A primeira coisa que o fã de longa data perceberá ao olhar a capa de Talviyö é que os finlandeses trouxeram de volta a predominância daquelas cores que caracterizam alguns dos principais álbuns da banda, além do sempre útil inverno típico do seu país natal (e também dos seus principais registros).
Então, estaria o Sonata Arctica buscando um retorno para o seu passado? Em parte sim, mas não é de hoje, e somente em parte. Whirlwind, por exemplo, é uma ótima música, facilmente memorizada e dona de forte melodia, mas está muito mais para o que eles fizeram em Unia (2007) do que para o início com Ecliptica (1999) e Silence (2001).
Já Cold me fez, sim, pensar nos momentos mais calmos de Silence, mas, misturado à música que marcou a carreira de bandas como Survivor e Journey. Ou seja: é metal com altas doses de hard rock, criado por uma banda adulta, que cresceu junto com seu público. Linhas inteligentes de teclado e guitarra fizeram de Storm the Armada uma de minhas favoritas, e, embora Tony Kakko não seja mais aquele vocalista de Blank File, é ótimo ouvi-lo cantando em todas as músicas.
Mais que isso, o que ele fez em Who Failed The Most, colocaria esta faixa facilmente entre as baladas de Silence. Você ainda gostará de ouvir Ismo’s Got Good Reactors, que é rápida, tem bumbos duplos, e um belo clima de ‘fim de ano’ – sim, ela é festiva! Não tão ‘feliz’, Demon’s Cage tem ótimos teclados, bateria e vocais, mas o refrão poderia ser menos “capenga”. A Little Less Understanding tem até um resquício de Deep Purple/Uriah Heep nos teclados. Resumindo, que tal conferir?