Geoff Tate deixou claro que não se preocupa com a opinião do público sobre a terceira parte de Operation: Mindcrime, o álbum lançado originalmente em 1988 pelo Queensrÿche, que teve sua sequência ousada em 2006. Mesmo que de maneira “tortuosa”, uma vez que Tate está compondo essa terceira parte como artista solo, Operation: Mindcrime III, quando for lançado, completará a obra original (se é que ela precisava de complementos…), transformando-a em uma trilogia. Em entrevista ao site Metal-Rules.com, o cantor afirmou: “Me preocupo com o que as pessoas esperam? Nunca. Não me preocupei no primeiro nem no segundo álbum, por que começaria agora? […] Honestamente, não me importo. Não componho discos para agradar ou impressionar, faço porque amo criar música.”
Tate explicou que o projeto tomou forma naturalmente ao longo dos anos e que as composições já estão prontas. “Temos material suficiente para um álbum completo, e ele está pronto para ser lançado”, afirmou. No entanto, o lançamento será diferente do formato tradicional: “O plano é divulgar em partes – duas músicas de cada vez, depois três – e seguir dessa forma. Pretendemos começar em março, junto ao início da turnê nos EUA, e lançar a versão física no fim do ano.”
Sobre a sonoridade de Operation: Mindcrime III, Tate mencionou que o álbum remete ao estilo do início do Queensrÿche, mesclando faixas técnicas e pesadas com uma forte carga emocional. “É o desfecho da saga …Mindcrime. Ele continua a narrativa de Dr. X, Nikki e Sister Mary, abordando um momento específico da trajetória deles”, explicou.
A maioria das músicas foi composta por Tate em parceria com os guitarristas Kieran Robertson e Alex Hart.
Lançado em 1988, Operation: Mindcrime se tornou um dos álbuns conceituais mais aclamados do metal, abordando temas como manipulação política e corrupção. O disco ganhou certificação de platina em 1991 e figurou entre os “100 Maiores Álbuns de Metal de Todos os Tempos” segundo Kerrang! e Billboard. Seu sucessor, Operation: Mindcrime II, lançado em 2006, recebeu reações divididas, com parte dos fãs considerando-o desnecessário.
Para Tate, o terceiro álbum não é uma simples sequência, mas uma extensão natural da história, aprofundando as perspectivas dos personagens. “Acredito que algumas referências políticas aparecerão no álbum. Estamos vivendo um período muito interessante, principalmente após a eleição presidencial nos EUA”, comentou.
Com o lançamento desse novo trabalho, Tate encerra sua trilogia conceitual enquanto segue com sua carreira solo. Desde sua saída do Queensrÿche em 2012, ele manteve os direitos exclusivos para executar Operation: Mindcrime e Operation: Mindcrime II em seus shows.
Enquanto isso, o Queensrÿche, agora com Todd La Torre nos vocais, segue sua trajetória, tendo lançado quatro álbuns desde a reformulação da banda.
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