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NO SENSE

O No Sense, formado em 1990, é um dos pioneiros do Grindcore nacional. Não bastasse isso, o grupo conta, desde o início, com uma mulher no vocal: Marly causou e ainda causa muito impacto com seus guturais. De lá para cá, a banda lançou uma demo, um EP, um ‘full length’ e, após suspender a atividade por quinze anos, retornou em 2008, colocando no mercado o MCD “Obey” (2011). A ROADIE CREW conversou com a vocalista, juntamente com o guitarrista Morto e o baixista Juninho, para saber a quantas anda o No Sense.

O que podem falar de “Obey”, o material mais recente lançado?
Marly:
Ele sintetiza o que é o No Sense depois do retorno e mostra bem o caminho para o qual estamos nos direcionando, além de dizer ‘estamos aqui, nos aguardem, continuamos barulhentos’ (risos). Também marca o aniversário de vinte anos do nosso compacto (N.R.: ‘Out Of Reality’), que foi um marco em nossas vidas.

E como surgiu a ideia de colocar esse compacto como bônus no novo trabalho?
Juninho:
A ideia foi sugerida pelo nosso amigo Luiz Carlos, responsável pelo selo Violent Rec., e que nos deu uma força para lançar esse trabalho. Como na ocasião o 7″ EP estava completando duas décadas de seu lançamento e até hoje é muito procurado por todos os que gostam da banda, resolvemos incluí-lo no MCD, já que muita gente hoje em dia não tem mais ‘pick up’ para ouvir o material antigo.

Vocês estiveram parados entre 1993 e 2008. O que andaram fazendo durante esse período? E como veio a ideia da reunião?
Morto:
Durante esta hibernação continuamos tocando em nossos projetos, pois a cena era rica e inspiradora. A ideia da volta aconteceu devido ao reencontro em um show, no qual estávamos presentes eu, Paulo, e Ângelo. Apesar de morarmos na mesma região, era um pouco difícil nos vermos. Aí, finalmente surgiu a pergunta: ‘vamos voltar a tocar?’. Foi como uma faísca para a ignição do motor parado há muito tempo (risos). O Paulo e o Ângelo logo toparam e então, ligamos para a Marly e deu no que deu…

No entanto, recentemente o baixista Ângelo foi substituído por Juninho. Como foi a transição?
Morto:
Ficamos um pouco chateados, mas entendemos a saída dele, pois se tratava de motivos pessoais. Não queríamos atrapalhá-lo e nem sermos atrapalhados. Já havíamos gravado ‘Obey’ e começaríamos a batalhar pela divulgação do trabalho. Como já toco com o Juninho em outras duas bandas, fiz o convite, ele aceitou e ficamos todos muito satisfeitos, pois, além de nosso amigo, ele também é um puta músico.
Marly: O Juninho produziu o ‘Obey’, então ele estava por dentro de tudo, sabia o que viria pela frente, estava bem habituado com o som e com o nosso ritmo.

Em 2012, completam-se vinte anos do lançamento de “Cerebral Cacophony”. Vocês pensam em relançá-lo, ou promover alguma comemoração nesse sentido?
Juninho:
Temos intenção de regravar algumas músicas do disco, mas não tem nada a ver com o aniversário de lançamento. Nele existem sons que merecem uma produção de maior qualidade, mas como pertence ao catálogo da Cogumelo Records, essa iniciativa de relançá-lo em CD tem que ser do João Eduardo (N.R.: proprietário da gravadora).

Como analisam a evolução do Grindcore, especialmente no Brasil, da primeira demo lançada em 1990 até os dias atuais? Vocês sentem que esse tipo de música é mais valorizado hoje em dia?
Marly:
A valorização é a mesma. Não observo mudança nesse sentido. O estilo ainda é abominado por muitos e pouco aceito. Mas vejo que existem verdadeiros amantes nesse segmento, pessoas que idolatram o estilo e o escutam desde que surgiu.

Ter uma mulher como vocalista naquela época era mais chocante do que hoje, ou o impacto ainda é o mesmo?
Juninho:
Hoje em dia, ter uma mulher no ‘front’ já é bem comum, mas no início do No Sense foi um pouco difícil, pois se tratava de um banda de Grind com três homens e uma mulher urrando feito um urso! Foi muito chocante na época, mas está sendo muito gratificante até hoje. Temos muito orgulho dessa menininha.

 

Vocês foram um dos pioneiros do estilo por aqui. Como era a cena na época?
Marly:
Caótica e preconceituosa. Muitos viam isso apenas como ‘caras que querem ter banda e, como não sabem tocar, fazem Grind’. Mas conseguimos chegar no ouvido de malucos como nós, que até hoje piram com Napalm Death, Agathocles e afins. E não só desses! Apesar de ser uma banda da cena Grind, temos uma levada Death também. Então, o que vemos muito é um pessoal ‘old school’ que curte Black e Death Metal nos prestigiando e nos respeitando.

Quais os próximos passos do No Sense? Algum clipe ou novo disco?
Juninho:
Os próximos passos são: entrarmos em estúdio para começar a gravar o novo álbum, que dessa vez contará com um número maior de faixas, além de fecharmos uma mini-tour aqui em nosso país e depois, quem sabe, irmos ao exterior.

Agradeço a entrevista, pessoal.
Marly:
Agradecemos imensamente o espaço e a oportunidade que estão nos dando. Gostaria também de agradecer a galera que vem nos apoiando e incentivando, que tem comparecido aos shows e ajudado a divulgar nosso som, assim como os fiéis amigos que nos dão suporte e também nos suportam! Temos muita sorte de, depois de quinze anos parados, contarmos com a empolgação e o entusiasmo dessa galera. Faz-nos sentir como se nunca tivéssemos parado.

Contatos:
https://www.facebook.com/nosensegrindcore
nosensegrindcore@facebook.com

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