Inner Call é uma banda que preserva em sua música a verdadeira essência do Heavy Metal, nos dias de hoje com tantas bandas soando iguais, o Inner Call se destaca pela sua personalidade e amor ao que fazem.
Definitivamente não é uma banda fabricada para tentar fazer sucesso a todo custo, essa banda é um exemplo a ser seguido em nossa cena, afinal eles conseguiram uma identidade própria e hoje são reconhecidos em muitas partes no mundo. Não me espanto pela estrondosa receptividade e ótimas criticas por todos aqueles que escutaram o seu trabalho, a competência é um dos pontos fortes que dessa banda.
Convidamos aqui o seu fundador e excelente baterista, Luiz Omar para falar da trajetória do Inner Call para sabermos mais sobre essa banda que vem conquistando o planeta.
A banda surgiu em meados de 2008 em Salvador e foi formada por músicos de outras bandas que queriam fazer um Heavy Metal visceral. Conte-nos como foi esse início e quem eram esses integrantes?
Luiz Omar – Olá, Eden.
Primeiramente, nosso muito obrigado pela oportunidade de falar com os fãs através de um veículo tão conceituado entre os bangers como é a Roadie Crew.
Eu fui baterista e vocalista na primeira formação da Slavery, que contava também com David na guitarra e Fábio no baixo, que nasceu como uma banda de Thrash Metal (com grandes influências de Sepultura, Helloween e Megadeth) e pouco à pouco, foi se encaminhando para o Death Metal, que era a grande influência do David e o som em evidência no mundo à época, quando de minha saída da banda. Chegamos a registar uma demo com quatro músicas, que nunca veio à público.
Posteriormente, fundei a Postmortem, que também fazia o modelo de thrash mencionado acima e cuja primeira demo foi resenhada na Rock Brigade, com excelente repercussão, vendendo muito bem na Europa.
Após um grande hiato à essas duas bandas que participei como membro fundador, fui convidado a tocar na Facção, uma excelente banda Heavy Rock, também de Salvador, de onde saiu o baixista da formação original do Inner Call, Márcio Farias.
O Inner Call foi criado, num primeiro momento como “On the rocks”, e além de mim, contava com Márcio Farias, Roberto Índio nos vocais, João Paulo (atualmente “A casa”) e Aritana nas guitarras.
Em 2009 a banda lançou seu primeiro registro a demo “On The Roads”, como foi a receptividade do público? E para a banda, essa demo abriu muitas portas para que vocês estivessem em bons festivais e shows?
Luiz Omar – A demo “on the roads” foi gravada no stúdio caverna do som, já foi sob o nome Inner Call. Tinha cinco faixas: Inner Call, famous triad, bad minds, i’m back (this is rock’n’roll) e a balada It’s all in the heart, cujas músicas já executávamos nos shows e que sempre obtinham excelente receptividade do público, o que nos animou a registrá-las.
Porém, confesso que a receptividade da demo nos surpreendeu, com ótimas resenhas em diversos zines e blogs, dando bastante visibilidade à banda o que culminou com convites para diversos eventos. Infelizmente, pouco tempo após o lançamento da demo eu estaria me mudando para São Paulo.
A banda por um tempo centrou suas atividades no Sudeste, firmando sede em São Paulo. Essa mudança foi benéfica para a carreira da banda?
Luiz Omar – Eden, sou analista de TI e a necessidade de aprimoramento na carreira meio que forçou a mudança para São Paulo.
E essa mudança, logo de cara, forçou uma ruptura na banda, pois estávamos num momento ascendente de nossa, até então, curta trajetória, divulgando a demo recém lançada. Durante um período pausamos as atividades da banda até termos uma definição de meu momento profissional. Porém, uma coisa era certeza: não havia como os demais membros abandonarem seus respectivos trabalhos para seguirmos com a banda na capital Paulista. Dessa forma, com o consenso e aval dos demais membros fundadores, recrutei novos integrantes e demos prosseguimento das atividades em um maior mercado, que é o maior da América Latina para o Heavy Metal, mais oportunidades foram aparecendo e tornando a banda mais conhecida. Então, afirmar se a mudança foi negativa ou positiva é um exercício que não pode ser feito sob o mesmo prisma, foram momentos e situações distintas. Sim, foi ruim termos quebrado uma ótima sequência que vínhamos tendo com a divulgação de “On the roads”, porém, as conquistas e experiências obtidas em São Paulo também foram benéficas para a banda. Então, eu prefiro aceitar que foram decisões necessárias no momento e que tudo acabou dando certo.
Quais as maiores dificuldades encontradas por estar aqui no Sudeste?
Luiz Omar – Primeiramente, fazer Heavy Metal é uma dificuldade em qualquer lugar do Brasil (acho que por isso nossas bandas têm tanta gana, o que se traduz em peso, metal bruto) e São Paulo não seria diferente.
É o lugar das oportunidades, sem dúvida. Mas, em uma cidade de 10 milhões de habitantes, também há mais gente buscando seu lugar ao sol, “disputando” com você o mesmo músico, o mesmo espaço para tocar, a mesma vitrine. A maior dificuldade foi formar o novo time, ensaiamos por um tempo sem vocalista e com apenas uma guitarra, até que encontramos o Fábio e o Renato.
O Inner Call, nessa época era formado por Fábio Lima nos vocais, Renato Passero e Rafael Perera nas guitarras, Régis Farina no baixo e Eu na bateria. Fechado o time, concentramos em terminar as composições para iniciar as gravações do álbum debut, “Inner Call”, que foi concluído em dezembro de 2013.
O Debut álbum “Inner Call” foi lançado em 2015, como foi a repercussão deste trabalho no seu ponto de vista?
Luiz Omar – O álbum “Inner Call” já trouxe repercussão positiva para a banda antes mesmo de chegar ao mercado. Como uma das estratégias de lançamento (e, claro), até mesmo como suporte financeiro às despesas decorrentes desse processo, organizamos uma campanha de crowndfundig que trouxe muita visibilidade para a banda. Atingimos um público que não sabíamos ter, conhecemos diversas pessoas que passaram a admirar a banda e também atingiu parte do objetivo principal. Em suma, a banda saiu dessa campanha, bem mais conhecida do que entrou. Até o presente momento, “Inner Call” já vendeu mais de 280 cópias de forma direta.
Eu recebi solicitações do álbum de lojas da Galeria do Rock em São Paulo, Belo Horizonte e Fortaleza e pessoalmente fiz as entregas. “Inner Call” foi vendido em países como Alemanha, França, Itália, Grécia, Inglaterra, Espanha e Estados Unidos.
A banda virou matéria de página inteira em jornais como o “A Tarde”, de Salvador, um dos maiores do Nordeste em circulação, além de inúmeras resenhas com excelentes notas na mídia especializada no Brasil e exterior.
Então posso considerar que ele cumpriu bem o seu papel
Houve uma boa divulgação desde trabalho por parte da gravadora?
Luiz Omar – A MS Records, que agenciava a banda à época do lançamento de Inner Call, divulgou o álbum na mídia especializada local e fizemos em conjunto um trabalho de divulgação no exterior, visando tornar a banda mais conhecida nesse mercado, principalmente Europa e Japão.
Recebemos várias notas altas em diversos blogs, zines e webzines de diferentes mercados.
Em 2015 a banda volta para Salvador e com isso entraram novos integrantes, qual o ganho na parte musical da banda com a entrada deles? Quem eram eles?
Luiz Omar – Mais uma vez o trabalho interfere na arte….ou seria o contrário?
Acabei sendo transferido à Salvador, para a implantação de um novo projeto e, outra vez, a mudança ocorria num momento de ascensão da a Banda, que já contava com diversos shows de divulgação marcados. Num primeiro momento, fiquei na ponte área São Paulo x Salvador por um tempo. Mas acabou se tornando inviável, tanto pessoal quanto financeiramente. Dessa forma não houve alternativa, uma vez que o investimento financeiro é todo meu, não tive outra alternativa, senão retornar com as atividades da banda para Salvador e viver novamente todo o processo de recrutamento de músicos. Por sorte, o processo correu de forma rápida e com a volta do vocalista original, Roberto Índio.
Como ele já estava mais integrado à cena de Salvador, sua ampla rede de contatos facilitou a composição da nova formação da banda que passou a contar com Alexandre Vitorino (Behavior/Vermis Mortem), Uiliam Rocha (Sarkoma), Roberto Índio (Scream for Maiden/Inner Call) e Benson Lisboa (Scream for Maiden). Benson Lisboa, infelizmente, ficou por pouco tempo em função de suas atividades profissionais, sendo substituído por Vinicius de Moraes (Arcantis) e esse, posteriormente, foi substituído por Gabriel Heiligen.
O principal ganho musical com essa formação foi uma maior frequência de ensaios, uma vez que todos estavam na mesma cidade/estado e com essa frequência o entrosamento. Como prova de fogo, enfrentamos a edição 2016 do Palco do Rock – PDR, no primeiro dia, num show intenso e vibrante, para mais de 20.000 pessoas, cujo registro está em nosso site (www.innercall.com.br).
Você foi vocalista da banda quando ainda se chamava On The Rocks, como foi que se deu a sua transição de vocalista para baterista? Foi fácil essa adaptação?
Luiz Omar – Na verdade, eu fui vocalista (e baterista) em duas bandas anteriores, na primeira formação da Slavery e posteriormente na Postmortem.
Eu venho de uma escola de grandes bateras/vocalistas como Ventor do Kreator, Dan Beehler do Exciter, Deen Castronovo, Roger Taylor (Queen), Peter Cris (Kiss), que sempre me inspiraram e tentei por um bom tempo assumir as duas funções. Como o cigarro acabou com minha (já pouca) voz, resolvi me dedicar exclusivamente ao instrumento e hoje faço somente backings em algumas músicas.
Acredito que a volta para Salvador foi muito boa para a carreira da banda, pois a banda fez uma ótima participação no renomado palco do rock e a banda teve uma página inteira no maior jornal do estado da Bahia, o jornal “A Tarde”. Como a banda recebeu esse convite de estar em destaque neste grande jornal? E quanto ao palco do rock, como foi este show para mais de 20.000 pessoas?
Luiz Omar – Não há como negar que houve um enorme ganho (sob todos os aspectos) para a banda. Com os ensaios mais frequentes a banda foi se tornando mais coesa e confiante e há também o quesito composições. Estamos mais próximos, o que nos permite testar melhor as idéias para composição de novas músicas. Para se ter uma idéia, nesse quesito, hoje temos “na fila” 09 músicas para trabalharmos, visando um possível próximo álbum.
Com relação à matéria do “A Tarde”, estávamos escalados para tocar no Palco Do Rock (mais uma evidência do quanto o festival é grande e repercute as bandas) e recebo uma ligação do jornalista Chico Castro, agendando uma entrevista e solicitando material da banda. É claro que isso nos deixou extremamente contentes. Enviei o material e fizemos a entrevista posteriormente, que foi amplamente divulgada em nossas mídias (fica aqui nosso muito obrigado ao jornalista Chico Castro por sempre abrir espaço para as bandas de metal da Bahia).
O Palco Do Rock é o nosso caso de amor.
Estamos presentes desde a edição de 2016, a cada ano com um repertório mais variado e consistente. Porém, é importante frisar: a edição de 2016 era nossa reestreia em casa, após longos 06 anos fora, na primeira noite e para um grande público: o frio na barriga era intenso.
Foi uma noite perfeita, um ótimo show. Valeu demais
Logo depois o Benson Lisboa deixa a banda e foi substituído por Gabriel Heiligen, quais foram os motivos para o Benson deixar a banda? Como foi a adaptação do Gabriel no line-up da banda?
Luiz Omar – Benson tinha outras atividades profissionais e muitas vezes a banda conflitava com essas atividades. E pior (ou melhor) muitas vezes ele tentava de todas as formas cumprir os compromissos com a banda, ainda que se prejudicasse um pouco com suas atividades. Isso não era justo com ele. A opção foi substituí-lo, de forma amigável e a amizade continua sólida até hoje.
Benson, inclusive, é um dos nossos melhores “representantes”, sempre tem material da banda à venda em seu bar, o “Eddie caldos e espetos”, ponto de encontro da galera Headbanger em Salvador. Com a sua saída, tivemos a entrada de Vinicius de Moraes, que realizou alguns shows e, posteriormente, Gabriel Heiligen, que ficou na banda até Abril/2018.
Em 2017 a banda volta ao palco do rock e a banda alçou voo ainda mais longe, vocês foram convidados para participar do grande “Curvelo Motoshow” em Minas Gerais. Esse evento reuniu um publico de mais 40.000 pessoas. Qual foi a sensação de tocar para um publico tão grande? Como surgiu essa oportunidade grandiosa de estar como atração neste evento?
Luiz Omar – 2017 ficará gravado em nossas memórias.
Participamos pela segunda vez do Palco do Rock, sempre com grande e fiel público, que todas as noites lota o evento. E tocamos pela primeira vez em Curvelo, em um dos maiores eventos motociclísticos do Brasil, o “Curvelo Motoshow”, para um público, como você citou, superior a 40.000. Não há palavras que possam descrever a emoção de tocar com produção e estrutura de primeira linha, para público tão grande e que não se limitou a participar intensamente do show, simplesmente esgotou nosso merchandising.
E ainda em 2017 vocês passaram em mais cidades, quais foram essas cidades? E como foram essas apresentações?
Luiz Omar – E ainda em 2017, antes da pausa para a gravação do novo álbum, fizemos diversos shows em cidades como Serrinha e Feira de Santana. Foram apresentações insanas em eventos bem organizados e que, com certeza, voltaremos a tocar.
Em 2018 temos uma grata surpresa, foi lançado o segundo álbum “Elementals” que pra mim é um trabalho surpreendente. Senti a banda ainda mais visceral que o primeiro álbum. Qual sua opinião à respeito deste álbum?
Luiz Omar – Eden, ainda estamos digerindo o impacto que é “Elementals”.
Tínhamos consciência do peso das músicas e como queríamos que esse álbum soasse. No entanto, o excelente trabalho do pessoal do stúdio Revolusom elevou isso a outro patamar. Estamos surpresos e muito felizes com os resultados que esse álbum está obtendo, com ótimas resenhas de publicações como France News, da França, a RockHard da Alemanha, a própria Roadie Crew e inúmeros outros sites, zines, blogs e webzines no Brasil.
É fantástica a recepção desse trabalho!!!
Com ele mantivemos a “presença” em países como Alemanha, Itália, USA, Japão, Espanha, Grécia e Holanda e alcançamos países que ainda não havíamos chegado com o “Inner Call”, como Rússia, Portugal, Canadá, Bélgica, Peru, Argentina, México, Dinamarca, Irlanda do Norte, Filipinas, dentre outros.
Como eu disse, estamos muito felizes com o resultado e sim, estamos soando mais viscerais que no primeiro álbum. Isso é resultado de muito trabalho e dedicação de todos da banda.
Vocês fazem um Heavy Metal feito para quem gosta de peso, feito para headbangers de verdade, sem aquela coisa chata que maioria das bandas incorporam em suas músicas como uso de melodias maçantes. De quem de vocês partiu essa atitude de fazer esse Heavy Metal pesado, rápido e diferente do se faz hoje?
Luiz Omar – Eden, para nós ouvir suas palavras é mais que um receber um grande elogio, é uma honra enorme saber que honramos a bandeira do metal. O primeiro plano na banda é que a música agrade internamente. Temos referências e influências diversas no universo Inner Call e sempre haverá algo em nossas músicas que estão nascendo, que não nos agradará. Esse é o ponto onde mais procuramos trabalhar, de forma que a música agregue as referências de todos, mesmo quando a música tem um único compositor. A música do Inner Call é o reflexo de seus componentes, é o tipo de metal que queremos ouvir, que gastaremos grana comprando um CD. Talvez seja esse o ponto de fusão ideal como compositores. Trabalho todos têm, se não tivermos prazer na execução de uma música, ela não soará honesta, não terá feeling
Para fortalecer ainda mais a divulgação da banda, vocês aliam-se ao The Metal Vox do grande Jaime, um dos percussores Metal no Nordeste. Como está sendo trabalhar ao lado dele? O trabalho feito pela The Metal Vox está atingindo suas expectativas?
Luiz Omar – Cara, já conheço o Jaime de longas datas e sei da história do Jaime na cena. Antes de fecharmos a parceria eu conversei bastante com ele, expus tudo que esperava de uma parceria, o que precisava e ouvi o que ele tinha para me propor. Posso dizer para você que estou muito satisfeito com o trampo do Jaime e The MetalVox, está atingindo todas as expectativas, de forma que projeto um futuro longo para nossa parceria.
Para a divulgação de Elementals a banda fez uma turnê pelo Brasil?
Luiz Omar – Infelizmente não excursionamos ainda, fizemos somente shows isolados. Não por falta de oportunidades e sim questão de logística mesmo. Como temos nossos trabalhos para o sustento da família fica um pouco complicado alinhar folga de todos em períodos de 7, 10 dias para emendarmos 4, 5 shows consecutivos.
Por três vezes quase fechamos uma tour envolvendo SP e MG, com quatro datas. Mas, está bem madura a ideia e os contatos e deverá acontecer muito em breve.
Qual a temática lírica no álbum Elementals?
Luiz Omar – Elementals não é um álbum conceitual, temos temas distintos no mesmo. A faixa título, “Elementals” versa sobre os elementos ar, terra, fogo e água e sua ação na natureza em resposta ao comportamento humano, 2012 é uma mensagem baseada na maldição Maia sobre o fim do mundo. “Hades” e “There’ll Be Hell” versam, cada qual com sua visão, sobre o inferno e The Night Queen deixa o ouvinte bem à vontade para criar sua própria rainha.
Vocês também participaram de uma coletânea que foi lançado no Japão e Estados Unidos. Li muitas ótimas reviews à respeito de vocês na mídia especializada europeia. A banda já teve alguma proposta de se apresentar lá fora? Você tiveram ciência da ótima repercussão dessa coletânea lá fora?
Luiz Omar – Na verdade foram duas coletâneas, ambas da Imperative music, os volumes XIV e XV com Hades e 2012, respectivamente. E sim, tenho ciência da grande repercussão sobre a banda e estamos aproveitando ao máximo o momento para capitalizar isso de forma que se transforme em shows brevemente. Recebemos retornos muito positivos sobre nossa participação. Chegaram muitas mensagens, contatos de distribuidoras e gravadoras. Estamos pavimentando o caminho para que isso aconteça já em 2019
Voltando a falar do álbum Elementals, a capa é show à parte, quem foi o artista que ficou responsável por esta magnifica arte?
Luiz Omar – Todo o conceito visual gráfico é responsabilidade minha. Mas, o Mago que colocou a ideia no papel foi João Duarte. Foi muito legal trabalhar com o cara, que mesmo sendo um artista super-renomado no metal no Brasil e exterior, é um cara muito simples, muito bom de trabalhar, parceiro mesmo.
Referente a atual cena underground no Brasil, como você tem visto a cena nacional?
Luiz Omar – A cena está viva, pulsando. O momento financeiro não é propício, com um elevado nível de desemprego, o que momentaneamente tira um pouco do público. Mas, a cena está viva como nunca. Bandas novas surgindo, com excelentes trabalhos e as antigas mantendo a fidelidade ao metal. Nossa cena vai continuar resistindo forte.
Quais os planos do Inner Call para o futuro?
Luiz Omar – Num curtíssimo prazo vamos liberar nosso primeiro vídeo clipe oficial, que está sendo finalizado nesse momento. Já tínhamos feito dois lyrics vídeos e agora sairá o primeiro clipe. Aguardem.
Temos algumas datas marcadas nesse último trimestre de 2018, como o festival Suíça Baiana, dia 20/10 em Vitória da Conquista, um dos maiores festivais da Bahia.
Também estamos trabalhando na possibilidade da tour europeia para 2019 e trabalhando também novas músicas, que comporão um novo registro em 2019.
Meu amigo Luiz Omar, muito obrigado pelo seu tempo cedido a esta entrevista, espero vê-los aqui em São Paulo em breve. As últimas palavras são suas…
Luiz Omar – Eden, mais uma vez agradeço a concessão do espaço. O Inner Call conhece e reconhece a sua luta em prol da bandeira do underground. Com certeza estaremos em São Paulo muito em breve, será um grande prazer tocar na cidade novamente.
Um grande abraço e “…listen to the inner call”.
Abaixo segue o muito bem produzido Lyric Video da música “Hades”:
Abaixo uma mostra da performance ao vivo do Inner call, vídeo gravado no Solar da Boa Vista em Salvador/Ba: