Um ano e meio separa o autointitulado debut do Burning Witches e o segundo álbum, Hexenhammer, e é possível sentir uma grande evolução da banda. Apesar de a fórmula ser a mesma do primeiro disco, ou seja, um heavy/power guiado por peso e melodia, nota-se o quanto o quinteto suíço, nascido em 2015 na cidade de Brugg e formado apenas por mulheres, lapidou melhor seu som e emplacou canções empolgantes, como Executed – com selo de qualidade Judas Priest –, e as imponentes Lords of War e Open Your Mind.
Com um vocal que flerta com o da rainha Doro Pesch e de Leather Leone (Chastain), Seraina Telli esbanja vitalidade e potência em temas como Maiden of Steel. A guitarrista Romana Kalkuhl, agora com uma nova parceira nas seis cordas – Sonia Nusselder substituiu Alea Wyss –, é a força-motriz, com riffs poderosos, enquanto a cozinha composta por Jay Grob (baixo) e Lala Frischknecht (bateria) cumpre bem seu papel. Destaque ainda para a capa desenvolvida pelo artista húngaro Gyula (Destruction, Grave Digger, Stratovarius). As baixas ficam por conta de coisas um tanto quanto genéricas, como Possession, e o descartável cover de Holy Diver (Dio).