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SODOR

O vocalista e baixista Jeffmosh é um dos fundadores da banda Sodor, power trio que é completado por Andrei “Bighead” (guitarra) e Lucas “Attack” (bateria). Erguido nas noites underground do Metal cearense por meio da aceitação maciça dos bangers da capital, Fortaleza, o trio executando um Thrash Metal/Speed maligno, que sai conquistando público em qualquer palco por onde sobe. Segundo Jeffmosh, a receita está na postura da banda que, diferentemente de radicalismo, expõe suas opiniões mas sabe se por em seu lugar. Sobre esse assunto e outros, o ‘frontman’ nos concedeu essa entrevista, onde revela curiosidades e novidades já para os próximos dias.

Existe uma curiosidade acerca do significado do nome da banda. Comenta-se que Sodor é uma aglutinação entre as palavras ‘só’ e “dor”. Pode esclarecer?
Jeffmosh: 
O nome Sodor é, sim, uma aglutinação entre essas palavras. O surgimento desse nome reflete bem a parte temática da banda, nossas letras narram principalmente pessoas sendo assassinadas de formas brutais, e o que é mais incluído nesses assassinatos são os cristãos hipócritas e posers –, assim chegamos ao nome Sodor. Mas não só falamos de assassinatos, falamos também sobre ódio, satã, sexo, drogas, necrofilia…

Fortaleza está se destacando no cenário nacional como uma das principais cidades a contribuir para a música underground, principalmente na leva crescente de bandas fazendo Thrash e Speed Metal. Na sua visão, a que isso se deve?
Jeffmosh: 
Não só Thrash e Speed Metal, temos também excelentes bandas de Heavy Metal, Death e Black Metal. O crescimento do público deve-se a grande divulgação na internet, através de ‘blogs’ e redes sociais, pois sabemos da grande quantidade de pessoas que ela alcança em segundos. Essa maior divulgação está atraindo muitos jovens cheios de energia e dispostos a deixar os shows cada vez mais fodidos e insanos, e isso é muito bom porque muitos deles serão os headbangers de logo mais e darão continuidade ao underground, por isso deve-se ressaltar o destaque das bandas locais no cenário nacional. Sabemos também que para uma banda permanecer em evidência, é bom ter sempre uma sequência de ótimos trabalhos, ou seja, ótimos álbuns e ótimas apresentações em shows, principalmente por sermos uma banda nordestina, aí é que temos que ralar, se é que você me entende.

Hoje, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e Pernambuco formam o eixo central do Metal nordestino, isso pela constante troca de público entre bandas desses estados. Como Fazer para extinguir mais ainda as fronteiras?
Jeffmosh: 
Existe um nível muito grande de amizade entre as bandas e o público desses estados. Ainda não tivemos o prazer de fazer shows fora do Ceará, mas temos muitos amigos de bandas e um bom número de público em todos eles.  E para continuar essa interação, é fazer o que está sendo feito: trazer pra Fortaleza as bandas de fora e vice-versa, criando assim um vínculo entre os headbangers desses locais. Infelizmente pela falta de maior investimento financeiro, fica mais difícil ampliar essas interações.

Sobre público, atualmente existe um descontentamento de grandes artistas nacionais em relação à falta de pessoas em seus shows. Muitos dizem que o banger brasileiro não valoriza as bandas locais. Fortaleza também sofre com esse reflexo?
Jeffmosh: 
Aqui nós temos muitos shows Undergrounds e são bem lotados, inclusive até em meio de semana. O público daqui é bem fiel às bandas locais, e em relação às bandas nacionais de maior expressão tem os seguintes casos: primeiramente o preço dos ingressos. Bandas mais famosas como Angra – que já veio tocar aqui várias vezes –, têm preços de ingresso bem altos e, além disso, o valor das bebidas vendidas no local dos shows é caro, sem contar que mais da metade do público é composta de playboys, patricinhas e posers; também tem os casos em que vêm bandas como Selvageria, Korzus, Anthares, Comando Nuclear a preços bem mais acessíveis, tanto os ingressos quanto às bebidas, sem contar nossas sempre lindas ‘bangirls’ que nos faz suspirar, e todo o público é composto só por headbangers, daí eu te pergunto, você iria para qual?

Algumas bandas ou pessoas erguem a bandeira do undergound em apoio à arte obscura por meios de discursos radicais, mas por outro lado, elas caem em contradição de maneira subliminar como, participar de eventos mistos e expor cada vez mais seus nomes em redes sociais. Falando de Sodor, qual é a postura que vocês levam para o público?
Jeffmosh:
 Sinceramente, eu queria entender esses headbangers’ que veem os demais como posers, sendo que seus perfis em redes sociais estão lotados deles. Não tocam com banda de Heavy Metal Melódico de um amigo, mas abrem o show do Helloween; chamam o Tom Araya de White Metal, mas têm um vinil raro do Slayer; gritam aos quatros ventos, “morte aos cristãos” com cara de raiva formando inimizades, mas só pelo intuito de se promover. Nós da banda Sodor entendemos que postura e radicalismo são duas coisas bem diferentes: radical para nós é um indivíduo que tem suas ideias e acha que todos devem segui-las e, quem não concordar, é inferior e poser. O cara que tem postura é simplesmente aquele que expõe suas ideias e as mantém em qualquer lugar, que cada um viva na sua. E é assim que a Sodor é, uma banda que tem postura, mesmo dividindo o palco com bandas que não sejam de Thrash Metal.

Heavy Metal é algo que não rende financeiramente no Brasil, ou seja, tem que fazer por amor. O que significa isso para o Sodor?
Jeffmosh: 
Infelizmente, isso é uma realidade em nosso país. Nos dias de hoje existem poucas bandas que conseguem manter-se apenas com os seus trabalhos. Os músicos que não conseguem têm que trabalhar em empregos secundários. Alguns já têm famílias constituídas, o que fica ainda mais difícil conciliar todas essas responsabilidades, continuar tocando passa a ser somente por amor à banda, ao Metal e também ao seu público. Se observarmos bem, por causa da internet o Metal está crescendo de maneira rápida, e se continuar dessa forma, acredito que em dez anos nosso país irá se tornar um polo de grandes shows, assim como a Alemanha e Estados Unidos e, financeiramente, vai favorecer bandas nacionais possibilitando que elas se destaquem no cenário mundial, enaltecendo o Metal Brasileiro.

O primeiro trabalho de estúdio, Evil Thrash Metal, foi lançado neste ano, mas o baterista John Clay não seguiu com a banda. Como se deu o convite para a entrada de Lucas Attack
Jeffmosh: 
Depois de um longo período de atraso, enfim saiu nossa demo em maio de 2014, tudo foi muito rápido no que diz respeito à mudança na formação. John Clay, que a gravou, saiu por motivos profissionais, pois é empresário no ramo de aparelhagem de som e ele não estava conciliando as duas funções. Para que a banda não tivesse sua agenda de compromissos prejudicada, foi decidida a sua saída. Em seguida, entramos em contato com Lucas Attack para um teste, já o convocando para tocar no show de lançamento somente as músicas da demo, mas o cara surpreendeu a todos, assim se consolidando como novo baterista.

Onde foi gravada a música ao vivo Executor, e por que deixá-la nesse formato?
Jeffmosh:
 A música Executor foi uma gravação de ensaio realizado no estúdio de John Clay (Estúdio Orion) numa mesa de som em um pendrive, não houve nenhum tipo de mixagem ou coisa do gênero. Também vale ressaltar que a gravação da bateria foi gravada no estúdio 746, e todo o resto de gravação de guitarra, baixo, voz e mixagem foram feitos em um notebook sem qualquer equipamento de gravação. Todo o processo foi bem Underground caseiro. A música Executor será a faixa título do nosso ‘debut’, por isso ela foi lançada ao vivo como prévia nesse formato.

Como foi a participação de Cláudio Gran Duke (Tempus Edax Rerum) em Possuído Pelo Mal?
Jeffmosh: 
Primeiro quero dizer que foi uma honra e satisfação ter a participação desse cara numa música nossa. Não se trata apenas de um grande vocalista, mas também de um grande amigo e aliado. Mas não foi apenas por esses aspectos que o convidamos, nós o chamamos porque os versos da música Possuídos Pelo Mal, trata de um indivíduo possesso por entidades malignas e que narra uma série de acontecimentos durante essa possessão, por isso a decisão de colocar duas vozes na música inteira para dar ênfase à questão da possessão –, e acho que o resultado se mostrou bem satisfatório. Quem conhece Cláudio sabe que ele é capaz de fazer boa parte do que está escrito na letra, principalmente no último verso. (risos)

Obviamente, quem até agora adquiriu  a demo, está curtindo, e a banda segue fazendo muitas apresentações. Qual será o próximo passo depois dessa fase?
Jeffmosh: 
Estamos muito satisfeitos com a aceitação do público durante esse pouco tempo de divulgação. O que está nos surpreendendo também é o número de pessoas interessadas em adquirir nossa demo e a camisa. Nossos shows estão cada vez mais cheios de “Sodormaníacos” cantando nossas músicas, fazendo ‘mosh’ e pedindo nosso material. Isso é muito bom, e pra tudo ficar melhor, venho aqui em primeira mão informar que já estamos em estúdio iniciando as gravações do nosso debut. As gravações estão sendo realizadas por John Clay que está produzindo a parte sonora em seu estúdio. O álbum terá dez faixas inéditas mais as quatro da demo, deixando o disco com aproximadamente setenta minutos de puro Thrash Metal. A parte lírica não vai fugir muito da nossa identidade, pois haverá faixas com músicas retas, com a caixa e pedal “um por um” na bateria e palhetadas velozes, mas também contará com faixas mais técnicas na linha da música Executor e pra deixar nossos atuais e futuros fãs felizes, venho informar que em setembro irá sair uma prévia das dez canções inéditas pra baixar e ter uma ideia do que vem pela frente.

Deixe o seu recado às pessoas que acompanham o trabalho do Sodor.
Jeffmosh:
 Em primeiro lugar quero agradecer à oportunidade de estar por meio desse canal divulgando o nosso trabalho, expondo um pouco daquilo que pensamos. Obrigado a vocês da redação e em especial aos nossos fãs por estarem sempre comparecendo aos nossos shows, nos apoiando e nos dando cada vez mais força na luta em prol do verdadeiro Underground através do nome Sodor e a todos que estão lendo essa entrevista. Espero que tenha sido esclarecedora. Entrem em contato conosco, vai ser bom tê-los como amigos e aliados. Obrigado, Headbangers!

Contatos:
facebook.com/sodorevilthrash 
oficialsodorthrash@gmail.com

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