O Sepultura passou por muitas fases e reviravoltas ao longo de seus 40 anos de carreira. O grupo brasileiro foi responsável por revolucionar o metal e tornar o gênero global nos anos 90 — tudo isso antes de Derrick Green entrar, em 1997. Os álbuns com o vocalista americano normalmente são vistos com menos admiração, mas também são trabalhos importantes.
Em entrevista à Metal Hammer, Green e o guitarrista Andreas Kisser foram encarregados de definir a carreira da banda em cinco músicas. Entre as escolhas, estava a faixa-título do álbum Kairos (2011).
Kisser declarou, inicialmente:
“Acho que ‘Kairos’ representou um novo capítulo na carreira do Sepultura. Nós fizemos Roorback (2003) e Dante XXI (2006), e então A-Lex (2009) enquanto mudávamos de baterista. Foi um período difícil da nossa carreira.”
Em janeiro de 2006, o baterista Iggor Cavalera anunciou um hiato do grupo após o nascimento de seu quarto filho. Entretanto, sua saída foi oficializada tempos depois, com incompatibilidade artística servindo de justificativa. Ele foi substituído por Jean Dolabella.
Kisser relembrou um jantar com Markus Staiger, que na época era dono da Nuclear Blast, então nova gravadora do grupo. O chefe tinha um recado para passar à banda nova no seu plantel.
“Ele disse bem na lata: ‘Cara, vocês são o Sepultura! Não o Pink Floyd! Não façam músicas de 12 minutos e conceitos’. Nossos álbuns mais recentes até então eram assim. Para nós foi uma experiência de abrir os olhos. Então fomos mais crus.”
Menos conceito, mais mudanças
Os dois álbuns anteriores do Sepultura, Dante XXI e A-Lex, eram obras conceituais baseadas em livros famosos – A Divina Comédia e Laranja Mecânica, respectivamente. Apesar de Kairos também ter um tema central, não existe uma narrativa central por trás das canções, e a banda adotou uma sonoridade mais agressiva.
Entretanto, não demorou muito tempo para o Sepultura passar por mais mudanças. Cinco meses após o lançamento de Kairos, em novembro de 2011, Jean Dolabella anunciou sua saída. Para o seu lugar, a banda recrutou Eloy Casagrande, que permaneceu encarregado da bateria até 2024.
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