Depois de ter cancelado a turnê australiana do Metallica para voltar ao processo de reabilitação contra o álcool, assim como fez em 2002 (relatado no documentário Some Kind of Monster, de 2004), James Hetfield voltou a dar as caras publicamente. Em um vídeo publicado no canal da Petersen Automotive Museum no You Tube, o vocalista/guitarrista abriu sua garagem para falar de sua grande paixão sobre carros antigos (assista abaixo).
A primeira aparição pública de Hetfield após sua internação aconteceu no dia 30 de janeiro, em uma exposição aberta ao público, em Los Angeles, chamada “Reclaimed Rust: The James Hetfield Collection”, com dez de seus carros clássicos personalizados sendo exibidos no Petersen Automotive Museum.
O museu recebeu de James a doação de dez carros, como um roaster Auburn, de 1936, chamado “Slow Burn”, um ’34 Packard, inspirado no Delahaye, um Ford ’36 em metal cru chamado “Iron Fist”, uma picape Ford F-100 roxa, um Jaguar “Black Pearl”, de 1948, um Lincoln Zephyr “Voodoo Priest”, de 1937, e um Skyscraper “Hetfield’s 1953 Buick Skylark”. Durante a exposição, James Hetfield participou de um bate-papo e de um leilão de duas de suas guitarras da marca ESP. Orgulhoso de sua participação no museu, James disse: “O Petersen é o pináculo. É o melhor lugar para ter seus veículos. Eles não estavam me deixando bem (estando) parados na minha garagem. Adorei vê-los. A melhor parte é que eles estão todos juntos. Eu não queria leiloá-los e vendê-los por todo o mundo. É uma coleção. Marca minha vida”, explicou.
A paixão e o hobby de Hetfield por motores surgiu quando ele viu seu saudoso pai trazer vários projetos para a garagem. Em uma comparação com o Metallica, James ressaltou que a semelhança de seu fanatismo por carros com a banda é a velocidade, já que em várias ocasiões ele exige de Lars Ulrich mais velocidade na bateria. Ele também descreveu que vê carros da mesma maneira que vê a música, ou seja, como “formas de liberdade e de expressão, que transmitem as paixões de seus criadores”. No meio automotivo, Hetfield ficou conhecido não só por colecionar carros antigos, mas por customizá-los, comprando modelos pré-existentes e construí-los do zero, deixando sua criatividade fluir, assim como na música que faz no Metallica.
No dia 5 de maio, foi lançado um livro sobre os carros de Hetfield, “Reclaimed Rust: The Four-Wheeled Creations of James Hetfield”, pela Insight Editions. No livro, Hetfield abre sua garagem para um giro exclusivo pelos destaques de sua incrível coleção de carros clássicos restaurados e personalizados.
Alguns anos atrás, Hetfield disse que se aproxima da construção de hot rod da mesma maneira que se aproxima de compor música. “Construir carros é sempre uma fuga”, explicou. “É o mesmo com a música. Eu não sei o que vou fazer. Os carros são como pessoas para mim: eles gostam de amor. Eles gostam de ser tocados, gostam de ser manipulados, gostam de ser dirigidos, admirados… Essa é uma forma de expressão e de liberdade, e você pode se dar bem ao dirigir algo assim, mas ainda assim mostrar sua personalidade. É como olhar para a arte. Você olha para uma peça e diz: ‘Eu não entendo’. E você olha para outra e diz: ‘Isso é incrível. Gostaria de pensar nisso’.”, concluiu.