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A importância do DEEP PURPLE e de IAN PAICE, comentada por CHARLES GAVIN

Para além de seu trabalho como baterista, CHARLES GAVIN também é um grande entendedor de música. Colecionador de discos de vinil, o ex-integrante dos TITÃS já lançou livros sobre o tema e apresenta o programa O Som do Vinil, do Canal Brasil.

Ao acompanhar o último domingo (15) de Rock in Rio, o músico fez elogios ao DEEP PURPLE, escalado para fechar o palco Sunset na ocasião. Os comentários focaram, claro, na bateria de IAN PAICE, mas também contemplaram a dinâmica com o baixista ROGER GLOVER e até os outros dois grupos da “trindade maldita” do rock: LED ZEPPELIN e BLACK SABBATH.

Confira:

“Deep Purple, Rock In Rio 2024: Ian Paice (bateria, 76 anos) & Roger Glover (baixo, 78 anos) no show de domingo, aqui no Rio. Vale dizer que estes respeitáveis senhores formam a única a cozinha rítmica da santíssima trindade do rock’n’roll britânico dos anos 70, que continua atuando ao vivo – sua trajetória fala por si só.

Deep Purple, Black Sabbath e Led Zeppelin – são pilares do que, nos tempos do colégio, chamávamos de rock pesado, termo resgatado pela imprensa internacional, hoje (heavy rock). Cresci e aprendi a tocar bateria ouvindo os discos destas bandas.

Ian Paice (continua nos encantando), Bill Ward (não toca com Sabbath há tempos) e John Bonham (partiu em 25/09/1980) nos inspiraram, eram referências numa época numa época onde a informação sobre o rock britânico era pouca. Paice, Ward e Bonham, influenciados por jazz, r&b e big bands, foram nossos professores de música e de bateria (além de muitos outros, claro). Injetaram diversos elementos da música negra norte-americana e por isso suas gravações soam tão bem – pesadas e com muito groove ao mesmo tempo, além da técnica avançada em seu instrumento, a qual lançavam mão.

Foto: Roberto Sant’Anna / Roadie Crew

Purple, Sabbath e Zeppelin – cada banda à sua maneira – expandiram fronteiras semeando o fértil cenário dos anos 70 para que outras vertentes do rock’n’rol ganhassem certidão de nascimento e RG próprios no anos que viriam. De suas gravações e shows saíram as bases, os templates para o hard rock, o heavy metal e seus desmembramentos.

Ian Paice & Roger Glover: resumir sua relevância, sua contribuição para o rock é tarefa árdua, impossível, talvez. A presença do Purple no Rock In Rio 2024, em termos de show business, explica muito.

A dupla Paice&Glover nos acompanha até hoje – é uma dádiva, sem dúvida. Sua presença no Rock In Rio 2024, pensando em show business atual, explica muito. Bem, que tal conferir suas performances e tirar suas conclusões? Aprendo até hoje escutando novamente os álbuns Machine Head (1972), Made In Japan (1972), Deep Purple In Rock (1970) e Who Do We Think We Are (1973) – quem aí não conhece, ainda: corra!”

DEEP PURPLE no Brasil

Além do Rock in Rio, o DEEP PURPLE se apresentou em São Paulo, na última sexta-feira (13), durante sua passagem pelo Brasil. Na cobertura feita pela ROADIE CREW, Antonio Carlos Monteiro destaca sobre a dupla ROGER GLOVER e IAN PAICE:

“Glover é o mais jovial da turma. Sorrisão na cara, anda pelo palco, interage com o público e continua com aquele baixo bem timbrado que é um dos motores da banda. E Ian Paice, a despeito da idade, continua uma máquina de peso e precisão – isso ficou bem claro desde as primeiras notas de Machine Head. É sempre bom lembrar que, à exceção de McBride, todos os demais músicos já passaram dos 75 anos de idade – Gillan faz 80 ano que vem.

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