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Como é o processo criativo do SLIPKNOT, segundo JIM ROOT

Ao longo de quase 30 anos, o Slipknot passou por muitas eras e formações a caminho de se tornar uma banda popular. Um fator muito importante para o sucesso duradouro do grupo é o espírito colaborativo dos integrantes. Isso de acordo com Jim Root.

Em entrevista ao canal de YouTube Guitar Moves (transcrição via Blabbermouth), o guitarrista explorou sua jornada com o instrumento, da adolescência ao Slipknot. Durante a conversa, o músico discutiu o trabalho nas composições do grupo.

Inicialmente, Root disse:

“Eu não sou letrista – não sei compor vocais; não sei o que estou fazendo ali – então me sinto como se metade do mundo estivesse fechado para mim. Mas quando crio um arranjo, preciso adivinhar o que Corey [Taylor, vocalista do Slipknot] ou seja lá a pessoa para qual estou compondo faria em termos de vocais.”

Ele continuou:

“Eu penso: ‘Isso é o que ele fará. Vou botar uma parte épica para ele cantar por cima’. Então ele compõe letras temporárias pra isso, e nem vai cantar em tal parte. Eu penso: ‘Essa é a parte épica da canção que eu fiz pra você brilhar, mas você nem cantou nela’.”

Root deixou claro que a dinâmica entre ele e Taylor — existente por anos também no Stone Sour — envolve trocas musicais a partir do material entregue ao vocalista. Isso significa aceitar como cada um pode ouvir uma composição de maneira completamente diferente.

“Se dei para o Corey algo que saiu da minha cabeça na forma de um arranjo de cinco minutos e me esforcei para fazer camadas de guitarras, botar baixo, programar a bateria e teclados pra encorpar tudo, e isso soa como uma canção pra mim, ele pode estar ouvindo algo que eu achei ser um pré-refrão e ele acha ser um verso, pelo jeito que ele pensa sobre música. Mas é aí que a música evolui. Ele me devolve e eu penso: ‘Ok, espera um pouco. Você encarou dessa maneira, então preciso repensar essa canção’.”

Ausência de ego no Slipknot

Esse tipo de processo requer uma ausência de ego da parte dele, mas Jim Root diz que é algo natural. Segundo o guitarrista, tal atitude é necessária para o Slipknot.

“Tudo que eu componho, assim que coloco pro mundo do Slipknot, preciso ter em mente que, quando voltar, pode soar completamente diferente do original ou até mesmo da versão na qual todos nós trabalharemos. Você precisa estar em paz com isso.”

Foto: Jonathan Weiner

Entretanto, o músico ressaltou como a mentalidade coletiva do grupo veio a duras penas. As brigas internas do Slipknot são conhecidas e bem registradas, então a confiança entre os integrantes foi conquistada ao longo de anos e anos de trabalho.

O resultado disso, segundo Root, são vários momentos ao longo da discografia nos quais integrantes como o DJ Sid Wilson ou o também guitarrista Mick Thomson pensam em algo que ele nunca conseguiria pensar sozinho — a ponto de canções tomarem outro rumo.

Knotfest Brasil

O Slipknot realiza dois shows em seu festival próprio, Knotfest Brasil, entre os dias 19 e 20 do mês citado. O evento acontece no Allianz Parque, em São Paulo. Ingressos seguem à venda no site Eventim. Confira o line-up completo:

Sábado (19 de outubro):

  • Slipknot
  • Mudvayne
  • Amon Amarth
  • Meshuggah
  • Dragonforce
  • Orbit Culture
  • Ratos de Porão
  • Krisiun
  • Project46
  • Eminence
  • Kryour

Domingo (20 de outubro):

  • Slipknot
  • Bad Omens
  • Till Lindemann
  • Babymetal
  • P.O.D.
  • Poppy
  • Black Pantera
  • Ego Kill Talent
  • Korzus
  • Papangu
  • The Mönic + Eskröta

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