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ECLIPSE DOOM FESTIVAL V

Pela primeira vez o “Eclipse Doom Festival” teve uma edição realizada em São Paulo. Tradicional evento realizado em Santa Catarina, o festival aportou na capital paulista em sua quinta edição, na gelada noite de domingo, 15 de julho, no Manifesto Bar. O cast divulgava a presença das bandas O Mito da Caverna (SP/SP), Les Memories Fall (São José dos Campos/SP), Mortarium (RJ/RJ) e HellLight (SP/SP), porém a banda de São José dos Campos cancelou sua participação por problemas de saúde de um de seus músicos.

Previsto para as 18h, o evento começou com uma hora de atraso com a banda O Mito da Caverna. Formada por punks (?!!!), o quinteto combina Doom Metal com Crust/Sludge, muita microfonia, vociferações apenas em constantes urros e discursos anti-sistema. É como se ouvíssemos uma banda Gring em slow motion. Bom? Ruim? A única definição aplicável é ‘estranho’.

Em seguida foi a vez da banda carioca Mortarium. O trio feminino formado por Tainá Domingues (guitarra e vocal), Vivi Alves (baixo e voz limpa) e Julie Souza (bateria) está na ativa desde 2008 com um som bastante melancólico combinando os vocais melódicos de Vivi com os guturais de Tainá. Era possível notar o nervosismo da moças e isso deixou a performance muito tímida e “engessada”. É de se destacar o trabalho instrumental da banda, principalmente “My Distress”, com uma linha de baixo carregadíssima, mas o som todo carece de mais peso. Talvez uma afinação um tom abaixo se encaixe melhor às composições e ainda pode facilitar o trabalho vocal de Vivi que mostra dificuldades em alcançar tons mais altos. Nas mãos de um produtor, o talento das meninas com certeza será enaltecido.

Enquanto fortes nomes de nossa cena Doom como Serpent Rise, Dying Embrace e Eternal Sorrow se perdem no ostracismo há anos, outros como Of the Archaengel, Mythological Cold Towers e HellLight estão em plena atividade e esta última era a grande atração deste festival.

Estreando o novo baterista, Evandro Camellini, o HellLight começou seu set com “The Light That Brought Darkness”, com um som impecável. Logo de cara pudemos notar que Evandro toca com muita força, o que chegou a gerar dúvidas se conseguiria manter a pegada por todo o show. E foi o que ele fez, descendo o braço e controlando os pedais com precisão. Cassia Franchi (teclado) é discreta em palco, mas suas execuções sempre seguram bem o clima fúnebre. Já o peso do grupo deve ser todo atribuído ao baixista Alexandre Vidal. Sendo uma banda de apenas uma guitarra, o careca-cabeludo é um Geezer Butler do Funeral Doom, ou seja, dá todo o tom grave do som sem invencionices, mas o destaque da banda fica mesmo por conta de Fabio De Paula (vocal e guitarra). O rapaz destila riffs muito fúnebres munidos de  harmonias melancólicas e faz exatamente o mesmo nos vocais combinando vocais guturais com o vocal limpo melodioso e cheio de interpretação. Não é à toa que a banda vem tendo maior reconhecimento a cada ano com seu Doom. Como destaqued do set: “Deep Sideral Silence” e a já clássica “Funeral Doom”.

O festival contou com um público pequeno, mas seleto e deve ser parabenizado, pois fazer um evento de Metal sem bandas covers e só com nomes nacionais, já é um ato de coragem. Agora juntar tais características com o fato de ser um evento voltado apenas ao Doom Metal é heróico. Vamos torcer para que o festival prossiga por mais e mais edições e se espalhe pelo país provando que nem só de “Metal Feliz” vive o headbanger brasileiro.

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