Oriunda de Fortaleza essa banda nascida para brutalizar vem arrebatando uma legião de fãs por todo mundo, com o seu Brutal Death Metal com claras influencias das bandas americanas do estilo o Decomposing mostra em que podemos sim, fazer melhor sempre. Este ano eles acabam de lançar o seu debut álbum pelo selo respeitadíssimo Guttural Brutality. Os membros dessa banda são veteranos na cena brasileira e que mais uma vez vem nos mostrar todo seu pontecial. Para esta entrevista convidamos o seu fundador Barroso Serra para nos falar à respeito de sua nova empreitada e de como tudo está acontecendo na carreira do famigerado Decomposing.
O Decomposing foi formado em 2013 por você e pelo David Silva. Como surgiu a proposta para o surgimento da banda fazendo um Death Metal realmente diferente do que é tradicional no Brasil?
Barroso Serra – Na verdade, eu não pensei. Foi um dia, fazendo rifes de costume, dropei e comecei a criar. E como ficou foda, pensei em chamar o batera David, que é amigo de longas datas. Na hora ele topou a proposta.
A banda tem uma vertente muito brutal, indubitavelmente, vemos isso no trabalho realizado pela banda. Quais as suas principais influências?
Barroso Serra – Pow mano, muitas bandas, mas tenho minhas preferências de tocar esse estilo exclusivo, como Pathology, Visceral Disgorge, Pyaemia, Inveracity…e por aí vai.
Depois de algum tempo de início se juntam a banda o Anderson Nunes com seu vocal poderoso e o Carlos Menezes no baixo. Como foi integração deles na banda? e eles já eram de outras bandas?
Barroso Serra – Ao chama-los para o Decomposing, não teve muita cerimônia, já tocávamos em outras bandas, e a gente já sabe o que cada um gosta, que é tocar muito Death Metal. Sempre penso na amizade, pois trato banda como família. Os caras são membros do flagelo, banda antiga de thrash metal. O Carlos (baixista) faz participação em alguns shows e já tocou no Griefgiver. O Anderson (vocal) tocou no Scatologic Madness Possession, Sacrilegious Salacious (bandas muito fodas que tínhamos na cidade).
Quando a vocês os fundadores, também participaram ou participam atualmente de outras bandas?
Barroso Serra – Sim, eu sou membro fundador do Krenak, To Rot (com os meus parceiros Rainer batata e Jhoni Rodrigues do Infested Blood) e o Verminoses com meu brother ex-membro do Infested Blood (o batera Beto Santos). Essas bandas este ano estarão lançando CD, EP e Single. o David Silva que tem também tem seus projetos paralelos ao Decomposing, já participou também do Griefgiver, Facada, Burning Torment.
Em 2018 a banda lança seu primeiro registro com chave de ouro, o ótimo debut “Unleash The Underground Abominations”. Nos conte como foi a concepção deste trabalho…
Barroso Serra – Sem igual mano, está melhor do que esperávamos, muita galera procurando antes de ser lançado. Com a parceria do David Ferreira da Guttural Brutality (amigo de longas datas), foi uma puta divulgação, superou todas nossas expectativas. Está sendo um trabalho incrível, com merchan e shows. Isso faz toda diferença.
E para o seu lançamento a banda contou com um selo muito respeitado no estilo, a Guttural Brutality. Como a banda recebeu a proposta de ter seu debut lançado por este selo?
Barroso Serra – Devido a divulgação de shows, fotos e vídeos, o David Ferreira da Guttural Brutality mostrou-se interessado no material do Decomposing. Foi uma honra, pois o cara saca muito dos brutais. E resultado vocês já estão vendo, trabalho de mestre.
O David Ferreira é muito competente quanto aos lançamentos, além de ser um músico ímpar. Como está sendo a distribuição feito pela Guttural Brutality?
Barroso Serra – A divulgação está em websites, zines, rádio. David Ferreira não para mano, a todo momento está enviando material, divulgando na net e plataformas de streaming. O cara sabe do que está fazendo.
Quanto aos shows para divulgação do debut, como estão sendo?
Barroso Serra – Desde que lançamos o disco Unleash The Underground Abominations, os convites não param, tocamos agora recentemente no Forcaos, Underground Metal Fest dia 25 de agosto/2018 em novembro no Alcoholic Vomit, isso é muito bom para banda. Estamos nos preparando para turnês pelo Brasil e pela gringa.
Como o Death Metal feito por vocês é de nível internacional, há algum plano ou convite de tocarem no exterior? Digo isso pois a banda tem uma veia do Death Metal americano.
Barroso Serra – Sim com certeza, estamos nos organizando para o ano de 2019, pois todo nós temos nossas famílias e trabalhos, então estamos vendo as melhores datas para que todos nós possamos fazer um giro bem estruturado e organizado.
Quais os planos do Decomposing daqui pra frente?
Barroso Serra –Tocar muito sempre rsrs, e começar a fazer músicas para em um breve futuro lançar o segundo disco.
Vamos falar da atual cena brasileira e mundial. Como você vê a cena atualmente no Brasil e no Mundo?
Barroso Serra – No brasil todos nós sabemos a dificuldade que é manter o underground. Devido os shows gringos serem uma novidade, acabam que sendo preferência do público. A escassez de locais para shows undergrounds, também se tornam uma dificuldade para trazermos o público para nossa cena local. Tenho uma produtora, chamada Maximum Violence Productions, que estou sentindo na pele. Fazemos um grande investimento em um festival foda. E com esses contratempos as vezes torna-se inviável. Mas nada tão ruim, que juntos, não conseguimos mudar essa realidade. Já tive a oportunidade de tocar no México em 2017, a realidade não é muito diferente da nossa, mas as condições são melhores.
Quanto a repercussão do debut, a receptividade está dentro do vocês esperavam?
Barroso Serra – Muito, merchan saindo a todo momento, isso é muito satisfatório, a gente rala muito pra lançar um disco, investimentos em ensaios e equipamentos para uma ótima qualidade.
A cidade de Fortaleza tem grandes bandas e no Nordeste a cena extrema é muito forte. Mas sabemos das adversidades que uma banda, principalmente extrema, tem no Brasil, quais as maiores dificuldades superadas pela banda?
Barroso Serra – Sinceramente fazer uma gravação de boa qualidade é um grande investimento, equipamentos são caros e gravações em estúdios profissionais é bem elevado. Então procuramos um home Studio, onde gravamos a bateria separado em outro estúdio. Mas tivemos uma expectativa boa para o cd.
Meu amigo Barroso Serra espero muito ver o Decomposing destruindo tudo por aqui. Muito obrigado por ceder o seu tempo para esta entrevista e essas últimas linhas são suas…
Barroso Serra – Muito grato por essa entrevista, isso é muito importante para o Decomposing e para outras bandas que estão lançando seus trabalhos. Estou sempre buscando o crescimento para minhas bandas e para minhas produções de death metal, pela Maximum Violence Productions (gravações, selo e distribuição). Agradeço ao público e bandas que nos acompanham. Acessem nossas pages e plataformas de streaming, estamos sempre postando novidades e atualizando nossos trabalhos.
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Abaixo segue o vídeo da música Human Code Fail realizado pela Guttural Brutality para promoção do álbum: