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AVENGER

O nome Avenger pode até ser comum no meio do Metal, seja pela banda alemã que originou o Rage ou pelo pioneiro grupo brasileiro que gravou a coletânea SP Metal (1984), mas o incomum e inusitado foi a entrada do músico brasileiro Rodrigo “Roddy B” BVevino em um dos grandes nomes da New Wave Of British Heavy Metal. Responsável por clássicos como Blood Sports (1984) e Killer Elite (1985), o Avenger inglês teve vida curta, mas deixou sua marca. Responsável por substituir lendas como Brian Ross e Ian Swift, Roddy B não se sente pressionado e, na entrevista a seguir, fala mais sobre esta experiência marcante em sua carreira.

Como se deu sua entrada no Avenger e como é fazer parte de um nome conhecido da New Wave Of British Heavy Metal e ter a responsabilidade de substituir lendas como Brian Ross (Satan, Blitzkrieg) e Ian Swift?
Rodrigo “Roddy B” BVevino:
 Foi por intermédio do Maiden England e pelo meu site pessoal. O guitarrista Sean J. entrou em contato comigo pelo Facebook perguntando se eu teria interesse em fazer um teste para o Avenger. Então, eles me mandaram duas músicas novas e em dois dias eu gravei as vozes e mandei de volta. Fiquei na expectativa, mais foi só mesmo quando Gary Young foi assistir ao show do Maiden England em Newcastle que ganhei o emprego na mesma noite (risos). Isso aconteceu no dia 23 de dezembro e em menos de um mês fizemos nosso primeiro ensaio já com 15 músicas no set list. Substituir os dois grandes vocalistas foi complicado, mas estou fazendo minha parte e agradando aos fãs mais ardilosos. Eu conheço o Brian Ross porque eu canto em um Kiss Cover junto com o guitarrista do Blitzkrieg, o Ken Johnson, mais ainda não tive a oportunidade de conhecer o o Ian Swift.

No Brasil você tocava com as bandas KvorK, FarOff, Tailgunners, Dreamland, Born (Nevermore Cover), Scorpions Cover Brasil, Ripper (Judas Priest Tribute). Desde quando você reside na Inglaterra? Sua ida foi para buscar a carreira musical?
Roddy B: 
Não esquecendo do sexual Carnal Desire que toquei por cinco anos! (risos) Eu moro na Inglaterra desde 2008, vim por convite de familiares para mudar de vida mesmo. A música só veio depois de seis meses, quando entrei de baixista numa banda chamada Thick Skinned, mas nesse período eu criei o BV.Inc, com o qual gravei um CD em casa mesmo, tocando tudo. Como vocalista, a oportunidade veio com o Life Crisis, banda tipo ‘toca tudo’ como era o FarOff que eu tinha no Brasil. Foi então que comecei a mostrar a minha cara e surgiu o convite para o Maiden England. Como bom brasileiro, hoje em dia eu tenho cinco bandas (risos). Estou com o Avenger, Maiden England, Knights Of Satan Service (Kiss), The Dio Years e o Atlantis Knight. Na verdade, banda mesmo é o Avenger e o resto é ‘money maker’ (risos).

Além do Avenger, você está com o projeto Axxed Asylum ao lado do ex-baterista do Battleaxe. Como estão os trabalhos com a banda? Existe mesmo a possibilidade de regravar músicas do álbum Burn This Town(1983) do Battleaxe?
Roddy B: 
Isso foi outro fruto que eu estou colhendo por causa da minha entrada no Avenger. Até onde sei, isso ainda está em projeto porque Paul Atkinson (bateria, ex-Battleaxe) saiu da banda e a gravadora alemã deles pediu que ele montasse uma nova banda. Ele disse que não faria nada se eu não fosse o vocalista e então fizemos duas músicas, Rock Legions e Shock & Awe. Vamos fazer um clipe para Shock & Awe, divulgar e ver o que eles acham, mas o CD seriam cinco regravações do primeiro CD do Battleaxe e mais cinco músicas novas. É aquilo, estou no meio e tentando me firmar, o que acontecer primeiro e me der estabilidade musical, vai ser sensacional…

O único integrante original do Avenger atualmente é o baterista Gary Young? Como está a formação atual?
Roddy B:
 Sim, a formação atual agora está assim: Roddy B (vocal), Sean J. e Liam Thompson (guitarras), Ian ‘Fuzz’ Fulton (baixo) e Gary Young (bateria).

Gary Young já lhe contou algumas histórias interessantes da época da New Wave Of British Heavy Metal?
Roddy B:
 Sim, algumas (risos). Vamos viajar pela primeira vez e deve rolar mais alguma coisa… Na verdade a banda acabou da primeira vez porque depois que eles voltaram da tour pelos EUA em 1985, o empresário fugiu com o dinheiro e a namorada de um deles – aquela loira que aparece nos três clipes da banda – traiu um dos membros da banda com outro. Coisa meio Ramones, mas isso deve ser lenda, sei lá…

Quais músicas dos álbuns Blood Sports (1984) e Killer Elite (1985) você estão tocando?
Roddy B:
 Reveng Attack, Run For You Life, Hard Times, Brand Of Torture, Enforcer, Under The Hammer, MM25, Victim Of Forces, You Never Take Me, Too Wild To Tame e Death Race 2000. Além destas, mais seis novas – Race Against The Time, Fields Of The Burnt, Fate, Into The Nexus, In Arcadia Go !!! Decimated.

Você já estreou com a banda ao vivo? Quais os planos para este ano?
Roddy B: 
A minha estreia vai ser dia 16 de marlo no Garcia Lorca em Bruxelas (BEL). No dia seguinte (17/03) tocaremos no ‘Hammerfest’, no País de Gales, ao lado de gigantes do Metal como Anthrax, Paradise Lost, Exodus Amon Amarth entre outros. Depois vamos a Holanda para tocar no ‘Harder Than Heavy Fest’ no dia 8 de abril. Em junho tocaremos na Alemanha no ‘Heavy Metal Overkill’ e ainda estamos esperando confirmações para o ‘Sweden Rock Festival’, ‘Bloodstock’. Aí no Brasil estamos aguardando confirmação para tocarmos talvez no ‘Metal Open Air’.

Fora a música, como está a sua vida na Inglaterra?
Roddy B: 
Eu amo o Brasil mas, sinceramente, quem tem possibilidade de mudar, mude! É completamente diferente a questão educação, saúde e qualidade de vida. Realmente eu só voltarei a passeio ou para turnê. As pessoas me perguntam: ‘Pô, se você ganhasse na loteria, imagina viver rico no Brasil?’. Aí, eu digo: ‘Amigo, imagina viver rico na Europa!’Mensagem final aos fãs do Avenger e aos leitores da ROADIE CREW.
Roddy B: 
Eu sempre quis mostrar a minha cara na ROADIE CREW! A primeira vez foi com o Tailgunners em 2002, mas agora é diferente. Moro longe e estou tentando construir uma carreira aqui na Europa. Aos fãs do Avenger: preparem-se porque o novo CD está animal e vocês podem esperar uma coisa bem ‘True’, pesada e NWOBHM. Aos leitores, obrigado por estarem me recebendo e prestem bem atenção no Avenger, porque a coisa vem que vem… Existe vida e musicalidade em outros rostos não sempre nos mesmo. E, sim, o Metal não morreu porra nenhuma! Eu vivo o Metal desde 1982 e garanto que nunca esteve tão vivo como agora, especialmente no Brasil.
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