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ANGRA – Especial Holy Land

O Angra já tinha gravado Angels Cry com o Charlie Bauerfeind e Sascha Paeth. Qual foi a reação deles quando vocês apareceram com a ideia de Holy Land?
Andre Matos:
 Normal. Eles mexeram em algumas coisas. Acho que a Carolina IV era ainda maior do que é. Mas eles respeitaram muito. Acho que os dois apenas colaboraram com o resultado final adicionando timbres diferentes e fazendo uma gravação de altíssimo nível para a época. Uma coisa que aprendemos na estrada e no estúdio foi que mais da metade do som do disco está na mão do músico. A gravação foi feita de forma analógica, em fita e depois mixada de forma digital, mas isso ainda estava engatinhando um pouco nessa época.

A parte gráfica foi algo que chamou atenção e reforçou a personalidade do disco. Como ela foi trabalhada?
Andre: 
Eu particularmente acho ímpar, uma ideia muito boa. É um mapa antigo de navegação que foi meio que copiado de uma enciclopédia velha do meu avô. Nas cartas de navegação antigas sempre havia a figura da rosa dos ventos. Aquilo me chamou muita atenção e pensei que poderia ser um símbolo muito forte. De repente, quando vi aquilo nos mapas eu percebi que era aquilo – que aquele símbolo poderia representar essa saga. Então a gente resolveu colocá-la em destaque no meio da capa. A lua que tem no meio dela é uma referência antiga ao Viper, à faixa Moonlight. Na capa do Theatre Of Fate tem uma lua atrás da figura humana e foi justamente ela que foi parar no meio da rosa dos ventos. A lua também tinha uma importância vital na época das navegações por causa das marés. Eu fiquei completamente imerso no conceito, desenhei a capa do disco e fiz alguns rascunhos enquanto o pessoal estava gravando na Alemanha. A ideia de colocar a rosa dos ventos bem em cima da ponta do Brasil, claro que representando o fato de sermos do Brasil e dobrá-lo como se dobrava uma carta náutica da época. Tudo foi bem estudado e embasado. Juntamos os pontos de vista visual, lírico e musical.

Parece que você realmente mergulhou nos livros para elaborar a letra das músicas.
Andre: 
Sempre convivemos com dois mundos no Brasil, da mesma forma que na Europa se convive com os castelos medievais, aqui convivemos com a parte colonial, a parte do descobrimento. Aí cara, foi um mergulho. Na época não havia o Google para você navegar e pular de um assunto para o outro. A gente começou a procuras em enciclopédias velhas que tínhamos em casa, fomos à biblioteca e compramos livros. Foi um momento em que descobri muita coisa e comecei a me apaixonar pelo tema. O assunto do descobrimento das Américas – aquele momento da Renascença em que havia a civilização superdesenvolvida na Europa, para o que era a época. Eles estavam saindo de um período de trevas que foi a idade média e de repente o homem ficou curioso e queria mais, queria descobrir novos mundos. Eu lembro que estudei infinitamente – esse é um assunto que me fascina até hoje e sempre descubro coisas novas. No Holy Land o conceito do disco era esse – a descoberta de um novo mundo. Quando eles chegaram aqui, principalmente os espanhóis como Colombo, eles achavam que era o paraíso, a terra sagrada. O mesmo aconteceu anos mais tarde no Brasil com o seu pretenso descobrimento. Só que a gente começou a viajar nisso e a imaginar como era o contato com os nativos, a natureza virgem e selvagem. Como os europeus enfrentaram isso e acabou tudo aquilo. Todas essas coisas são temas recorrentes no disco.

Qual foi exatamente o seu problema com a voz durante as gravações?
Andre:
 Quando estava pronto para eu começar, sendo que a parte instrumental já havia sido iniciada, fui dar início à gravação de voz e tive um sério problema. Foi a primeira e única vez que tive um problema sério nas cordas vocais. Naquela época eu estava dando todo o gás do mundo e não tinha a técnica ou conhecimento suficientes para poupar a minha voz como deveria ter feito. Eu ainda não tinha estudado os seis anos de canto. Aquilo foi algo que me assustou muito, pois quando fui cantar a primeira música eu não tinha controle sobre as cordas vocais. Lá na Alemanha visitei uns três médicos que não souberam dizer o que eu tinha, então a ideia acabou sendo voltar pro Brasil para ver a razão daquilo. Caso eu não conseguisse mais, teria que ser colocado outra pessoa para cantar o disco e eu ficaria como compositor, arranjador e idealizador. Tínhamos prazos e eles eram muito respeitados, principalmente no Japão que era o país que mais patrocinava nossas empreitadas. No Brasil eu fui num otorrino que cuidava de artista e no final foi algo simples, pois era uma estafa nas cordas vocais e o problema foi resolvido em um mês com alguns exercícios. Nisso, voltei para a Alemanha e a banda já tinha praticamente terminado tudo. Alugamos outro estúdio para eu fazer as vozes, pianos e teclado – o que foi bacana, pois nesse estúdio tinha tudo que você podia imaginar. Um dos mais perfeitos que já conheci. No final, a gravação das vozes durou muito menos do que duraria normalmente naquela configuração inicial.

Em Holy Land houve um envolvimento maior de todos os integrantes, certo?
Andre: 
Talvez a maioria das composições, assim como no Angels Cry, foram minhas e do Rafael, porém foi a primeira vez também que os outros de fato participaram mais das composições. Eles deram mais ideias, trouxeram mais elementos rítmicos e melódicos. Acho que o Luis e o Ricardo foram mais importantes inclusive nesse sentido da cozinha da banda estar voltado para esse aspecto. Era como se o Rafael cuidasse mais das melodias e o Confessori e o Mariutti da parte rítmica – se bem que todos nos envolvemos com tudo. Eu também cuidava da parte melódica, mas principalmente da parte harmônica, dos arranjos, a distribuição dos instrumentos etc. Também participei das gravações de percussão. A gente achava que naquele momento estávamos por um lado, dado um grande passo a diante em relação ao Angels Cry e por outro estávamos de fato aprimorando tudo aquilo que havíamos feito anteriormente. A intenção não era fazer um disco igual ao outro, mas utilizar o conhecimento adquirido com o primeiro disco.

Como era a dinâmica de vocês quando iniciaram a trabalhar o disco no sítio no interior de São Paulo?
Andre:
 A gente conseguiu fazer um esquema muito louco. Além da sala que servia de estúdio para gravar e fazer demos, conseguimos armar um quartinho para cada um onde se podia trabalhar sozinho enquanto os outros estava na sala principal. Lembro-me de ter pegado o último quarto do corredor para ficar distante do barulho (risos). Também não posso deixar de dizer que foi uma experiência interessante o contato com a natureza, pois quando a gente estava de saco cheio saia para passear e ver vistas maravilhosas.

Musicalmente vocês pareciam estar desbravando um novo território.
Andre: 
Era a época que estava no início da Timbalada na Bahia – que ainda não era uma coisa brega ou cafona e superexposta. Era um movimento que tinha mais a ver com as raízes negras do Brasil, que se mesclaram com a música europeia e com a cultura indígena. Aquilo foi uma coisa que chamou a atenção da gente – era um ritmo muito forte. Então nós decidimos explorar um pouco por ali. Não chegamos a ir até lá para fazer uma pesquisa de campo, mas como conhecíamos muitos percussionistas nós conseguimos meio que reproduzir a essência daquilo em músicas como por exemplo Carolina IV que começa com aquele batuque e entra o riff gingado em cima daquilo, mas que de repente para tudo e entra aquele Power Metal super rápido. Eu acho muito interessante aquela música, ela é um medley de vários estilos. Você encontra o Metal tradicional, a música Erudita pura, o Tango argentino e até a música caribenha, cubana e afro-brasileiro. Acho essa faixa bastante significativa e representativa do disco. E ela é a única do álbum escrita pelos cinco membros do Angra.

É verdade que durante a gravação de Never Understand (Angels Cry) alguém da banda teve que dançar um baião para que o baterista contratado, Alex Holzwarth pegasse bem o ritmo exigido pela música?
Andre:
 (risos) Cara eu tenho uma vaga lembrança, mas acho que rolou sim. Com certeza não foi eu, pois sou um péssimo dançarino. Eu imagino que tenha acontecido, mas cara, o Alex já era doutor em bateria pela Universidade de Munique, então qualquer coisa que você dê para ele tocar não será um problema. Ele só teve que entender mais ou menos qual era a acentuação da batida.

Ter um baterista brasileiro gravando Holy Land facilitou as coisas?
Andre: 
Fica mais fácil, porque como o disco é muito mais cheio de ritmos brasileiros teríamos que dançar muito para ensinar um baterista gringo (risos). Com o Ricardo foi muito mais fácil, pois a gente cresce ouvindo isso – quer queria ou não. Fica muito mais fácil para nós que somos daqui dar forma de um jeito muito mais rápido.

Esta liberdade para colocar tudo o que queria é o seu maior orgulho em relação à Holy land?
Andre: 
Esse é um deles e o outro é que na hora de consolidar o conceito do disco eu comecei a entrar numa viagem de criação que foi muito intensa. Eu realmente mergulhei dentro da história e foi até difícil de sair depois. É algo que de certa forma trago até hoje. Desde aquele momento eu comecei a definir mais até quem eu viria a ser como músico dali para frente.

LUIS MARIUTTI

Quem era o Luis Mariutti quando Holy Land foi gravado?
Luis Mariutti: 
No sentido musical eu sempre fui um cara focando em banda. Acho que nesse sentido eu não mudei, sempre gostei de viver para a banda e estar na estrada. Hoje em dia continuo achando legal essa parte de fazer um show e estar envolvido. Musicalmente, hoje em dia a gente presta muita mais atenção na precisão, em deixar a coisa redonda, mas naquela época você tinha mais fome. Você tem vinte e três anos e que ser mais rápido e técnico etc.

Você tinha vinte e quatro anos quando trabalhou em Holy Land, idade em que muita gente já tem uma graduação e está no mercado de trabalho. Como era o apoio de familiares e amigos naquela época na sua busca pela carreira na música?
Luis: 
Como eu comecei mais cedo ainda – com dezoito anos eu já estava no Firebox. Naquela época eu já tocava na noite, tocava Blues com outros amigos em muitos bares. Eu já sabia o que eu queria. Não é fácil você falar para a sua família que vai ser músico de Metal em 1988. Claro que todo mundo fala que o cara ta louco – tocar Heavy metal, no Brasil, mas era o que eu queria. Naquela época eu estudei muito – eu me trancava e fica tocando oito horas. Eu tinha o Motorblues com o Arnaldo Ricci e ficávamos noites e noites tocando. Virava a noite tocando durante a semana e no final de semana ia tocar nos bares. Eu sabia o que eu queria, mas não tinha a menor ideia de que chegaria a gravar na Alemanha e que teria um disco de ouro no Japão. Mas eu queria aquilo. Quando eu tava no Firebox percebi que estava na banda que eu queria. A vida seria aquela – dar aula de música, tocar na noite e por aí vai. Fui sem medo e a coisa começou a acontecer. Do Firebox me chamaram para tocar no Angra – eu já conhecia o Rafael, já conhecia o Marco Antunes (ex-baterista) e aceitei. No fim foi isso aí.

Como aconteceu a gênese das músicas naqueles primeiros dois meses de composições?
Luis:
 Não tinha muita regra. Às vezes alguém aparecia com alguma coisa e nós íamos atrás fazendo um som. Noutras alguém trazia uma música inteira. O Andre é um cara que gosta de mostrar a música pronta. Já o Rafael era um cara mais intuitivo, ele pegava um violão e começava a tocar. Era bem diversificado.

Apenas os integrantes do Angra decidiam as coisas naquela época ou havia influência do empresariamento e gravadora?
Luis:
 Havia palpite do produtor, pois quando você vai compor um disco todo produtor dá sua opinião, mas isso é em cima de arranjo ou estrutura da música. Já as ideias sempre saíram da banda mesmo.

A singularidade musical da mistura entre o Metal e ritmos brasileiros do Holy Land e o seu consequente reconhecimento internacional não forma replicados por nenhuma outra banda. Em sua opinião, por que depois de Holy Land nada mais teve o mesmo êxito?
Luis: 
Primeiro porque era uma época onde Metal estava descobrindo o Brasil e as bandas brasileiras. Logicamente, iniciando com o Sepultura e depois com o Angra. O Sepultura colocou instrumentos percussivos e algo mais raiz indígena. Já o Angra tentou aliar a parte harmônica de algumas músicas. Eu acho que foi porque na época isso virou uma coisa diferente no Metal e isso chamou atenção. Eu acho que essa mistura foi bem feita tanto pelo Sepultura quanto pelo Angra e acabou dando essa explosão das bandas ficando grandes. O Sepultura é claro bem mais e o Angra ficando grande em alguns países. Acho que foi muito bom para os dois.

Às vezes parece que o Holy Land foi um disco à frente do seu tempo.  É um trabalho que você colocar para escutar hoje e não diz que ele foi feio em 1996.
Luis: 
Sinceramente eu não sei. A gente não tem essa percepção. Eu já ouço com um ouvido mais crítico e imaginando como ele estaria agora com a tecnologia atual de gravação.

Sim, claro que a engenharia de produção hoje é outra, mas musicalmente a essência do disco se manteve.
Luis:
 É, não sei se ele foi um disco à frente do tempo, mas foi um disco ousado. A banda teve coragem. Além da percussão, a banda incorporou melodias e harmonias brasileiras.

A ousadia também esteve presente nas letras.
Luis: 
Exatamente. A banda tentou fazer isso de forma que englobasse tudo.

Das composições à turnê promocional, a fase Holy Land foi um grande período vivido por vocês, mas ele encerrou três anos depois com a separação da banda após o lançamento de Fireworks (1999). Quais são os seus sentimentos com relação à sua saída e o trabalho que vinha sendo feito até então?
Luis: 
Quanto a isso o sentimento é de éramos pessoas amadoras nesse sentido. De não conseguir se manter numa banda apesar de algum atrito ou alguma coisa. O que aconteceu foi considerado algo sério na época, mas não sei como resolveríamos aquilo hoje em dia. Lógico que sempre tem aquele sentimento de estar na formação original da banda, mas em relação ao Angra, eu acho que musicalmente para mim foi uma mudança boa trocar o Angra pelo Shaman. O nome Angra foi dado pelo Rafael e o conceito intelectual da banda vem mais da cabeça dele. Em 1999 na minha cabeça eu já tinha dado tudo que era necessário ali. Ela é uma banda muito técnica e você vê hoje que os substitutos que estão lá. O Felipe (Andreoli) que já está na banda a mais tempo do que eu fiquei, o baterista atual e o Aquiles (Priester) são caras muito técnicos. O Angra tem essa cabeça de uma banda ultra virtuosa e naquela época eu já havia chegado no limite disso. O Shaman veio ser uma coisa mais simples, com pegada e precisão privilegiando os climas, melodias e arranjos. Além disso, o Shaman foi batizado por mim. Então acho que o Shaman foi uma coisa mais traumática que o Angra. No Angra nós resolvemos sair, já no Shaman fomos obrigados a se separar, pois foi uma época onde o clima estava muito ruim. Ao invés de darmos seis meses de férias estávamos com a cabeça quente e acabou se separando novamente.

Às vezes parece que o Holy Land foi um disco à frente do seu tempo.  É um trabalho que você colocar para escutar hoje e não diz que ele foi feio em 1996.
Luis: 
Sinceramente eu não sei. A gente não tem essa percepção. Eu já ouço com um ouvido mais crítico e imaginando como ele estaria agora com a tecnologia atual de gravação.

Sim, claro que a engenharia de produção hoje é outra, mas musicalmente a essência do disco se manteve.
Luis:
 É, não sei se ele foi um disco à frente do tempo, mas foi um disco ousado. A banda teve coragem. Além da percussão, a banda incorporou melodias e harmonias brasileiras.

A ousadia também esteve presente nas letras.
Luis: 
Exatamente. A banda tentou fazer isso de forma que englobasse tudo.

Das composições à turnê promocional, a fase Holy Land foi um grande período vivido por vocês, mas ele encerrou três anos depois com a separação da banda após o lançamento de Fireworks (1999). Quais são os seus sentimentos com relação à sua saída e o trabalho que vinha sendo feito até então?
Luis: 
Quanto a isso o sentimento é de éramos pessoas amadoras nesse sentido. De não conseguir se manter numa banda apesar de algum atrito ou alguma coisa. O que aconteceu foi considerado algo sério na época, mas não sei como resolveríamos aquilo hoje em dia. Lógico que sempre tem aquele sentimento de estar na formação original da banda, mas em relação ao Angra, eu acho que musicalmente para mim foi uma mudança boa trocar o Angra pelo Shaman. O nome Angra foi dado pelo Rafael e o conceito intelectual da banda vem mais da cabeça dele. Em 1999 na minha cabeça eu já tinha dado tudo que era necessário ali. Ela é uma banda muito técnica e você vê hoje que os substitutos que estão lá. O Felipe (Andreoli) que já está na banda a mais tempo do que eu fiquei, o baterista atual e o Aquiles (Priester) são caras muito técnicos. O Angra tem essa cabeça de uma banda ultra virtuosa e naquela época eu já havia chegado no limite disso. O Shaman veio ser uma coisa mais simples, com pegada e precisão privilegiando os climas, melodias e arranjos. Além disso, o Shaman foi batizado por mim. Então acho que o Shaman foi uma coisa mais traumática que o Angra. No Angra nós resolvemos sair, já no Shaman fomos obrigados a se separar, pois foi uma época onde o clima estava muito ruim. Ao invés de darmos seis meses de férias estávamos com a cabeça quente e acabou se separando novamente.

Você saiu do Angra depois do Fireworks e acabou retornando para gravar Aqua (2010) e novamente deixou o grupo. O que o levou a retonar e deixar o Angra novamente?
Ricardo: 
Voltei porque fui convidado e achei legal da parte dos caras, pois eu não esperava. Quando a gente saiu da banda não tinha um clima legal, mas continuei falando com o Rafael e o Kiko. A gente se cruzava no Souza Lima e pelo menos se cumprimentava quando se via. Éramos muito jovens e de cabeça quente. Eu achei super legal eles quererem passar por cima de tudo isso e querer voltar com um integrante original. Pra mim foi super legal, pois o Shaman já tinha trocado de formação e já não cumpria as minhas expectativas de bandas principal, então eu acabei entrando no Angra e fazendo dela a minha banda principal. Aí a saída foi uma coisa que eu não sei. Eu cansei. Não sei se foi uma coisa de muitos anos na estrada. A banda também queria muita dedicação. O ritmo do que acontecia também já não era tão intenso, pois a gente sabe que deu uma queda no mercado de show. Eu tava com filho pequeno e com vontade de ficar perto dele, pois ele estava com quase três anos e eu já tinha viajado bastante. Aí eu acabei pela primeira vez na minha vida ficar um pouco de tempo sem banda para ver como era. Nesse tempo também resolvi cuidar da minha saúde. Pra mim foi bom, era algo necessário, pois querendo ou não a gente não é mais jovem. A bateria é uma coisa que você sabe que não da pra enrolar, você tem que realmente ter muita energia e dedicação. Hoje me sinto pronto para voltar pra estrada e arrebentar como antigamente.

O Holy Land ficou perfeito ou você mudaria algo?
Ricardo:
 Mudaria, com certeza. Eu mudaria o som da batera… colocaria mais alto (risos). Mudaria as fotos que fizemos, não gosto delas (mais risos). Tiraria aquela barba. É difícil. São vinte anos – então eu com certeza reescreveria as músicas de forma diferente. Eu gostaria de fazer um Holy Land II com novos arranjos. Mas não vou fazer essa blasfêmia, fiquem tranquilos (risos).

 

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