Lançado de forma oficial na última sexta-feira (01) pelo canal do YouTube da Insane Mind Films, “Destruindo a Tranquilidade”, trabalho de Paulo Oliveira e Anderson Dino, retrata grande parte da história da cena de anti-música e grindcore de São Roque, interior de São Paulo.
No filme, a anti-música é descrita como um protesto contra tudo que acontece na indústria musical, como a indústria trata os músicos, direitos autorais, dentre diversos outros. O movimento anti-musical já é algo estabelecido há décadas, sendo usado como uma forma de dadaísmo artístico desde a década de 1920 com os trabalhos de compositores como Edgard Varèse e George Antheil.
O longa retrata desde as primeiras bandas do cenário até a dissolução da maioria das bandas por volta do meio da década de 2010. Destruindo a Tranquilidade retrata (e contém músicas) de diversas bandas de grindcore e noise da cena de São Roque como Dischord, No Prejudice, Celeuma, Egzekucija e Youth Against Conformity. O projeto reúne entrevistas, vídeos de shows, fotos de zines e diversos outros meios para conseguir criar uma visualização completa de tudo que aconteceu durante o auge do noise são-roquense.
A sinopse oficial do filme diz: “Destruindo a tranquilidade é um documentário sobre histórias e pessoas que fizeram parte do movimento de música extrema surgido na cidade de São Roque, interior do estado de São Paulo, dos anos 90 ao início dos 2000. O filme documenta desde o início do movimento, as primeiras bandas e as dificuldades para conseguir instrumentos e locais de ensaio, eventualmente narrando até seu auge, com a organização de diversos shows/gigs e a criação de fanzines e do selo Shit Records, e por fim sua eventual dissolução com bandas acabando, pessoas se mudando e o que ainda restava do movimento até meados de 2016.”
Confira a versão completa de Destruindo a Tranquilidade:
Texto: Daniel Agapito