Por Guilherme Góes
No Warning, oriunda de Toronto (CAN), é uma banda de hardcore que teve sua gênese no final dos anos 1990, co-fundada pelo carismático vocalista Ben Cook, juntamente com os talentosos guitarristas Matt Delong e Jordan Posner. O grupo desempenhou um papel fundamental na moldagem das primeiras ondas expressivas do hardcore canadense, servindo como fonte de inspiração para diversas bandas que emergiram posteriormente no cenário musical do país. Às vésperas de sua tão aguardada estreia no Brasil, tivemos a oportunidade de conversar com o vocalista Ben Cook, que compartilhou suas expectativas para as apresentações.
Poderia começar comentando sobre as expectativas para os shows e o público brasileira?
Ben Cook: Amo o Brasil. Já estive aqui antes e morei no Rio por um tempo. Então, sei que a energia dos brasileiros é incomparável. Espero que os shows sejam super animados, com todos usando lantejoulas e penas, e eu também espero estar bem bêbado de cachaça (risos). Agora, falando sério, eu espero por uma noite legal e divertida. Estamos muito honrados e felizes de estar aqui, mais do que em qualquer outro lugar que já tocamos.
Como tem sido a relação com os fãs brasileiros ao longo dos anos? O No Warning já havia recebido convites para tocar aqui antes?
Ben: Sim, algumas vezes. Sempre foi um dos nossos objetivos tocar aqui. Não tocamos com muita frequência ultimamente, mas quando surgiu a ideia de vir ao Brasil, aceitamos logo de cara!
Nesta turnê, o No Warning estará tocando ao lado do Angel Du$t. Já tocaram juntos antes? Qual é a relação de vocês na cena hardcore?
Ben: Nunca tocamos com o AD, mas já tocamos algumas vezes com o Trapped Under Ice. Somos todos irmãos e respeitamos a criatividade e a influência uns dos outros. Estamos muito felizes por tocar com o Angel Du$t.
Apesar da popularidade global do Comeback Kid, o Canadá não é muito conhecido por suas bandas de hardcore. Poderia falar um pouco mais sobre a cena do país?
Ben: O Canadá é legal. Tem várias coisas novas lá, e tem uma galera mais jovem fazendo uns sons legais, mas eu não moro lá há muito tempo. Viajo bastante e experimento diversas cenas e estilos musicais. Sinceramente, não me importo muito com cenas. Gosto apenas da música e das pessoas com quem tenho a sorte de conhecer e sintonizar ao longo do caminho.
Além disso, em comparação com a cena nos Estados Unidos, quais são os maiores desafios que vocês geralmente enfrentam?
Ben: No passado, quando começamos, o Canadá não era conhecido pelo hardcore, mas ajudamos a mudar isso. Agora é mais comum boas bandas virem do Canadá e de Toronto, e para bandas americanas sempre tocarem lá.
Poderia recomendar algumas bandas canadenses legais que, na sua opinião, merecem mais reconhecimento?
Ben: Wildside e Best Wishes.
Há alguns anos, o No Warning deu uma pausa em suas atividades. Como e quando decidiram se reunir novamente?
Ben: Queríamos ver como estavam os nossos, porque quando estávamos por aí antes, era muito diferente. Levou muito tempo para as pessoas perceberem do que se tratava nossa banda.
“Torture Culture” foi o último álbum completo que vocês lançaram, lá em 2017. A banda já tem planos de lançar novo material em um futuro próximo?
Ben: Talvez…
Obrigado pelo tempo, pessoal. Nos vemos no próximo sábado. Agora, digam algo aos nossos leitores!
Ben: Muito obrigado! Até sábado…. E talvez domingo.