David Ellefson, incansável baixista do Megadeth, concedeu uma entrevista ao podcast “Metal From the Inside”, que é apresentado por Sydney Taylor, para falar do tão aguardado novo álbum da banda, décimo sexto na discografia. Ele começou brincando com o fato de o novo álbum estar demorando para ser finalizando – o antecessor Dystopia foi lançado em 2016. “Faz muito tempo (risos). Tem sido um longo processo. É interessante que, em retrospectiva, tudo faz parte da história. E um álbum é apenas isso, algo instantâneo que conta a história. Cada música é um instantâneo do momento – são pequenas vinhetas e pequenas histórias -, e uma dúzia delas compõe um álbum”, opinou.
“Obviamente, muita coisa aconteceu durante o processo de composição do álbum 16 do Megadeth – tínhamos uma grande turnê com Ozzy Osbourne no ano passado e foi adiada. E agora aprendemos mais sobre a saúde de Ozzy nos últimos meses. Ele deu tudo em sua vida à causa do rock and roll. E no Megadeth Dave Mustaine teve câncer de garganta no ano passado, de modo que limpou nosso calendário. Porém, com isso, continuamos a compor, estávamos todos nós juntos em Nashville no ano passado ou individualmente fazendo coisas e, coletivamente, aprimorando e aperfeiçoando as músicas”, explicou o baixista.
“As músicas do Megadeth não são o tipo de coisa que se escreve em uma tarde e podemos tocá-las bem rápido em uma jam session em grupo. Isso não é quem somos. Os maiores discos que tivemos, levamos muito tempo (para fazê-los), Countdown to Extinction (1992), Youthanasia (1994), Peace Sells (…But Who’s Buying? – 1986), Rust in Peace (1990)… Esses discos, que realmente se destacaram no catálogo – até mesmo Cryptic Writings (1997) -, são os que realmente levamos tempo. E mesmo neste, eu me lembro de quando o começamos em 2018, Dave tinha me dito: ‘Sinto que, ultimamente, acabamos de entrar em estúdio, gravamos e estamos em turnê. Realmente, quero reservar um tempo para apenas ouvir – sente-se e ouça e realmente absorva-o, e reserve um tempo para fazer as alterações que precisamos fazer, e escrever ou reescrever e embelezar as músicas para levá-las ao seu potencial máximo’. E realmente sinto que esse álbum com certeza é “o” álbum. Dystopia também era assim, eu acho, honestamente. E você pode dizer que ganhou um Grammy, levou-nos ao redor do mundo por bons e sólidos três anos e meio, quase quatro, na verdade. E você pode dizer quando dedica algum tempo a essas coisas”, continuou.
“O álbum 16 do Megadeth tem uma camada de histórias muito intrigantes. E estou feliz que esteja em andamento, estou feliz por estar avançando agora. Ainda temos um tempo – provavelmente um ano – antes de lançar. Então, ainda terá mais história para lhe contar”, finalizou.