Uma operação conduzida por agentes da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP) e especialistas em importação, em colaboração com o Departamento de Segurança Interna (HSI), o Departamento de Polícia do Condado de Los Angeles (LASD) e representantes da Gibson, resultou na apreensão de mais de 3 mil guitarras falsificadas no porto de Los Angeles/Long Beach. Caso fossem genuínas, essas guitarras teriam um preço sugerido de varejo (MSRP) de mais de 18 mil dólares.
As guitarras falsificadas foram interceptadas em contêineres vindos da Ásia. O Centro de Excelência de Produtos de Consumo e Comércio da CBP auxiliou na estimativa do valor total da carga, enquanto a Gibson confirmou que os produtos eram réplicas ilegítimas. A empresa enfatizou que as guitarras autênticas Gibson são fabricadas exclusivamente nos Estados Unidos.
Riscos para consumidores e impactos econômicos
Cheryl M. Davies, diretora de operações da CBP em Los Angeles, alertou os consumidores sobre os perigos de adquirir produtos falsificados de fontes como mercados de rua, revendedores não autorizados ou plataformas online de terceiros. “Se o preço parecer bom demais para ser verdade, provavelmente é”, disse Davies, ressaltando a proximidade da movimentada temporada de compras de fim de ano.
Além disso, o vice-agente especial encarregado do HSI em Los Angeles, John Pasciucco, destacou que o roubo de propriedade intelectual não é um crime sem vítimas. “Os consumidores, empresas, detentores de marcas e fabricantes legítimos são prejudicados. Pior, os lucros obtidos com produtos falsificados muitas vezes financiam uma ampla gama de atividades ilegais.”
O compromisso da Gibson com a proteção de sua marca
Cesar Gueikian, CEO da Gibson, agradeceu o esforço conjunto das autoridades para combater a falsificação. “Nossa parceria ajuda a proteger consumidores e fãs de serem enganados por produtos falsificados”, afirmou. Beth Heidt, diretora de marketing da Gibson, adicionou um tom emocional à questão, destacando o impacto direto sobre os artesãos que dedicam suas vidas à fabricação das icônicas guitarras nos EUA.
Heidt também lembrou o legado de 130 anos da Gibson, marcado pela qualidade, artesanato e parcerias lendárias com artistas. Segundo ela, o foco da empresa é continuar promovendo a música e apoiando músicos ao redor do mundo.
A gravidade do problema dos produtos falsificados
Os danos causados pelos produtos falsificados vão além das perdas financeiras. Como observou o tenente William Kitchin, do LASD, esses itens muitas vezes não atendem aos padrões mínimos de segurança e qualidade, expondo os consumidores a riscos.
África R. Bell, diretora do porto de Los Angeles/Long Beach, reforçou que a produção e venda de bens falsificados alimentam atividades criminosas, como trabalho forçado, tráfico de drogas e contrabando. “Os falsificadores não se preocupam com o bem-estar das pessoas ou da economia. Eles só querem lucrar.”
Ações de combate à falsificação
Em 2023, a CBP apreendeu mais de 19.700 carregamentos de bens que violavam direitos de propriedade intelectual, totalizando quase 23 milhões de itens falsificados. Se fossem legítimos, esses produtos valeriam cerca de US$ 2,7 bilhões.
Para proteger consumidores e empresas, a CBP adotou uma abordagem dinâmica e proativa contra produtos ilícitos. Autoridades também encorajam consumidores e detentores de direitos a reportarem violações por meio de plataformas dedicadas, como o site do National Intellectual Property Rights Coordination Center.
Essa operação não apenas protegeu consumidores, mas também preservou a reputação da Gibson como um símbolo de excelência na música mundial, garantindo que a autenticidade continue sendo um pilar central para músicos e fãs.
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