Em março, o SONATA ARCTICA lançou seu décimo primeiro álbum de estúdio. Clear Cold Beyond chegou a público por meio da gravadora Nuclear Blast e apresentou um resgate à sonoridade power metal do grupo finlandês, na ativa desde 1995.
Em entrevista a Daniel Agapito para a edição 279 da Roadie Crew (clique aqui para comprar), o vocalista TONY KAKKO refletiu sobre a retomada da pegada dos primórdios. O cantor reconheceu que os antecessores diretos de Clear Cold Beyond apresentavam uma orientação mais leve, distinta do que consagrou a banda ainda no fim da década de 1990.
Confira um trecho do bate-papo a seguir.
ROADIE CREW: Como descreveria a evolução da banda e, por extensão, como diria que o novo álbum cabe nesta trajetória?
TONY KAKKO: “É uma montanha-russa e este mais novo álbum é tipo quando a montanha-russa volta ao começo. Estamos novamente em nossa fase power metal, tanto musicalmente quanto em termos de sonoridade. Voltamos a trabalhar com MIKKO KARMILA, o mestre por trás da sonoridade power metal dos álbuns originais do SONATA ARCTICA. Foi ele que mixou o álbum. Diria que esta é uma nova volta da montanha-russa. Espero que de agora em diante seja uma volta mais plana, ou pelo menos com uma trajetória mais para cima. A ideia é parar com as aventuras que temos tido há alguns anos e voltar a ser o SONATA ARCTICA power metal daqui em diante. Nos outros álbuns nesta linha tive estilos diferentes o bastante para chegar a um produto final satisfatório, mas ainda conseguimos lançá-lo em um estilo ainda considerado power metal pelos fãs.”
Em sua opinião, quais foram os resultados desta reunião com MIKKO KARMILA?
TONY: “O resultado, obviamente, foi um álbum que soa como o SONATA ARCTICA. Os fãs do SONATA ARCTICA mais antigo devem conseguir reconhecer o som do novo álbum. Visamos soar como o SONATA ARCTICA de antigamente, talvez com uma roupagem um pouco mais moderna, por conta do jeito que as coisas mudaram. Tem o punch dos álbuns mais antigos. Os antigos são bem diferentes. A diferença entre Talviyö (2019) e Clear Cold Beyond é gigante, inacreditavelmente grande. O resultado é um álbum que soa como o SONATA ARCTICA que as pessoas querem ouvir.”
Este novo álbum está saindo após o lançamento de seus dois Acoustic Adventure, que vocês próprios disseram que ajudaram a banda a “dar um reset”. O que foi este reset e como ele afetou Clear Cold Beyond?
TONY: “Bom, o jeito como este álbum aconteceu foi resultado de uma gama de fatores. Primeiramente, tivemos a pandemia, que me deixou descansar um pouco. Estávamos orando, na esperança de conseguir fazer estes acústicos há um bom tempo, e finalmente conseguimos uma chance de fazer isso junto à nossa gravadora. Aí, tiramos isso de nosso sistema e conseguimos até fazer uma turnê com estes acústicos. Mesmo assim, no final da longa tour de aproximadamente dez semanas estávamos meio cansados deles e nós todos queríamos algo com mais peso. Sentando para compor logo depois dessa turnê, foi fácil entrar na mentalidade de fazer algo com mais punch e velocidade. Tudo contribuiu para o resultado deste álbum.”
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SONATA ARCTICA e Clear Cold Beyond
De acordo com material de divulgação, Clear Cold Beyond contém dez faixas que ressuscitam a inclinação do SONATA ARCTICA para o power metal. Desde hinos de alta velocidade como First in Line e California até faixas carregadas de emoção como The Best Things e a faixa-título de encerramento, o disco oferece algo para cada fã do grupo.
A arte do álbum, que lembra a que adornava os primeiros lançamentos, foi criada por NIKO ANTTILA. Além disso, a banda voltou ao engenheiro de mixagem MIKKO KARMILA (Ecliptica, de 1999, e Stones Grow Her Name, de 2012). A masterização final ficou a cargo de SVANTE FORSBÄCK (Rammstein, Korpiklaani, Delain, The 69 Eyes, Deathstars), que também fez parte de outras produções do grupo.
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