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Morre o guitarrista Rubens Gioia (A Chave do Sol)

O paulistano Rubens Gioia Martins, um dos ícones da guitarra, faleceu nesta sexta-feira (15) após complicações advindas de uma cirurgia. Nascido a 4 de maio de 1963, teve a música desde cedo em sua vida. Sua mãe, organista, conheceu o pai, poeta, e ele começou a arranhar um violino só para acompanhá-la. “E assim nasceu minha família.” Seu irmão mais velho tinha uma banda que tocava músicas dos Beatles e sempre conseguia comprar discos vindos lá de fora. “Quando ele se mudou para o interior para fazer faculdade, me elegeu guardião desse tesouro bastante eclético. Tinha Hard, Progressivo, Fusion, Blues, enfim, tudo de bom. Minha memória musical vem certamente desta mistura, que ainda contava com muita Música Clássica.”

Rubens começou com as aulas de piano, mas aos 13 anos se enveredou definitivamente pelas seis cordas. Então, com vizinhos e amigos da escola, montou a primeira banda, A Chave do Sol, que contava com Luiz Domingues (baixo) e José Luiz Dinola (bateria). Após a estreia nos palcos, ocorrida em 25 de setembro de 1982, A Chave do Sol trabalhou intensamente. Com isso, Rubens foi conseguindo mostrar sua destreza e técnica, até se tornar um dos ícones da guitarra no rock pesado brasileiro. Muitas bandas brasileiras, que usam a virtuose em sua sonoridade devem muito ao trabalho da paulistana A Chave do Sol, que aliava hard rock com jazz, além de toques sutis de heavy metal. O programa “A Fábrica do Som”, da TV Cultura, tinha como música de abertura uma composição instrumental da Chave do Sol.

Com A Chave do Sol, Rubens gravou o compacto “Luz” (1984) e o EP “A Chave do Sol” (1985, com o saudoso vocalista Fran Dias), além do álbum “The Key” (1987), com A Chave, gravado com o vocalista Roberto Cruz e Ivan Busic (bateria) como convidado.

Depois d’A Chave do Sol, Rubens tocou em bandas como Yankee e a icônica Patrulha do Espaço com quem gravou o disco “Primus Inter Pares” (1994). Passou trabalhar como cerimonialista, mas sem deixar a música, tendo participado das bandas 6L6 e GSM. Rubens também atuou como radialista com o programa “Blog do Rubão”, no ar desde 2014.

“Perdi um ídolo, um amigo… O primeiro show que filmei em VHS na vida ocorreu em dezembro de 1986, no Teatro TBC. Era A Chave do Sol. O público ficava boquiaberto com a qualidade de som que vinha dos PA’s em qualquer show que víamos desta banda. O carismático Rubens Gioia fazia solos extremamente melódicos com sua Les Paul ou com a Jackson ‘rabo de peixe’ igual à de Robbin Crosby, do Ratt. Jamais irei esquecer-me da destreza dele, da simpatia e dos longos papos sobre o que ele mais gostava: música. Descanse em paz, Rubinho. Sua obra é eterna” – Ricardo Batalha, redator-chefe revista Roadie Crew.

“Estarrecido… Não me ocorre outra palavra para definir como me sinto ao saber da morte de Rubens. Foi uma das primeiras pessoas que conheci quando me enveredei pelo jornalismo musical, lá em 1985. Sempre gentil, educado, muito inteligente e um músico do mais alto gabarito. Nunca vi Rubinho falando mal de ninguém, pelo contrário, o apoio que ele dava às outras bandas era exemplar. Lembro de um carnaval em que ele promoveu uma grande festa em sua casa, com direito a bandas ao vivo e tudo mais – foi lá que vi pela primeira vez o Golpe de Estado. Enfim, só boas lembranças de alguém que vai deixar muitas saudades.” – Antonio Carlos Monteiro, redator da revista Roadie Crew e apresentador dos programas “Rock’n’Brasil” (MKK Web Radio) e “Vamos Tomar Uma?” (YouTube)

“Muito difícil assimilar essa triste notícia. Além de fã, eu era amigo e praticamente vizinho do Rubens aqui na zona norte de São Paulo. Por diversas vezes nos reunimos na casa dele para ouvir música e conversar sobre a vida, e também em mesas de bares para darmos risada junto a outros amigos nossos. Gastei os discos d’A Chave do Sol de tanto ouvi-los, e ter mais tarde o Rubens como um amigo pessoal foi uma honra. Era um cara muito inteligente, sério e ao mesmo tempo divertido, além de um talentoso guitarrista. Certamente, uma perda muito triste para a história do rock brasileiro. Vá em paz, irmão!” – Leandro Nogueira Coppi, colaborador da revista Roadie Crew.

A seção Background das edições #198 e #199, da Roadie Crew, conta a história completa da banda A Chave do Sol.

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