A conversa que tivemos com Alexandre Serrano Macia, o Pepinho, foi algo muito além de uma entrevista. O objetivo inicial era a publicação da entrevista e da seção “Blind Ear” na edição especial de junho/2014 da Roadie Crew, que focaliza o tema Rock/Metal e Futebol. Mas na verdade esse foi um longo papo entre amigos, e nos divertimos muito falando de Rock, Heavy Metal e futebol durante algumas horas. Percebi que seria impossível limitar tanto assunto às quatro páginas registradas na edição #185 da revista em papel, onde ficou a parte da entrevista que Pepinho falou da sua iniciação no Rock, da sua loja de discos, do programa de rádio e TV, dos shows que produziu, dos shows a que assistiu e marcaram sua vida, da sua passagem como atleta nas categorias de base do Santos e como se tornou treinador profissional. Então temos aqui no site a continuação da matéria, com mais futebol e mais Heavy Metal nas palavras do técnico da categoria Sub-20 do Santos F.C., filho de um dos maiores jogadores da história do futebol mundial: o Pepe, o “Canhão da Vila”.
Você citou os shows memoráveis a que já assistiu, mas tem algum que você se arrependeu de ter ido, a ponto de pensar “o que eu estou fazendo aqui?”.
Pepinho: Caramba, acho que alguns vão querer me bater, mas penso que o pessoal do Metal vai adorar. No único show que vi do Nirvana eu sai de lá com raiva. Achei uma grande porcaria, cara. Eu até gosto do Nevermind, tenho na minha coleção, mas aquele show do Nirvana foi deprimente. Lembro que quando sai do show comentei: “esse cara (Kurt Cobain) vai ficar mais uns três ou quatro meses vivo e vai ‘embarcar’”. E não deu outra, passou um tempo ele morreu. Aquele show pra mim foi um dos piores da minha vida. Mas voltando a falar dos shows que marcaram positivamente minha vida, tem mais dois shows assim, que eu posso citar, mas porque eu estava envolvido na produção e pra mim foram muito especiais. Eu ia citar dois, na verdade são três: O Saxon, o primeiro show que eles fizeram no Brasil foi em Santos. Isso pra mim foi marcante… O outro foi Mercyful Fate/King Diamond juntos, os dois tocando juntos em Santos! E o terceiro foi o Exodus com o Paul Ballof, que eu produzi.
O Merciful Fate/King Diamond foi quando vieram pro Monster Of Rock, certo?
Pepinho: Sim, e eles tocaram em Santos antes do Monster.
Sua coleção de discos é uma coisa espantosa, já passou de 20 mil álbuns entre CDs e LPs. Eu queria que você citasse cinco deles, os que você considera as peças mais preciosas da coleção, as joias (Pepinho: de qualidade, ou…) as coisas que têm um significado especial pra você.
Pepinho: Eu vou falar o Into Glory Ride do Manowar que me marcou muito. Quando eu ouvi esse disco pela primeira vez eu falei “não é possível! Isso aí não é desse planeta!” (risos) e eu ‘furei’ ele de tanto ouvir. O Unleashed In The East, do Judas Priest, esse dois têm um algo a mais… Até hoje eu ouço sempre, é atemporal. Ambos marcaram uma época pra mim. Eu poderia também citar o Back In Black, do AC/DC, que é outro disco que eu ouvi demais, que decorei… E tem um que é assim como uma relíquia que eu guardo, que eu pego com carinho, eu nem ouço, sinto prazer só em ver ali: o Long Live Rock ‘n’ Roll, do Rainbow, meu vinil autografado pelo Dio com uma dedicatória que… puxa vida… é demais! Falei quatro já? Bom, esse não é só relíquia, mas eu gosto demais de uma banda chamada Witchfinder General. E o primeiro disco deles, Death Penalty, é maravilhoso! E eu tenho o “picture disc” dele, então é mais que uma relíquia aquilo. Pra mim é banda de travesseiro também. Eu adoro. Nessa viagem que fiz para a Inglaterra em no final de janeiro eu visitei um lugar especial para a banda, porque as duas capas dos discos do Witchfinder General têm fotos que foram tiradas numa igreja em Enville, no condado de Staffordshire. Nem é uma cidade, é um vilarejo. Tive que pegar um taxi pra ir até a Saint Mary The Blessed Virgin Church. Tem a igreja e um cemitério ao lado. As fotos das duas capas dos discos do Witchfinder foram tiradas nessa igreja. E eu tinha que ir lá. Tirei fotos no mesmo lugar das fotos das capas, na igreja e no cemitério. Entrei no cemitério, as fotos que tirei estão no meu Facebook. Pra mim foi um sonho realizado! Eu fiquei assim uns 10 minutos olhando “nossa, não acredito que estou aqui!”. Bom, são esses meus cinco álbuns mais importantes.
Além desses, tem algum disco que você curte, mas não tem nada a ver com seu gosto pelo Rock/Metal? Aquele que você pode até sentir uma certa vergonha de confessar que gosta.
Pepinho: Eu não sinto vergonha, quer dizer… Como todo moleque lá na década de 80 eu ‘pisava’ nas bandas da Disco Music. Mas agora eu ouço com a maior tranquilidade, e até gosto. Tem Cool & The Gang, Earth Wind & Fire, KC And The Sunshine Band. Ouço e vibro. Os caras eram músicos fantásticos. É que na época era (com voz rasgada): “sou rockeiro…” Agora já velho, né, experiente, a gente vai mudando. Hoje eu vejo como os caras eram bons e como aquelas músicas eram sensacionais. Além da Disco Music, que eu acho que tem muita coisa legal, mas eu não tenho nenhum disco deles, eu tenho um disco que poderia ser assim meio controverso: o Tower Of Power, que é bem Pop, e Pop pra caramba! Mas eu acho que os caras tocam muito bem. E tem também – e principalmente – o Tears For Fears, que eu gosto demais.
Você gosta de Tears For Fears?
Pepinho: Adoro Tears For Fears, acho muuuuito bom… O show deles é sensacional.
Eu fui a um show deles com a Vera, mas só pra fazer companhia…
Pepinho: (risos) Eu acho que a gente se encontrou lá. Eu vou a todos os shows do Tears For Fears. Bom, eu vou a tudo quanto é show também, né? (risos)
Se serve de consolo pra você, eu tenho uma coisa que é assim ‘inaceitável’ para o mundo do Rock. Eu tenho um CD que é um ‘split’ com músicas de dois caras: Tom Jones e Engelbert Humperdinck. Você já ouviu alguma coisa deles?
Pepinho: Não, talvez do Tom Jones acho que já ouvi.
Digamos que seria o suprassumo da música brega.
Pepinho: Americana ou inglesa?
Inglesa. Mas, cara, eu consigo gostar desse disco. Tem uma música do Tom Jones, Green Green Grass Of Home, que você precisa ouvir.
Pepinho: Tipo Barry Manilow?
Mais cafona ainda.
Pepinho: Tom Jones eu já ouvi… Caraca! (riso geral e comentário da Cíntia: fica a dica, né).
Você já provou que tem um gosto bem abrangente, com o passar do tempo é normal até perdermos um pouco da radicalidade, mas tem algum estilo dentro do Rock que você tenha preferência?
Pepinho: Heavy Metal Tradicional é o que eu mais gosto, puxando para NWOBHM, que eu adoro. Se eu pudesse gostaria de ter tudo daquela época. Em fevereiro agora estive também em Newcastle, fui a um festival que é só de NWOBHM. É um evento fechado para 800 pessoas do mundo inteiro. Tinha só 20% de ingleses, o resto era tudo estrangeiro, e eu o único brasileiro. Chama-se BroFest e essa foi a segunda edição deste festival. Só tinha bandas como Blitzkrieg, Fist, Gaskin… Totalmente coisas de 81, 82, 83… E Thrash Metal também curto demais: Overkill, Death Angel, Slayer, Anthrax…
Acho que Thrash é quase uma unanimidade entre os ‘headbangers’. O cara pode gostar mais de um ou outro estilo, mas o Thrash está sempre entre os favoritos da maioria.
Pepinho: O Thrash dos anos 80 é demais, o Metallica… pelo amor de Deus, eu amo. O Hard Rock também gosto bastante, Classic Rock pra cacete também. E aí você já vai falar “gosta de tudo também esse cara!”…
Cintia: Eu pensava que Hard Rock fosse sua primeira opção.
Pepinho: Gosto bastante de Hard Rock também, já fui até a um cruzeiro só de Hard Rock. Está ali com o Thrash, pau a pau, mas acho que o Thrash ainda está um pouquinho à frente na minha preferência.
Voltando a rolar a bola, você percebe que deu visibilidade ao cargo de técnico de uma categoria Sub-20, num nível de exposição na mídia que jamais outro treinador na mesma situação conseguiu antes? E ninguém conseguiu tanto no Santos como em outros clubes, mesmo sendo campeões.
Pepinho: Ah, eu percebi, eu percebi. É diferente, mas não é só o fato do técnico, de eu ter conseguido essa visibilidade maior. É que o Sub-20 hoje tem mais visibilidade. Então você liga no SporTV e está passando o campeonato paulista Sub-20, está passando a Copa do Brasil Sub-20, o Campeonato Brasileiro, até o Sub-17 está mais visível. Então hoje do Sub-20 do Santos, por exemplo, o torcedor da Torcida Jovem sabe a escalação. É uma coisa de quatro anos para cá. Coisa recente, o Sub-20 atraiu uma visibilidade muito maior. E o fato de eu ser o filho de quem eu sou também, aumenta mais ainda essa visibilidade. E, principalmente, acrescentando-se o fato da gente ter conquistado títulos, né. Que se não ganhar também não adianta nada. E também do fato de eu gostar do Rock, da música pesada. Tudo isso agrega. E acabou fazendo com que eu chamasse um pouco mais a atenção que os outros. De fato tem acontecido um pouco de assédio da imprensa. A ESPN fez matéria, a Record fez matéria, o SporTV fez matéria. Não a imprensa ligada ao Rock mesmo, e sim a imprensa esportiva. O Lance também fez matéria, todos eles fizeram matéria do assunto paralelo, o Rock. É uma coisa diferente que eles estão achando uma novidade, e isso de forma positiva por enquanto. Está sendo muito positivo, eu estou muito feliz com isso.
Também porque você representa um lado vencedor e um lado com uma ética, um passado de glória, de prestígio e de dignidade dentro do futebol. Quer dizer, fazendo as coisas certas, não só profissionalmente, mas também no campo pessoal. Seu pai é um dos maiores exemplos de figura humana do mundo.
Pepinho: Então, além do futebolista que ele foi. O (Emerson) Leão é que fala sobre o meu pai “seu Pepe é uma ilha…”, ele sempre fala do meu pai com carinho.
Nesse aspecto você acaba prestando uma contribuição muito grande para nossa cena do Rock. O pessoal que não vive isso, que não conhece Rock/Heavy Metal, vê que você é diferente daquele estereotipo que alguns erroneamente imaginam ser vinculado à violência, à agressividade das imagens estampadas nas camisetas pretas, das tatuagens. Podem descobrir que Rock não é marginalidade, não tem nada a ver com a violência gratuita.
Pepinho: É, eu sinto isso, percebo sim, e é muito legal. Você não tem ideia de como é legal. Eu continuo indo a todos os shows que posso, e eu fui ao show do Megadeth, estava na porta para entrar, e apareceu um cara do nada “caraca, você é o Pepinho, pô!” eu nunca tinha visto o cara na minha vida, ele me deu um abraço e disse “parabéns, cara. Eu sou são-paulino, mas, meu… você representa o Rock, que ‘do caralho’, meu!”. E eu tiro foto com as pessoas, falo com muita gente nos shows, é o maior barato. É o mais incrível foi um que disse “tu nem me conhece, meu. Sou corintiano, mas torci pra você, tu é headbanger!” É demais isso pra mim… Recebi ‘trocentas’ mensagens quando a gente ganhou a Taça São Paulo. Um monte de gente de outras torcidas dizendo “torci pra você cara, eu não sei o que aconteceu na hora, mas, cara, tu é do Metal, tá representando o Metal, é a primeira vez no futebol!”. É o maior barato, muito legal.
Você é visto como alguém diferente no ambiente do futebol por gostar de Rock, Heavy Metal. Como é que você vê isso? Você chega a conversar com seus atletas a respeito de música ou de cultura em geral, enfim? Ou a comunicação de vocês se restringe ao futebol mesmo?
Pepinho: Ah, o máximo que a gente fala de música é pra tirar sarro uns dos outros, não tem assim a coisa de uma conversa. O mundo do futebol brasileiro é totalmente alheio ao Rock. Do Rock para o futebol é diferente, mas no ambiente do futebol é impressionante, não tem Rock, não tem. É quase zero.
É verdade. É que essa é uma característica tipicamente de Brasil mesmo, porque na Europa, você vê a Alemanha, por exemplo, na Alemanha o futebol e o Rock, o Heavy Metal especificamente, são coisas intimamente ligadas.
Pepinho: Totalmente ligadas, músicos e torcedores curtem Rock. É impressionante o envolvimento que existe do jogador com a música e dos músicos também com o futebol, os caras são fanáticos.
Você já citou a viagem à Inglaterra do início deste ano, mas, além da Saint Mary Church, você visitou também o local onde fica o Moinho de Mapledurham, da foto da capa do primeiro álbum do Black Sabbath. O que o emociona mais: conhecer um lugar mitológico como este ou um estádio como o San Siro em Milão, ou o Estádio da Luz em Lisboa onde seu pai foi Campeão Mundial pelo Santos?
Pepinho: O Estádio da Luz eu conheço, o San Siro não. São emoções diferentes, mas que têm o mesmo peso. Vou falar primeiro do Rock vai, do Black Sabbath, da capa do disco: eu já queria ter ido lá há anos. Só que desde 2009 as minhas férias são sempre em fevereiro. E em fevereiro é fechado ao público e só reabre em final de março. Fica aberto do final de março e vai até novembro. Aí fecha do finalzinho de novembro até março por causa do inverno. Mas não estava tão frio neste ano. Já há vários anos que tenho ensaiado ir lá. Eu sabia que naquele período estava fechado e pensava “como é que eu vou lá se está fechado?”. Este ano eu decidi: “vou fechado mesmo, não quero nem saber”. Aí você tem que ir pra Reading, aquela cidade que tem o Reading Rock Festival. Em Reading pega-se um taxi, e tem que pedir pelo amor de Deus para o taxista não ir embora de lá sem você. Se ele largar você lá “ferrou”! Se o taxi for embora você pode começar a chorar, porque vai ter que dormir lá. É muito afastado. Sendo no período que está aberto, tudo bem, tem movimento, gente visitando… Do lado do moinho tem uma igreja e um cemitério que à noite aquilo deve ser um terror de dar medo, cara! Não tem nem luz ali! E eu fui de dia, né. Eu cheguei e, como eu já sabia, estava fechado. Pedi para o taxista esperar e pensei “caramba, e agora? Está fechado…” Ah, não deu outra: eu pulei a cerca, e pulei a cerca “à la brasileiro”, né. Só que o Rio Tâmisa passa ali, passa bem ali no terreno do Mapledurham. e quando pulei já ouvi: “tchum”. Enfiei o pé na beira da água que estava alta… “Caramba acabei de pisar no rio Tamisa… (risos) foda-se que sujou…” (mais risos) Eu sei que eu fiquei por uns 10 minutos só olhando, cara! “Putz… não acredito que estou aqui… olha… cacete!”. Tirei um trilhão de fotos. Eu não sei fazer “selfie” muito bem, mas tirei as fotos. E o cara do taxi olhando e acho que pensando assim: “Meu Deus, esse cara é louco, não é possível!”. Apesar de que deve ter muito louco que faz isso… Mas acho que na época que está fechado ninguém faz, só eu que fui lá em pleno inverno. E foi uma emoção fantástica, eu saí de lá rindo a toa. O taxista deve ter pensado: “porra, que loucura é essa?”. Quando eu fui a Enville (local da capa do Witchfinder General) o taxista que me levou também tinha que ficar lá esperando porque era muito afastado. Quando estávamos no caminho de volta ele me perguntou: “mas por que você tirou tanta foto dessa igreja? O que ela tem de especial?“. Eu falei “é uma longa historia”. Já pensou? Eu vou explicar pra ele que tem o Witchfinder General, a capa do disco, etc… Não dava, né. Ele nunca ia entender. Agora falando em futebol, entrar onde meu pai brilhou… Maracanã, ou então no estádio da Luz, na própria Vila Belmiro… É emocionante demais. Quando a gente joga na Vila Belmiro com o Sub-20 – você já foi lá, você viu – quando a gente joga na Vila, durante o hino nacional eles colocam um filme passando lances de jogos. Pô, e o meu pai aparece três vezes lá, cara! Toda vez que aparece meu pai (suspiro) dá uma emoção, cara! Eu vejo meu pai novinho, com a camisa da seleção brasileira, é sempre assim, porra… E dá sempre uma emoção, e dá uma coisa mais tipo “caraca, meu! Pô, eu estou aqui dentro da Vila!”. As emoções são muito fortes.
Você continua sendo um grande incentivador da cena de Rock na Baixada, organizando caravanas para praticamente todos os eventos em São Paulo, e mesmo fora do estado, como para o Rock in Rio. Como é que você consegue manter esse pique?
Pepinho: Muita gente pergunta isso, principalmente o pessoal do Rock que vai nas excursões e fala “não é possível…” Às vezes eu chego na excursão com o uniforme do Santos. Mas dá tempo. Acabo de sair de um jogo, vou lá e organizo uma excursão, não tem crise. Não sei, eu acho que é porque são duas coisas que eu faço porque eu gosto demais…
Você deve se sentir um privilegiado pelo fato de trabalhar com o que a maioria das pessoas adoraria fazer.
Pepinho: Eu gosto muito de futebol, e de Rock tanto quanto. Então pra mim, quando saio do treino do Santos saio feliz, e entro no Rock do mesmo jeito. Todo dia eu vou ao ponto de encontro que a gente tem na loja da Blaster. Ficamos lá batendo papo sobre futebol e Rock, é claro, porque o pessoal do Rock também gosta muito de futebol. Muitos pensam que não, mas o que tem de rockeiro que gosta muito de futebol. É muita gente, acho até que a grande maioria. É que no futebol é ao contrario. No futebol aqui no Brasil não tem realmente muito rockeiro, mas se for aqui do lado, na Argentina, tem vários jogadores que se você perguntar vai comprovar que gostam.
Até no cabelo se nota isso. O que você vê de cabeludo jogando lá, e aqui você não vê isso em campo.
Pepinho: É verdade.
Falando das tradições da cidade de Santos em relação ao Rock, além de ser o berço do melhor futebol do mundo, eu não esqueço que na minha adolescência – que é bem anterior à sua – tinha uma banda de Santos que poucas pessoas talvez se lembrem, que se chamava Liverpool Sound…Pepinho: Não, não conheço. Com esse nome devia ser alguma coisa relacionada a Beatles…
Além tocarem músicas das bandas do Brit Pop inglês da época, eles tinham um trabalho próprio também muito legal. No final dos anos 60 entre as bandas que me chamavam muito a atenção estavam o Made in Brazil, os Botões (ou The Buttons, inicialmente, do grande Zé Luiz, vulgo ‘Dave MacLean’), o Porão 99, que era de São Caetano do Sul, e o Liverpool Sound, de Santos.
Pepinho: Dessa coisa bem do início assim eu poderia citar o Blow Up e o New Zago. O Blow Up, particularmente, até hoje está em atividade e os músicos são fantásticos, eles tocavam os grandes clássicos, Beatles, Rolling Stones… Até hoje tocam e lotam aqui na Baixada.
continua na parte 2 da entrevista em:
https://roadiecrew.com/mtOnlineDetalhe.php?id=420