A objetificação sexual de mulheres na música é algo que rende debates até os dias de hoje. No caso de Nadja Peulen, porém, esse aspecto não lhe fez perder o sono.
Em entrevista ao She’s with the Band (transcrição via Blabbermouth), a baixista do Coal Chamber discutiu vários momentos de sua trajetória. A conversa abordou a fama adquirida pela instrumentista na virada do milênio por sua aparência, chegando a ser citada como “mulher mais gostosa do metal” conforme relembrado pela entrevistadora.
De acordo com Peulen, isso faz parte. Ela diz:
“Eu não ligo. [Risos] É, digo, é um elogio. Eu penso que, como uma mulher – como digo isso? – a maior parte do tempo a gente recebe muita atenção de qualquer jeito. Estando sob holofotes, seja com música, atuando, comédia, modelando, seja lá o que, isso é amplificado.”
Mesmo assim, Nadja reconheceu que esse tipo de tratamento rendeu alguns momentos desconfortáveis. Ela citou um caso em uma premiação na qual era apresentadora.
“Eu lembro de apresentar o Slipknot no Kerrang! Awards, acho que em 2002, e quando eles me anunciaram para subir ao palco e apresentar a banda, eles fizeram todo o papo de ‘mulher gostosa’. Naquele momento eu pensei: ‘Ah, não. Isso é vergonhoso’. Tipo: ‘É só por isso que sou conhecida?’.”
Peulen disse que sua voz falhou enquanto apresentava o Slipknot, tamanho foi o nervosismo e desconforto com a situação. Entretanto, ela afirmou ter sido um evento isolado.
“Nunca tive muitos problemas com isso. Pessoas me deixam em paz a maior parte do tempo. Mas eu também sei como me defender. Acho que transmito uma certa energia de ‘não mexa comigo’.”
Nadja Peulen e Coal Chamber
Nadja se tornou integrante oficial do Coal Chamber em 2002 após a baixista original do grupo, Rayna Foss, sair para poder se dedicar à criação de sua filha. O grupo se separou no ano seguinte, apenas para se reunir no ano de 2011, sem Peulen. A baixista retornou dois anos depois. Mesmo após outro hiato, ela continua parte da banda.
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