Por Daniel Agapito
Após fazerem um dos shows mais elogiados do Summer Breeze Brasil 2023 (agora Bangers Open Air), o quinteto nativo da cidade de Upplands Väsby nos arredores de Estocolmo (SUE) se tornou um dos queridinhos do público brasileiro, impressionando até aqueles que não escutam hard rock com sua energia inesgotável. Formada em 2007, a banda atualmente composta pelo super carismático Kenny Leckremo na voz, Dave Dalone nas seis cordas, Jimmy Jay nos graves, Don Crash nas baquetas e Jona Tee nos teclados se consagrou como um dos grandes nomes da nova onda do rock sueco, protagonizando o movimento ao lado de nomes como Crashdïet, Crazy Lixx e Hardcore Superstar e trazendo a familiaridade do tão amado som oitentista, mesclando-o com certos aspectos modernos. Se da última vez que vieram eram apenas mais uma banda relativamente desconhecida, desta vez não surpreenderá se forem uma das atrações mais aguardadas do festival, apesar de estarem longe de ser headliners.
Desde a última vez em que passaram por aqui, estiveram bastante ativos, tanto no contexto de shows quanto em estúdio, gravando seu oitavo álbum, Welcome to the Future, terceiro com Kenny Leckremo. Para os que não sabem, Kenny foi a primeira voz do grupo, mas, por conta de complicações pessoais, deixou-os em 2010, sendo posteriormente substituído por Erik Grönwall, que dentre outros projetos viria a cantar com o Skid Row, inclusive no mesmo dia do H.E.A.T no festival de 2023. Após a saída de Grönwall, Leckremo voltou ao seu posto, gravando Force Majeure em 2022 e agora Welcome to the Future. Trazendo influência maior da década que nos deu Mötley Crüe e Guns N’Roses, trazem um som familiar, mas sem deixar de lado a base mais pesada que haviam estabelecido em lançamentos anteriores. Pouco antes de partirem rumo ao México, conversamos com Jona Tee, a grande mente por trás dos teclados e de boa parte das composições do grupo, que dissecou sua mais nova obra, mostrando também estar tão animado quanto os fãs para voltar aos palcos do Bangers!
Distância de mais de 1000 Miles – H.E.A.T no Brasil
Para começar, vocês vão tocar no Bangers Open Air no sábado, vindo para o Brasil pela segunda vez em sua carreira. No geral, o que nós, como fãs, podemos esperar do show?
Jona Tee: Bom, vamos tocar algumas faixas novas do nosso novo disco, Welcome to the Future, e acho que fizemos um setlist bem redondo nos shows na Escandinávia e no Reino Unido. Estamos prontos para voltar para o Brasil, a última vez foi incrível. Infelizmente, vai ser uma coisa mais ‘entra-e-sai’ de novo, queríamos mesmo ficar mais tempo, a energia do festival como um todo nos impressionou demais. Certamente daremos tudo de nós. Posso te garantir que a banda toda está para lá de animada em poder voltar.
Falando da primeira vez em que vieram, na primeira edição do Summer Breeze Brasil, vocês fizeram um show descrito por nosso redator Daniel Dutra como ‘irretocável em todos os sentidos’. Lembro de ver Kenny (Leckremo, vocalista) ficar emocionado e sair correndo em meio aos fãs. No geral, foi uma energia incrível. Como foi ver toda aquela reação dos fãs do palco?
Jona: Foi incrível, muito bom! Fomos para a parte do lado do palco depois do show e conhecemos vários fãs que nos esperavam no Brasil desde sempre, foi uma recepção incrível. O público foi ótimo, o tempo estava bom, foi muito legal!
O público brasileiro é conhecido por ser um dos melhores do mundo. Atingimos suas expectativas?
Jona: Pra caramba! Tem o nosso fã clube brasileiro, também (H.E.A.T Brazil), todos ficaram na grade usando camisetas da banda. Ficamos muito felizes em ver que temos tanto apoio dos brasileiros. Com certeza é um público ótimo! É por isso que estamos tão felizes em poder voltar!

Tem alguma memória específica do show, alguma coisa que tenha acontecido fora do palco, talvez?
Jona: Pousamos aí de manhã por conta de um atraso no voo, realmente fizemos um bate e volta, queríamos ter passado muito mais tempo. Chegamos no hotel às 8h e precisávamos estar no festival às 11h, então tivemos uma hora de sono e logo depois levantamos para trabalhar; fomos para o festival, deixamos tudo pronto (risos). Conhecer as pessoas que conhecemos, conseguir encontrar nossos fãs, muitos chegaram emocionados no nosso backstage, até no hotel, pessoas que esperaram anos para nos ver, essas memórias vou levar comigo para sempre. Não conseguimos achar nosso backstage de primeira, então ficamos tipo ‘ah, é isso então’, até que vimos essa área épica, com um baita bar – ficamos realmente tristes de ter que voltar logo naquela noite. Desta vez, faremos exatamente este mesmo esquema, estou tipo ‘puta que pariu, não aprendemos nada com a história’ (risos)! É difícil fazer estas turnês de longa distância (N.R.: eles passarão antes pelo México e depois por Argentina, Chile, Peru e Colômbia).
Da primeira vez que vieram, seu repertório foi focado majoritariamente em H.E.A.T II e Force Majeure, os dois lançamentos mais recentes até então. Tendo lançado Welcome to the Future, podemos esperar ouvir algumas de suas músicas ao vivo?
Jona: Absolutamente! Abrimos todos os shows do ano com Disaster, tocamos Bad Time for Love, acho e espero que iremos adicionar Running to You também. Bom, no fim das contas, é um festival, então temos que escolher bem o que queremos tocar e as velharias que as pessoas querem ouvir, mas espero que consigamos tocar umas 3 novas.
Precisamos de Running to You ao vivo! É facilmente uma das melhores do disco!
Jona: Você quer ouvir e eu quero muito tocar! Ainda não executamos essa ao vivo! Vou levar isso para a banda!
E como andam os shows? Vi que fizeram uma turnê pela Europa e pelo Reino Unido já, há datas marcada no Japão, gravarão um DVD em Madri no final do mês…
Jona: Está tudo indo bem! Começamos a turnê antes mesmo de lançar o disco! Já fizemos Reino Unido, Escandinávia, passamos pela Finlândia, agora estamos de malas prontas para América Latina, depois Madri. Aquele show de Madri vendeu muito bem, está quase esgotado e a casa é bem boa (N.R.: La Riviera, com capacidade para 2.500 pessoas), vamos gravar o DVD lá, se é que ainda chamam assim, um vídeo ao vivo. Faremos o Japão, temos algumas datas nos festivais do verão europeu, com mais alguma notícias por lá para anunciar. Faremos o máximo de turnês possível, vamos tocar até cairmos mortos (risos)!
Pulando para uma pergunta mais pessoal, menos ancorada no H.E.A.T, outra banda que tocará no Bangers são seus conterrâneos do Dynazty, com quem você tem conexões profundas, com seu guitarrista e membro-fundador Love Magnussen tocando guitarra no Crowne e Nils Molin (vocalista) sendo o novo vocalista de seu outro projeto paralelo, o New Horizon, com Georg Härnsten Egg, seu baterista, assumindo as baquetas. Como é essa conexão de vocês?
Jona: É incrível, eu amo aqueles caras! Já tentamos fazer algumas turnês em conjunto, mas acabou que nunca rolou, o que me deixou bastante chateado, porque tenho certeza que seriam muito divertidas! São muito gente boa, não tem tempo ruim com eles. Love é um dos melhores guitarristas do mundo, obviamente, o disco novo do New Horizon com Nils ficou bom demais, arriscaria dizer que é um dos meus trabalhos favoritos, fora o H.E.A.T, então estou muito animado para vê-los. Até tocaremos um atrás do outro, nós no Hot Stage e eles no Sun Stage. Sempre um tempo bom! Queria mesmo mais um tempo para poder ficar aí, mas temos a turnê rolando… Mesmo assim, faremos o melhor com o tempo que temos.
“Nossa própria versão dos anos 80” – Welcome to the Future
Passando para o novo disco, críticos da mídia especializada o descreveram como ‘tanto retrô quanto fresco (e no geral, fantástico!)’. Como equilibram estes dois aspectos na hora da composição? Como têm certeza de que estão trazendo algo novo à mesa ao invés de infinitamente remoer ideias que já estavam cansadas nos anos 80?
Jona: É difícil, mas acho que temos nossa própria versão dos anos 80, pois pegamos influências de muitos grupos e estilos, não é como se estivéssemos tocando um estilo completamente americano ou completamente europeu, incorporamos um pouco de cada coisa, juntando com certas partes mais modernas. Temos sorte de já ter a ‘planta’ do que fazer, podemos pegar só as melhores partes do que gostamos. Mesmo assim, acho que não pensamos desta maneira na hora de compor, é simplesmente o que fazemos naturalmente, não ficamos ‘agora vamos fazer isso, agora vamos fazer aquilo’. Quando compomos material para o H.E.A.T, escrevemos coisas assim, independente de as pessoas acharem que estamos plagiando os anos 80 ou não. É o que fazemos, é o nosso estilo, já faz parte da gente há muito tempo. Quando escuto agora, consigo detectar que este álbum realmente tem mais daquele sabor oitentista que tínhamos nos primeiros dois álbuns, o que é legal, gosto disso. A escolha dos singles contribuiu para essa percepção também, escolhemos abordar por um ângulo mais oitentista. Se tivéssemos escolhido 4 outras músicas, seria outra história. A arte da capa segue nesta linha, é bastante anos 80, é bem legal, você olha e pensa ‘uau, é perfeita!’
Queria perguntar justamente deste ‘pivô’ no novo álbum, visto que com H.E.A.T II (2020) parecia que estavam buscando um lado mais pesado, mas agora pularam de cabeça nos anos 80, especialmente com a aparição mais latente dos teclados. Houve algo específico que motivou isso ou foi apenas um movimento natural?
Jona: Talvez tenha sido natural. Force Majeure foi basicamente uma ponte entre H.E.A.T II e a sonoridade atual, e tenho que concordar com você, vindo de Into the Great Unknown (2017), o som se tornou muito mais pesado. Mesmo assim, se escutar Paradise Lost ou We Will Not Forget do novo álbum, elas bebem um pouco desta fonte mais voltada ao power metal, mais épica. Compusemos umas 25 músicas para o disco , sabe? Algumas são ainda mais pesadas, outras mais anos 80, quase chegando no território do som da Costa Oeste, mas foram essas as que escolhemos para colocar no disco. O que escrevemos com o H.E.A.T é realmente um espectro amplo, quem conferiu meus outros trabalhos consegue ver também que eu adoro as coisas mais pesadas, mas com esse álbum queríamos abordar de outra forma. Talvez realmente seja mais oitentista.
Agora que mencionou que compuseram mais de 25 músicas para o álbum, lembrei de você dizendo em outra entrevista que Welcome to the Future é o título de uma música escrita pelo Kenny que acabou não indo para o disco. Há alguma chance de ela ser lançada, talvez em um EP bônus com estas faixas ‘perdidas’?
Jona: Isso mesmo! Talvez, temos uma música pronta que não foi lançada e temos essa aí que não está exatamente 100%. É uma faixa bem legal, só faltam algumas coisas, precisamos trabalhá-la um pouco mais. Gostamos bastante do título, então colocamos como nome do disco. Ou lançamos realmente em algum EP ou ela irá acabar indo para um álbum futuro, algo assim. Seria bem legal. É uma música ótima, espero que consigamos lançá-la futuramente.
Naquela mesma entrevista você disse que o nome Welcome to the Future era uma alusão leve aos tempos em que vivemos. Achei bastante interessante o contraste que foi criado entre esta referência atual e o som nostálgico. Foi algo intencional?
Jona: Adoro essas justaposições, esses opostos. Achamos que os temas do disco retratam estes sinais dos tempos atuais, como Disaster, que, sem ser muito séria, é sobre as bolhas da internet – os terraplanistas são um exemplo perfeito. Se muitas pessoas falarem a mesma ‘verdade’, ela se tornará a verdade deles – e isso tudo pode causar um desastre. É provado que coisas assim geram conflito. Children of the Storm também fala do mundo que deixamos para trás. Todas as faixas tem uma vibe meio distópica, mas sem chegar no nível de Orwell, por exemplo. Achamos que Welcome to the Future seria um nome apropriado.
Voltando para você – 18 anos de H.E.A.T
Vocês são uma das poucas bandas que, apesar de estarem há quase 20 anos na ativa, seguem com boa parte de sua formação original. Como isso afeta o processo criativo? Todos os anos de entrosamento facilitam?
Jona: Depende do álbum e de com quem você está compondo. Com certeza é uma dinâmica diferente dependendo da pessoa, todos contribuem de um jeito ou de outro. Diria que isso tem alguma influência, sim.
Olhando retrospectivamente para esses 18 anos de banda, como descreveria a evolução de vocês até aqui?
Jona: Acho que nossa seta sempre esteve para frente e para cima. Começamos como uma banda bastante voltada ao AOR oitentista, aí com Erik (Grönwall, ex-vocalista, também ex-Skid Row), viramos algo mais Bryan Adams, Def Leppard, escrever para ele era outra coisa por conta de seu timbre de voz diferente. Tearing Down the Walls (2014) foi mais pesado, mais orgânico, realmente achamos algo naquela época com nosso show. Somos uma banda de hard rock, mas não o Toto, que ficam parados no palco e tocam seus instrumentos com perfeição; nós tomamos algumas cervejas, subimos no palco e damos um show. Foi com Tearing Down the Walls que realmente descobrimos isso. Em Into the Great Unknown (2017) fomos para um território desconhecido, o trocadilho foi intencional, e experimentamos coisas novas, enquanto H.E.A.T II é o nosso ‘vamos fazer o que a gente quer, caralho!’ Foi o pivô para o que seremos daqui para a frente, sabe? Um novo começo para produções e composições.
Com Kenny de volta à banda há uns 5 anos, como tem sido a dinâmica entre vocês? O que mudou nestes anos em que ele esteve fora?
Jona: De certa forma, reconectar com Kenny foi abrir uma cápsula do tempo de 10 anos atrás. Ele falava do mesmo jeito, nos chamava de apelidos que não usávamos faz tempo, foi tipo: ‘Uau, que legal! Um sopro do passado!’ Com Force Majeure, por conta da pandemia, tivemos bastante tempo para nos juntar e compor músicas, focar nisso. Ele mudou um pouco, quando saiu da banda não estava em um lugar muito bom, estava com seus problemas; não quero entrar nisso, mas agora ele se transformou neste deus do rock oitentista. Começou a malhar que nem louco, trabalhou bastante sua voz, está super motivado. Ficou muito claro que ele queria mesmo voltar à banda e que se arrependia bastante de ter saído. Está muito motivado para sair em turnê, nunca tem problemas em aceitar um show. Esta formação do H.E.A.T pode não ser a mais produtiva, mas temos uma visão bastante positiva. Estamos todos a favor de cair na estrada sempre.
O que vi no show do Summer Breeze de 2023 foi uma banda bastante entrosada, cheia de química. Permanecem com a mesma vibração, com a mesma energia inesgotável?
Jona: É estranho, somos um monte de amigos de infância que viajam o mundo tocando heavy metal! É divertido!
Não esqueceremos – a nova onda do rock sueco
Nos últimos anos, estamos vendo um renascimento do hard, glam e sleaze rock na Escandinávia, especialmente na Suécia, movimento liderado por bandas como Hardcore Superstar, Crazy Lixx e Crashdïet. Como um dos maiores nomes da cena, como enxerga esse revival?
Jona: É ótimo! Eu e Dave (Dalone, guitarrista) começamos a compor músicas assim bem cedo, lá em 2003. Ouvíamos bastante Europe, Toto, sabe, as coisas dos anos 80, especialmente as suecas. Olhando agora, é até um pouco estranho, porque em 2003 ou 2004 estávamos há 20 anos da década de 80, mesma distância entre os anos 2000 e os tempos atuais. Lembro que eu e Dave começamos a escrever esse tipo de música, aí o Crashdïet estourou com a Riot in Everyone (de Rest in Sleaze, 2005), fizeram um comercial para a televisão sueca e entramos em choque: eles estavam na TV tocando sleaze, ‘agora é a hora, os ventos sopram a nosso favor!’ Começamos e acabamos assinando com uma gravadora. Não sei exatamente por que tudo isso aconteceu, talvez seja pelo caráter cíclico da música, ela tende a se repetir em ciclos de 10 ou 20 anos. Picos e vales, rock alternativo e ‘party rock’ entrando e saindo da relevância, música depressiva e música feliz no topo, diria que surfamos nessa onda, e continuamos.
Diria que agora pode finalmente ser a hora do rock brilhar novamente?
Jona: Olhando para os festivais gigantescos aqui na Europa, coisa de 50, 70, 100 mil pessoas, como Wacken, Hellfest, Graspop, Sweden Rock, todos têm várias bandas oitentistas. Tem público para isso. Sei que não é algo mainstream que nem foi nos anos 80, mas ainda existe. De certa forma, todos os hard rockers são pessoas que não cabiam na percepção geral do que alguém deveria ser em seus respectivos países. É muito bom que seja uma subcultura tão grande e que esteja fazendo tanto sucesso. Você consegue fazer negócios com isso. Tem várias bandas gigantes aqui da Suécia, como Ghost e Sabaton, que lotam arenas. Sei que não é rock oitentista, mas ainda é rock, heavy metal. Não está morto, está morto para a mídia mainstream que não escreve a respeito, os jornais normais. Mas isso não importa, o rock está firme e forte para aqueles que querem.
Aproveitando que você falou do Sabaton, vocês abriram para eles em um de seus primeiros grandes shows, não?
Jona: Sim, foi 2008. Foi a primeira vez que nos buscaram de ônibus-leito e com estoque de cerveja. Fizemos uns 4 shows assim pela Suécia. Bons tempos, foi incrível. Falando nisso, acho que em alguns deles, Nils Molin (vocalista do Dynazty) substituiu Kenny.
Em termos de conexões com outras bandas, o Bangers vai ser bastante significativo para vocês, então.
Jona: Ah, sim! Quase uma invasão sueca! Mal posso esperar!
Vão tocar no mesmo festival que Paradise Lost, poderiam tocar Paradise Lost ao vivo (risos).
Jona: Também! ‘Para introduzir a próxima banda…’ (risos)
Algo que parece ser uma constante com essas bandas da nova onda do hard sueco são os videoclipes. Vocês lançaram 4 agora, antes do álbum, mas comparado aos anos 80, parece que seu impacto no marketing musical moderno tem sido reduzido, levando em conta a presença das redes sociais e coisas do gênero. Poderíamos dizer que os clipes estão desaparecendo?
Jona: Talvez sim, talvez não. O YouTube é uma plataforma tão gigantesca, você tem que estar presente – é a maneira de apresentar seu conceito visual antes de cair na estrada. É isso que queremos fazer. Antes do show que fizemos em Gotemburgo, alugamos a casa no dia anterior e gravamos os clipes de Bad Time for Love e Running to You com nossa produção de palco, pirotecnia e tudo. É isso que as pessoas verão ao vivo, então não tem porque não fazer. Lembro que as bandas faziam isso antigamente, nos anos 70 e 80, com Def Leppard, Whitesnake, Bon Jovi etc. Não tenho certeza (que sumiram), podem não ser mais tão importantes, eram vitais na era da MTV. Michael Jackson fazia produções cinematográficas completas, Smooth Criminal, Thriller, mas não acho que as pessoas vão parar de gravar clipes ainda. Talvez as produções sejam mais rápidas e mais baratas, com menos investimento.
Agora é com você: deixe uma mensagem para seus fãs brasileiros, para os leitores da ROADIE CREW!
Jona: Claro! Espero que confiram o novo álbum, Welcome to the Future, acho que ele está muito bom, creio que vocês vão curtir! Estamos muito animados para tocar no Bangers Open Air e esperamos conseguir fazer uma turnê de verdade pelo Brasil em um futuro próximo! Sei que temos demanda!
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