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A analogia biológica usada por GENE SIMMONS para explicar futuro do KISS

O Kiss se aposentou dos palcos como pessoas, mas logo irão retornar de outra maneira. A banda assinou um acordo para produzir avatares holográficos dos integrantes, permitindo assim que estejam sempre no auge. Ao menos essa é a opinião de Gene Simmons.

Em entrevista à Forbes, o baixista e vocalista falou sobre o acordo para vender o catálogo da banda e os planos de retornar aos palcos que nem o ABBA. Simmons comparou o processo a algo visto na natureza.

Ele disse:

“Se puder imaginar uma lagarta… não é um bicho muito bonito, se arrasta pelo chão e quando parece que vai morrer, constrói um casulo para si. Você pensa: ‘bem, é isso!’. Na realidade, não. Como uma fênix surgindo das cinzas! A morte da lagarta é na verdade o nascimento da borboleta, que voa e desafia a gravidade. Isso é o que está acontecendo com o Kiss.”

O grupo americano vendeu seus direitos editoriais, gravações e marcas registradas à empresa sueca PopHouse Entertainment em abril de 2024. Eles foram os responsáveis pela produção do espetáculo “Voyage”, no qual avatares holográficos do ABBA se apresentam em Londres.

De acordo com Simmons, os integrantes do Kiss já filmaram algumas coisas com o Industrial Light & Magic, estúdio de efeitos visuais fundado por George Lucas também envolvido no projeto do ABBA. O músico revelou que os resultados iniciais lhe empolgaram bastante.

“Pelo que já vi, a tecnologia fez o impossível possível. Há pouco tempo não dava pra imaginar colocar óculos de realidade virtual e ver coisas que seu corpo era incapaz de imaginar: seu senso de gravidade, se está de cabeça pra baixo, de repente você acredita estar de ponta cabeça. Agora imagina isso acontecer sem os óculos!”

Kiss e ABBA

Ainda não há previsão para a estreia dos avatares holográficos do Kiss — os músicos têm dito que será apenas em 2027. Enquanto isso, o espetáculo do ABBA já conta com data para sair de cartaz em Londres. A produção deve fechar em 11 de maio de 2025, embora exista a possibilidade de agendar novas etapas.

Acordo com a Pophouse

A Pophouse, que também detém os direitos musicais de Swedish House Mafia, Avicii e Cyndi Lauper, adquiriu no início do ano os direitos editoriais, de gravação e marcas registradas do Kiss, incluindo o logotipo da banda e seu icônico design de maquiagem.

“Temos muitos planos para o Kiss”, diz o CEO da Pophouse, Per Sundin, à Billboard. Embora Sundin afirme que a empresa comprou os direitos de propriedade de Gene Simmons e Paul Stanley, eles trabalharão com a empresa para desenvolver o show de avatar, que deve estrear em 2027 em uma cidade dos EUA que Sundin se recusou a nomear. “Queremos manter o legado. Queremos ampliá-lo e amplificá-lo para novas gerações”, complementa o executivo.

A banda se interessou por um possível acordo quando o empresário Doc McGhee viu o Voyage “e adorou e entrou em contato conosco”, de acordo com Sundin. Ao longo da turnê mundial de despedida “End of the Road”, os dois lados se encontraram em Milão e Estocolmo, pensando em como um show digital poderia ser.

Simmons declarou à época:

“Fomos ver o show do ABBA e ficamos impressionados. E a tecnologia desde então melhorou muito. Vimos esboços de como será e parecíamos os X-Men.”

Assim como dezenas de outros investidores, a Pophouse compra direitos autorais de músicas e, em alguns casos, gravações ou semelhantes. Porém, tende a adotar uma abordagem mais ativa do que a maioria, com foco em entretenimento teatral ou imersivo, em vez de simplesmente coletar royalties. Além do show do ABBA, ela administra o Museu do ABBA e a Experiência Avicii, ambos em Estocolmo.

A Pophouse não comentou os termos do acordo, que presumivelmente são mais complicados do que uma compra direta de direitos editoriais. Neste ponto, a banda pode ser mais conhecida por seus concertos do que por suas músicas. Mas o acordo inclui elas (as músicas), além de royalties de gravação.

A Pophouse também tem uma boa relação com a Universal Music Group (UMG), que possui as gravações da banda, já que Sundin foi anteriormente diretor-gerente da Universal Music Sweden e presidente da Universal Music Nordics. As marcas registradas da banda pertenciam a Simmons e Stanley, incluindo os designs de maquiagem para seus personagens: O Demônio (Simmons), o Starchild (Stanley), o Spaceman (originalmente Ace Frehley, mais recentemente Tommy Thayer) e o Catman (originalmente Peter Criss, mais recentemente Eric Singer).

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