STRAIGHT LINE STITCH

Apesar de pouco mais de uma década na estrada, o Straight Line Stitch perdurou muito até conseguir estabelecer um nome e uma rotina constante de shows. As constantes trocas de membros e as incertezas do meio musical contribuíram para que a banda desse o seu melhor e não poupasse sacrifícios para conquistar o seu objetivo. Com um bom trabalho em mãos, The Fight Of Our Lives (E1 Music, 2011), Alexis Brown (vocal), Seth Thacker e Kris Norris (guitarras), Jason White (baixo) e Kanky Lora (bateria) continuam na luta para fortalecer a base de fãs e crescer. Foi em uma conversa franca que Alexis e Jason relataram um pouco da realidade vivida por eles e por várias outras bandas que buscam o seu espaço.

O Straight Line Stitch passou por várias mudanças na formação ao longo dos anos. Como foi o início e como vocês conseguiram chegar à estabilidade?
Alexis Brown: 
Bem, Seth foi quem iniciou a banda no final de 1999 e início de 2000. Por volta de 2003, o Straight Line Stitch fez alguns shows com a banda da qual eu fazia parte e acabamos ficando amigos. Quando esta minha banda começou a se desfazer, acabou coincidindo com o fato de que Seth precisava de um(a) vocalista e foi quando fizemos contato. Eu me mudei para Knoxville (Tennessee) e começamos a trabalhar juntos. Foi fazendo shows que conhecemos os músicos que estão conosco.
Jason White: Eu estava tocando na banda de um amigo em Atlanta (Geórgia) quando fizemos um show com o SLS. Conversamos e, duas semanas depois, Alexis me ligou convidando para conversarmos e fazer alguns shows.
Alexis: A verdade é que essa banda parecia uma porta giratória de integrantes. Mas foi tocando e conhecendo diferentes músicos que encontramos as pessoas certas.

E como tem sido o processo de composição já que a troca de integrantes foi algo constante?
Jason: 
Bom, para o último álbum nós nos reunimos e começamos a trocar ideias. Kanky (Lora, bateria) é produtor musical, então fomos dando as ideias, ele as gravava e a partir dai as musicas foram se formando.

Qual foi a reação dos fãs e da mídia com esse novo disco, The Fight Of Our Lives?
Alexis: 
Acho que o novo álbum reflete muita coisa relacionada às pessoas em geral. Todos sempre estamos lutando, você tem que brigar pelas coisas que quer nessa vida. As pessoas se identificam com esse tópico. As músicas tratam disso, da nossa luta para chegar até aqui e o fato de continuarmos sempre lutando. O respaldo tem sido ótimo, não poderia ser melhor.

As letras tratam de experiências pessoais?
Alexis: 
Bem, eu escrevo as letras e tudo que escrevo retrata experiências que eu pessoalmente vivi.

Já a música traz muito do chamado ‘Gothenburg Metal’…
Alexis:
 Todos trazemos muitas influências. Somos bem ecléticos e juntamos tudo isso na hora de fazer a nossa música. Nós seguimos nosso instinto e não uma fórmula.
Jason: Eu escuto In Flames, Soilwork e outras bandas do gênero, mas também gosto de outras coisas. Não é algo seja feito intencionalmente e seguindo uma determinada direção. Muitas vezes eu crio um riff, aí nosso baterista adiciona uma batida que muda completamente a característica daquele riff e assim a música vai tomando forma.

Quais são as suas influências com relação aos seus vocais, Alexis? Já compararam você com alguém?
Alexis:
 Tem muita gente boa por aí. Eu cheguei a comentar isso com Trevor (Phipps, Unearth), que é um ótimo ‘frontman’, assim como Mitch (Lucker, Suicide Silence) tem uma ótima presença. Ver um vocalista assim no palco é bom, porque me incentivam e fazem com que eu me esforce para melhorar. Já me compararam com outras mulheres vocalistas, sim. Parece que é algo que as pessoas gostam de fazer, elas tem que colocar numa determinada categoria.

Do início até o momento atual, qual seria a maior diferença?
Alexis: 
O amadurecimento! Todos crescemos, vimos muita coisa acontecer e temos estado na estrada por um longo período. Certamente amadurecemos muito como pessoas.

Há dias em que vocês pensam em largar tudo?
Alexis: 
Mas claro! (risos) É difícil, não é como as pessoas pensam não (mais risos). Muito acham que é sexo, drogas e Rock’n’Roll, vida boa e tal. Nada disso, você tem que fazer muitos sacrifícios. Acaba ficando longe de casa, perde aniversários, amigos, parentes e ainda por cima não faz muito dinheiro. Nós fazemos isso porque gostamos e é por isso que estamos aqui.

Falando em dinheiro, como vocês veem o momento atual da indústria musical?
Alexis: 
É meio assustador. Tem sempre uma gravadora falindo ou algo do gênero acontecendo. Estamos atentos e observando para onde a coisa vai.
Jason: Parece que quanto mais temos que lidar com isso mais difícil é fazer o que amamos, que é tocar. Pensar nisso como um negócio, em combustível, gasolina, camisetas é complicado. É difícil você parar e focalizar apenas em tocar pelo amor à música.

Algum lugar em particular que vocês gostariam de tocar?
Alexis: 
Eu quero tocar naquele cruzeiro (N.R.: referindo-se ao ‘70000 Tons of Metal Cruise’). Seria incrível!

Para finalizar, como surgiu o curioso nome Straight Line Stitch (N.R.: Costura em linha reta, em tradução livre)?
Alexis: 
Veio da má interpretação da letra de uma música por Seth (risos). Ele estava ouvindo uma música do rapper Eminem e pensou ter ouvido a frase Straight Line Stitch. Claro que não era isso que estava na música, mas ele gostou e levou a ideia para a banda, que achou interessante. Pelo menos é original (mais risos).

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