Certos indivíduos no mundo da música realmente nos surpreendem não somente pela história da sua carreira ou por seu talento, mas também pela atitude e imagem que passam aos seus fãs. Um destes é o baixista chileno Alvaro Lillo, que saiu de seu país para conquistar a Europa e acabou se juntando à irmandade satânica conhecida por Watain, hoje um dos nomes mais poderosos e emblemáticos dentro do Black Metal. Mas este guerreiro latino e insano que possui duas serpentes tatuadas na fronte, nunca se cansa ou acomoda e ainda tem muito a mostrar para o mundo. Com o Undercroft, que no ano passado lançou o álbum “Ruins of Gomorrah”, ele finalmente conquistou algo grande assinando com o selo Season of Mist, e neste momento se encontra gravando a nova obra prima da emblemática horda Watain.
Para iniciar, o que pode falar sobre as suas primeiras experiências como músico? Como você descobriu que esta poderia ser realmente sua carreira?
Alvaro Lillo: Foi acidentalmente, apenas queria fazer muito barulho e irritar quem tivesse por perto. Logo aprendi alguns acordes com amigos que já tinham bandas e algum conhecimento musical. Comecei ouvindo diferentes tipos de Rock e música em geral. Eu senti a conexão muito além da audição, enquanto me desenvolvia na música e enquanto tocava algum instrumento – guitarra ou baixo –, eu canalizava esta força invisível que se manifesta em mim em forma de carne e espírito. Meu primeiro show ‘real’, que toquei como baixista, foi em Santiago (CHI), na escola Amunategui que fica no centro da cidade, junto à banda Hell-Fire.
E de onde veio o apelido, “Commander Al-Barbaro”?
Alvaro: Meu pseudônimo ele foi inventado para a utilização na minha colaboração na renomada revista sueca Black Shadows e até hoje eu me utilizo dele de alguma forma, em alguma ocasião ou em algum lugar.
Como foram os primeiro dias da banda Undercroft? Como você encontrou com os caras ou foram eles que o encontraram primeiro?
Alvaro: Bom, eu já conheço os caras do Undercroft há muitos anos. Somos da mesma cidade no Chile, Santiago, e já havíamos dividido o mesmo palco por lá em várias oportunidades. Eu me juntei a eles enquanto ainda tocava no Execrator. Depois que deixei o Execrator, decidi me mudar para o sul do Chile, para a cidade de Concepcion. Um dia, visitando Santiago, eu encontrei Cláudio “Bam Bam” Vazques que, naquela época, era o manager do Undercroft. Então, ele veio com esta ideia de eu me juntar à banda, já que eu era baixista e vocalista e eles estavam precisando de uma pessoa assim. Desde o começo eu era o cara certo para o lugar certo, e tudo fluiu perfeitamente. A química entre eu, o guitarrista Claudio e o baterista Pablo sempre foi a melhor possível. Além disso, eles curtiam muito meu trabalho na banda anterior. O primeiro encontro entre a gente foi bem simples. Eu cheguei para um ensaio com os caras, eles me mostraram o material que estavam compondo na época, mais algumas novas ideias de músicas. Eu curti muito nosso entrosamento e foi isto que ajudou a eu tomar a decisão de me juntar àqueles caras. Sabia que estávamos prontos para criar um grande álbum a partir de então.
Então você se juntou à banda quando eles estavam praticamente prontos para entrar no estúdio para as gravações do álbum “Danza Macabra”?
Alvaro: Nos trancamos dentro da nossa sala de ensaio e começamos a compor juntos “Danza Macabra”. Então fomos para o HIT Studio, em Santiago, e trabalhamos duramente, e até bem rápido, nas gravações. O álbum foi muito bem aceito tanto pela mídia do país quanto pelos nossos leais fãs. Esta resposta nos ajudou a dar novos passos sem receio e totalmente confiantes em nossas carreiras, como voar para a Europa para mostrar a eles nossa arte.
Como foi aquela primeira experiência de vocês tocando na Europa?
Alvaro: Aquela foi uma experiência inesquecível! Havíamos acabado de sair do Uppsala Studio, na Suécia, depois das gravações de “Evilusion” (2002). Então, imediatamente, iniciamos nossa turnê na Europa, em países como Suécia, Alemanha, Polônia e Bélgica. Tudo foi arranjado por nós, nossos amigos e contatos que possuímos por lá. Naqueles tempos não foi nada fácil. Imagine uma banda sul-americana, chilena, totalmente underground e praticamente desconhecida pela maioria. Viajávamos de ônibus, carro ou seja lá o que for, para conseguir chegar nos locais dos shows. O dinheiro foi um problema. Nós não conhecíamos muitas pessoas que pudéssemos confiar neste ramo naquela época, mas estávamos muito focados e determinados em alcançar nossos objetivos com a banda naquele continente. Isto nos motivou e nos deu uma energia extra para continuarmos fortes e não desistir, apesar de todas as adversidades que enfrentamos. Muitas vezes não tínhamos sequer algo para comer ou lugar para dormir. Zanzávamos com nossos instrumentos e mochilas pra cima e pra baixo, mas sempre determinados. Ansiávamos em colocar o nome Undercroft num patamar elevado tanto na Europa quanto em nosso próprio país. Depois que voltamos para o Chile resolvemos trabalhar mais duro ainda para nos mantermos neste patamar alcançado pela banda e aqui estamos desde então!
Por que a banda assinou com a gravadora Pavement/Crash Music, selo que vocês deixaram tempos depois?
Alvaro: Nós havíamos entrado em contato com a Pavement enquanto estávamos procurando um selo para lançar ‘Evilusion’. Resolvemos deixar o selo porque eles haviam prometido para a banda coisas que jamais cumpriram. O escritório deles na Suécia fechou logo que assinamos com eles e o escritório deles nos Estados Unidos jamais nos deu qualquer satisfação ou notificação desde então. A gravadora simplesmente fechou as portas e nunca mais ninguém deles nos contatou para nada – que se fodam!… Bem, é razão suficiente para nossa mudança, não acha?
Você mencionou o álbum “Evilusion”, gravado com o produtor Daniel Bergstrand (In Flames, Behemoth, Dimmu Borgir, Meshuggah, Dark Funeral e outros). Como vocês chegaram até ele e como foi a experiência de gravar com este profissional de renome?
Alvaro: Tudo fora acertado ainda no Chile entre ele e a banda. Um amigo próximo, Andres Bize, havia se mudado para a Suécia e estava intermediando esta negociação, entrando em contato pessoalmente com Daniel. Nós já conhecíamos por seu excelente trabalho e sabíamos de seu prestígio na cena Heavy Metal. Vimos que seria uma grande oportunidade trabalhar com Daniel e que seria a chance perfeita para a nossa projeção. Trabalhar com ele foi, sem dúvida alguma, uma grande experiência. Ele realmente se envolveu com a banda durante todo o processo de gravação, nos mostrou diferentes perspectivas enquanto gravávamos ‘Evilusion’. Lembro que depois que nosso amigo Andres nos contou como tudo fora acertado entre ele e Daniel – preços e agenda para as gravações –, começamos imediatamente a juntar toda a grana que conseguimos para as passagens e as despesas para esta gravação. Pegamos nossas tralhas e rumamos direto para a Suécia. Nós havíamos deixado a nossa temporada de verão latina para um gélido início de inverno sueco, algo totalmente inesquecível para nós.
Após lançar ‘Evilusion’, vocês saíram em turnê com Amon Amarth e Merciless pela Europa. Então, durante as apresentações, resolveram gravar um álbum ao vivo, “Bastard Live in Hamburg”, registrado no festival “Fuck Christmas” (ALE). Como se deu a ideia?
Alvaro: Nós fizemos vários shows com algumas ótimas bandas e então decidimos, de última hora, gravar ‘Bastard Live in Hamburg’ naquele festival apenas para termos um registro ao vivo daquele show. Aí fomos a um estúdio para gravar mais três músicas inéditas para incluir no ao vivo que batizamos de ‘The Bastards’ – ‘Vomitthe Blessings’, ‘Manipuled by the Treachery’ e ‘Black Days’. Não lançamos muitas cópias deste registro, feito pelo selo Toxic/Negative Records do Chile, mas ele é bem legal.
O que houve com o ex-guitarrista Etienne Belmar, que gravou ‘Bastard Live in Hamburg’ e o álbum seguinte de estúdio, “Lethally Growing” (2006)?
Alvaro: Nós o trouxemos para o Undercroft em 2003 para ser nosso segundo guitarrista, mas não funcionou. Hoje ele é apenas parte do passado.
E com você, o que ocorreu durante as gravações do “Lethally Growing”? Você ao menos conseguiu terminar as gravações?
Alvaro: Até aquele ponto nós havíamos finalizado as gravações de ‘Demonized’, que era para ser este o título de nosso quinto álbum de estúdio. Porém, merdas rolaram no decorrer das gravações. Nós tivemos muitos desentendimentos, muitas reclamações que acabaram nos levando a nada que perda de tempo. Conflitos e outras merdas que me fizeram, no final, tomar a difícil decisão de deixar a banda e seguir meu caminho em paz. Hoje vejo claramente que aquela decisão foi a mais correta naquele momento. Mesmo que ela tenha me levado a novos lugares e a conhecer e lidar com novas pessoas. Resolvi me manter longe de traições e conflitos. Os caras do Undercroft então resolveram regravar o álbum com algumas mudanças, entre elas um vocalista convidado (N.R.: O brasileiro Erik Vieira, que também é baixista, vindo da banda sueca de Thrash/Death Metal Three Days in Darkness). Eles chegaram a mudar as letras, bem como algumas linhas do baixo que haviam sido criadas por mim. Tudo foi uma correria pelo que sei, já que eles estavam com o lançamento atrasado. A banda parecia estar aos cacos – e de fato realmente estava! Apesar de tudo, de tempos em tempos ouço este álbum que, na verdade, não toquei e quer saber? Eu gosto muito mesmo dele! No final, todas as minhas decisões foram as corretas naquele momento. Merdas às vezes acontecem, principalmente quando você perde seu verdadeiro foco.
E foi exatamente naquele momento que você se encontrou com o pessoal do Watain?
Alvaro: Para ser franco, é mais do que uma questão de quem encontrou quem. Eu havia me mudado para a Suécia meses antes e naquela época conheci os caras do Watain por diferentes meios e razões. Então, em uma noite, o vocal e líder da banda, Erik, veio até mim e me disse que o baixista Y (N.R.: Antigamente os membros do Waitain só utilizavam a primeira letra de seus nomes) – Yonas Lindskog, conhecido também por Mörk – havia deixado a banda. Imediatamente, perguntei a ele: ‘E se eu assumisse as cordas e fosse contratado para tocar com vocês como músico ao vivo?’ Então, Erik consultou os outros membros – (H) HåkanJonsson e (P) PelleForsberg – e marcamos um encontro para discutir sobre esta possibilidade, acertar mais alguns detalhes e aqui estou até hoje. Sinto-me extremamente orgulhoso que o Diabo tenha nos unido finalmente. Afinal, Watain é muito mais do que apenas mais uma porra de banda de Rock!
Ser parte do Watain significa muito mais do que estar em mais uma banda de Metal, já que é quase que uma instituição, assim como costumava ser o conterrâneo Dissection. Você pode nos contar como é estar em uma banda assim? O que significa pra você ser um satanista real dentro da Watain?
Alvaro: Primeiramente se trata completamente de total devoção às artes negras e afins, em um caminho o qual o verdadeiro satanista precisa andar, assim como sempre fizeram Jon (RIP) e este caminho é muito explicito. Todas as coisas no Watain são sempre principais e importantes, e você precisa dar de si mais que 100% a ela. Tanto do seu espírito quanto da sua carne, o comprometimento tem que ser real, total e puro. É uma fortíssima e honesta irmandade, muito longe de ser um joguete ou fingimento… Tudo é muito real, arriscado, perigoso e devocional. Quanto ao Satanismo ser minha escolha eterna. Não é sobre mim, nem mesmo sobre minha existência humana medíocre, e sim o fato de ser guiado pelo próprio diabo que me comanda e ao qual me entrego de corpo e alma. Este é meu lugar espiritual, é o que sou, é o que faço, porque faço tudo pelo meu pai Satã. Não há e não pode haver questionamentos… Somente entrega e dedicação total. Watain é muito mais que apenas mais uma banda… É um pacto espiritual e eterno de sangue.
E como foi ganhar um Grammy pela performance na música “Reaping Death”, contida no álbum “Lawless Darkness. Isto teve algum significado em particular para vocês?
Alvaro: Só posso dizer que o Demônio ganhou novamente! Nós não ficamos surpresos pela nomeação e consequente vitória do Watain nesta premiação. As coisas têm que mudar e nós estamos definitivamente aqui para fazer com que elas mudem de uma vez por todas.
Depois daquele tempo fora do Undercroft, vocês resolveram se reunir novamente. Como isto aconteceu e como foram as gravações do álbum “Ruins of Gomorrah” realizadas novamente o produtor Daniel Bergstrand.
Alvaro: Foi uma experiência incrível desde o início do processo. Fizemos este álbum num clima muito relaxado. Nós tínhamos acabado de assinar com um grande selo, Season of Mist, e então surgiram várias outras oportunidades para a banda. Já sobre o Daniel, decidimos trabalhar com ele novamente por já conhecermos e termos certeza de que ele faria novamente um grande trabalho. Ele compreendeu a ideia e o clima deste álbum, e trouxe para o estúdio convidados especiais para participar, como L.G. Petrov do Entombed, Erik Danielsson do Watain, Matti Karki do Dismember e Tobias Sidegård do Necrophobic. Além disso, este álbum incluiu muitos aspectos de novas experiências que resolvemos trazer para a banda e que jamais havíamos experimentado antes, como a inclusão de algumas partes acústicas, mas com som pesado. Quisemos ficar longe de certos recursos tecnológicos, como triggers, metrônomos, etc e buscamos algo mais orgânico e analógico. As gravações foram divididas em quatro etapas. Primeiro gravamos as partes de bateria no Nullzwei Studios em Hamburgo (ALE). Já as guitarras e baixo ocorreram no Abaddon Studios, também em Hamburgo; os vocais fizemos no Necrophonic Studios em Estocolmo (SUE). Depois que realizamos estas gravações, fizemos a mixagem e a masterização no Dug Out Production Studios em Uppsala, com a supervisão do Daniel.
Acredito que com este álbum a banda finalmente alcançou maior projeção, chamando a atenção não somente dos seus fãs chilenos, mas dos europeus. Como sentiram esta repercussão na turnê de “Ruins of Gomorrah”?
Alvaro: Nós somos do Chile e posso lhe assegurar que cada headbanger do nosso país sabe muito bem quem é Undercroft hoje em dia. Claro que este álbum nos levou a um novo patamar na nossa carreira, foi um passo muito importante para nós e hoje em dia estamos num dos maiores selos independentes do mundo, que é o Season of Mist. E tendo um ótimo álbum em mãos queremos mostrar todo o potencial de suas músicas para o mundo. A primeira parte da turnê rolou com a banda brasileira de Death Metal Krow, que abriu para a gente enquanto estávamos lançando oficialmente o ‘Ruins of Gomorrah’. Tocamos na Alemanha, Finlândia, Rússia, Romênia, Lituânia e Polônia. (N.R.: Enquanto as duas bandas estavam em turnê na Romênia, a banda Krow aproveitou para gravar o clipe de ‘Retaliated’, de ‘Traces Of The Trade’, com participação de Alvaro).
Como surgiu a ideia de contarem com um segundo guitarrista para estar nos palcos com vocês?
Alvaro: Sentimos que precisamos de um segundo guitarrista para reproduzir nosso som ao vivo e temos dado muita sorte até agora, pois tivemos ao nosso lado um ótimo músico e amigo nosso nesta função, Manolo Schäfler. Ele sempre curtiu muito nosso trabalho e compartilhou sua visão musical com a gente. Como ele está sempre ocupado com seus projetos pessoais, não tem como estar envolvido 100% com a banda e não podemos oficializá-lo como membro permanente do Undercroft. Assim, preferimos mantê-lo como músico contratado para nossas apresentações.
Como foi gravar o vídeo de “El Triunfo de la Muerte” e qual o conceito por trás dele?
Alvaro: O vídeo que fizemos para ‘El Triunfo de la Muerte’ representa metaforicamente todo o histórico da Undercroft – ‘o passado’ –, bem como nosso conceito como banda, de sermos como guerreiros sul-americanos em uma terra distante. O vídeo foi gravado e produzido pela Black Shadows Film Productions. Nós tentamos fazer algo simples, mas muito bem feito para promovermos o nosso álbum. Esta canção foi escolhida por representar a supremacia da Morte sobre qualquer forma de vida existente e sobre as ilusões deste mundo material. Nós já temos planos para um novo vídeo em breve, então fãs, fiquem ligados para mais novidades através do nosso web site (www.undercroft-official.com).
Além do Undercroft e Watain, você está envolvido com a banda Execrator e Hostile Reaction. Como concilia sua agenda, ainda mais que agora que o Watain lançará “The Wild Hunt”?
Alvaro: (risos). Eu tento ter tempo para todas elas. Se eu vejo que não estou manejando este tempo de forma correta e percebo que estou prejudicando alguma delas, paro tudo até me organizar melhor. É claro que Watain hoje é banda que requer toda a minha energia e atenção mas, ao mesmo tempo, ela me abre muitas novas oportunidades para que coisas aconteçam em meus outros projetos de diferentes nuances dentro da música extrema. Hoje em dia os caras do Undercroft vivem na Alemanha, que é relativamente perto de onde estou, a Suécia. Por isso, não temos problemas em trabalhar juntos e seguir com o Undercroft, realizando ensaios, turnês etc. Porém, planos com o Execrator é outra conversa, já que esta é uma outra fonte que possuo para expressar meus instintos criativos. (N.R.: A banda é de Santiago no Chile). Gravamos ‘Tuo da Gloriam Satan’ (2012) e lançamos pelo selo Australis Records. É um álbum brutal e tenho muito orgulho dele. A Hostile Reaction é uma banda que às vezes participo com amigos meus, entre eles o guitarrista chileno Marcelo Salazar, que vive também na Suécia. Fiquei sabendo que eles estavam precisando de ajuda e aconteceu de eu estar livre na época e fui até eles e gravamos juntos 4 músicas para a demo deles de 2005. Quanto a mim, agora é hora de mergulhar profundamente nas catacumbas escuras numa hemorragia eterna e ser um só novamente junto aos lobos do Watain, no centro do nada infinito… em uma ‘Wild Hunt’. Agora que a banda assinou com o selo Century Media, cuidado com a maldição!
Com relação ao Kako Daimon, este é um projeto apenas ou uma banda de verdade?
Alvaro: Comecei este projeto há mais de seis anos. Lancei pouquíssimas cópias de nossa primeira demos gravada em 2006 mas o split ‘Black Serpent Enthroned’ saiu pelo selo norte-americano Von Records, juntamente com a clássica banda de São Francisco de Black Metal, Von. Planos para tocar ao vivo ainda não estão sendo cogitados por mim, por enquanto.
Obrigado pela entrevista. Você gostaria de deixar sua mensagem final aos leitores da ROADIE CREW e aos fãs brasileiros do Undercroft e Watain?
Alvaro: Obrigado a todos os brasileiros e a todos os leitores da ROADIE CREW. Sejam firmes e nunca se rendam, pois nosso destino está muito claro e explícito na escuridão e devoção à magia. America do Sul, nós ainda temos muito mais para mostrar ao mundo, nós temos excelentes bandas extremas, nós temos o sangue a força… Ergam seus cálices de Metal e brindem juntamente com a gente, headbangers. Saudações aos irmãos e irmãs de nossa orgulhosa raça sul-americana!