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INFECTED RAIN – SÃO PAULO (SP)

3 de novembro de 2024 – Fabrique Club

Por Marcelo Gomes

Fotos: Belmilson dos Santos

A estreia do Infected Rain em São Paulo foi marcada por uma noite inesquecível, em que os fãs vibraram ao som do metal moderno da banda da Moldávia, localizada no Leste Europeu. Com cinco shows marcados no Brasil, a apresentação do quarteto aconteceu no Fabrique Club e contou com a participação das bandas brasileiras Throw Me to the Wolves e There’s No Face.

A primeira da noite foi a Throw Me to the Wolves, grupo de death metal melódico paulistano que subiu ao palco com energia intensa. Abriram com Chaos e, em seguida, executaram Tartarus. Para quem chegou cedo, foi surpreendente a qualidade da apresentação. O som estava alto e bem equalizado, permitindo que o público captasse bem o material da banda. No setlist, músicas do vindouro primeiro álbum, que deve ser lançado em breve, como Days of Retribution, Fragments e Gaia, animaram os presentes. A apresentação foi curta, mas suficiente para mostrar o trabalho competente que realizam.

Em seguida, foi a vez do There’s No Face, que proporcionou uma apresentação intensa e envolvente, combinando material antigo com faixas do novo disco, entre elas o single Hamurabi. Para aqueles que ainda não conheciam o som da banda, foi uma experiência imersiva, marcada por uma interação vibrante que colocou o público para pular, cantar e agitar. Com letras em português, os integrantes esbanjaram carisma e energia, movimentando-se pelo palco de forma frenética e conquistando o público. A banda manteve a vibração no topo durante todo o show, provando seu valor na cena brasileira e garantindo que ninguém ficasse parado.

Enfim, era chegada a hora dos anfitriões da noite. Formado em 2008, o Infected Rain surgiu trazendo uma proposta única de combinar metalcore, new metal e industrial, com uma estética visual forte e letras intensas. Atualmente, a banda é composta por Lena Scissorhands nos vocais, Vadim “Vidick” Ozhog na guitarra, Alice Lane no baixo e Eugen Voluta na bateria. Eles vêm ganhando notoriedade pela entrega visceral no palco e pela intensidade de suas composições, que abordam temas como autoconhecimento, superação e crítica social.

Com um setlist poderoso e uma performance arrebatadora, o grupo liderado pela carismática vocalista Lena mostrou por que vem conquistando um lugar de destaque na cena metal mundial. O show teve início com The Realm of Chaos, faixa explosiva que acendeu a empolgação dos presentes. A vocalista envolveu o público com sua presença marcante, enquanto o peso das guitarras e da bateria colocava todos em movimento, criando uma conexão intensa. Em Pandemonium, faixa do mais recente trabalho, Time (2024), a banda demonstrou toda sua versatilidade, indo do peso monstruoso aos vocais angelicais em determinados momentos. A intensidade foi tamanha que a bateria apresentou alguns problemas, paralisando o show por alguns minutos. Após o ajuste, retomaram com Vivarium, aumentando ainda mais a interação, com os riffs pesados de Vidick e as batidas impactantes de Eugene gerando uma energia incrível.

A resposta do público foi calorosa, com cada faixa trazendo reações intensas, especialmente Fighter, um verdadeiro soco no estômago dos desavisados com toda sua densidade melódica. Quando tocaram The Answer Is You, Lena colocou a galera pra dançar e na introspectiva Orphan Soul, todos cantaram enquanto Lena e Vidick agitavam como loucos, arrastando seus dreads enormes pelo chão do palco. “Vocês estão preparados para um cárdio?”, gritou a vocalista antes de tocarem The Earth Mantra. E ela não estava errada: que porrada! A música começa bem rápida e alterna momentos de pura dramaticidade, explorando uma carga emocional profunda que foi visivelmente sentida pelo público.

Na sequência, mais duas músicas do disco Time (2024): Dying Light, carregada de elementos de música eletrônica aliados ao peso e técnica do djent, mostrou-se uma combinação interessante. Durante o breakdown, Lena pediu para que todos se abaixassem e quando a pancadaria voltou foi uma explosão, com todos pulando freneticamente. Saíram do palco com Never to Return, uma faixa cheia de climas que deixou uma atmosfera mais introspectiva.

Ovacionados, voltaram para o bis com mais uma do recente trabalho, desta vez Because I Let You, encerrando com Sweet, Sweet Lies. Lena pediu o maior circle pit da noite e foi prontamente atendida, trazendo uma onda de emoção ao final do show, deixando um sentimento de missão cumprida no ar. Lena agradeceu aos fãs com olhar de satisfação, prometendo um retorno em breve.

A crítica especializada costuma elogiar o Infected Rain pela performance crua e pela presença de palco de Lena, e não foi diferente na estreia brasileira. O público pode não ter sido dos maiores, mas para a banda isso pouco importou. Fizeram uma apresentação explosiva, entregando tudo para os fãs, que demonstraram paixão e energia, respondendo com entusiasmo e reafirmando sua admiração pelo grupo.

Infected Rain – setlist

The Realm of Chaos

Pandemonium

Vivarium

Fighter

The Answer Is You

Orphan Soul

The Earth Mantra

Dying Light

Never to Return

Because I Let You

Sweet, Sweet Lies

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