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SOMAA – ANTENA [7,5/10]

ORANGEIRA MUSIC – NAC.

Como definir uma banda que une rock and roll, indie, hardcore, punk, grunge e, sim!, heavy metal? É isso que Rafael Zimath (voz, guitarra, violão), Tiago Luís Pereira (bateria e voz) e Nedilo Xavier Pinheiro (baixo) fazem desde 2011, quando criaram o Somaa. De lá para cá, o trio de Joinville, a maior cidade de Santa Catarina, lançou EPs, singles, DVD e um split com a conterrânea Sylverdale. Presente na edição do Goiânia Noise, em 2019, o grupo acabou se consolidado como um dos nomes de destaque no Brasil do chamado “rock alternativo” ou “rock independente”. Já questionei anteriormente na ROADIE CREW a necessidade de rótulos e não vou insistir neste debate, mas <Antena>, segundo álbum deles, é muito mais do que tais classificações.

Quem ouviu O Mundo Quer Te Enganar, full lenght anterior, lançado em 2018, já havia percebido que limitações conceituais não aprisionam o Somaa. E não há lei – nem ouvinte radical algum – que possa impedir um músico de ter influências diferentes, talvez até antagônicas, e incluir todas conjuntamente em suas próprias composições.

Sem ter preocupações em relação à repercussão das escolhas instrumentais que protagoniza, o trio aposta na criatividade não só na parte musical em si, mas também na estratégia de divulgação. <Antena>, que entrou nas plataformas de streaming nesta sexta-feira, dia 25 de agosto, foi precedido por seis singles com clipes oficiais, além de outras ações promocionais.

Ao ouvir as 10 faixas fica fácil identificar que as influências vão de Black Sabbath a Alice In Chains, Nirvana a Soundgarden, Bad Religion a Social Distortion. Mas tenho certeza que você notará nuances de outros grupos consagrados. Não que alinhar paralelos com bandas matrizes seja fundamental, o essencial é o feeling que inicia quando você aperta o play e o rock… rola.

Clemente Nascimento, uma das lendas vivas do punk (Inocentes) e do rock (Plebe Rude) no País, é convidado especial em Mamíferos Demais, um dos destaques do álbum. A faixa, que na prática inicia como um rock básico, quase pop, talvez pelo timbre de voz de Zimath, vai aos poucos se transformando. Ganha velocidade moderada e arranjos mais elaborados para encerrar no peso de modo genial, deixando aquela vontade por mais alguns minutos de instrumental heavy metal.

Fuga ao Contrário é outra em que esta fórmula é bem usada, incluindo uma “quebradeira” em sua parte final. Elas contrastam com a instrumental “quase jazz” Respirador e Língua Destino, que não é uma balada romântica, mas mergulha em um clima intimista onde a sensação é de se estar em um luau à beira do mar em uma noite de verão e brisa suave.

O Buraco Mais Bonito da Cidade e Discos de Heavy Metal são, sem dúvida, as canções onde o metal tem uma constância maior. Na segunda há um tanto de stoner e, em ambas, surpreende ainda mais a capacidade que o Somaa tem de criar faixas que soam simultaneamente suaves e pesadas. Gravado e produzido por Gabriel Zander (Vivendo do Ócio, Menores Atos), o álbum tem, segundo a banda, seu conceito surgido na pandemia. “Depois de enfrentar um bloqueio criativo inicial, percebi que somos antenas do mundo e de nós mesmos. Captamos ondas de energia e as devolvemos ao ar. O ser humano também é uma antena”, comenta Zimath. Dito isto, caro leitor, sugiro mais de uma audição atenta de <Antena>. É daqueles trabalhos que, facilmente, revela detalhes que antes passaram despercebidos.

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