“Acho que deveria haver algum crédito de composição; deveria ter sido mais dividido. Porque, como eu disse, eu escrevi meus solos. Eu criei essas partes temáticas para as músicas. Criei pequenas partes aqui e ali — certas progressões durante os solos. Há muitas pequenas coisas que acrescentei às músicas. Acho que ninguém se importava. Não criamos confusão sobre isso, porque todos diziam: ‘Sabe de uma coisa? Vamos nos sair bem, então não importa.’ Na época, você não percebe o quão importante é lutar por isso. Você não quer causar um ambiente ruim. É uma daquelas coisas das quais você simplesmente segue o fluxo.”

Em 2015, Snider vendeu o catálogo de publicações musicais, Snidest Music (69 músicas no total), para a Universal Music Publishing Group (UMPG). Segundo ele, “por muito dinheiro”.

Foto: Fernando Pires / www.flpires.com.br

 

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