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UNEARTH & CHIMAIRA

A extensa turnê envolvendo o Unearth, Chimaira, Skeletonwitch e Molotov Solution fez a sua parada em Fort Lauderdale logo após o feriado nacional do dia de ação de graças, numa noite de céu limpo e clima de festa. O evento ocorreu em uma casa de médio/grande porte que abriga boa parte dos shows que acontecem na região. O local também foi usado recentemente nas gravações de “Rock Of Ages”, filme baseado no musical homônimo e que tem lançamento agendado para 2012.

Apesar de pouca gente presente e do espaço apertado em cima do palco a primeira atração, Molotov Solution, conseguiu se posicionar bem com seu Deathcore pesado e cadenciado. No decorrer do set, as pessoas começaram a ir para pista, fato que certamente ocorreu por causa da energia e raça que a banda ia imprimindo em sua apresentação. O bem entrosado quarteto emprega o uso de guitarras de sete cordas, mas infelizmente não teve baixista. Mesmo com a bateria sendo esmurrada e as guitarras urrando em baixa afinação nas levadas mais lentas, ficou evidente a falta de um baixo – a utilização do efeito de bateria eletrônica chamado 808 Drop não foi capaz de salvar a situação. Destaque para a música Injustice For All, que empolgou os presentes.

Enquanto o palco era montado para o Skeletonwitch, podia-se ouvir o clássico Run To The Hills (Iron Maiden) nos PAs e perceber que, apesar de toda a organização, às vezes a coisa demora. Com tudo pronto, o grupo não perdeu tempo e fez uma apresentação enérgica, com muita bateção de cabeça. O vocalista Chance Garnette comandou muito bem o show, o baixo de Evan Linger estava com um ótimo timbre e distorção e o baterista Dustin Boltjes é responsável por grande parte da energia da banda em cima do palco. Metade do repertório foi composto de faixas do novo álbum, Forever Abomination, que funcionaram muito bem ao vivo. Mesmo com problemas no microfone, o que interrompeu a sequências de músicas tocadas sem tempo de respirar, o show foi ótimo, com destaque para This Horrifying Force, Beyond The Permafrost, Choke Upon  Betrayal Within My Blood, que renderam muitas rodas.

Era chegada a vez do Chimaira mostrar em cima do palco o porquê de sua popularidade. A apresentação começou muito bem com a ‘intro’ Stoma soando nos PAs e uma ótima sincronia de luzes, enquanto os integrantes iam entrando no palco. The Age Of Hell, faixa-título do novo álbum, foi a primeira do set, dando a certeza de que a apresentação seria ótima. O sexteto então emendou com Clockwork Losing My Mind. Com uma pequena pausa para agradecimentos, o grupo retomou a energia descomunal de seu show com a pesadíssima Power Trip.

Os vocais de apoio do tecladista Sean Zatorsky (Daath) caem muito bem e completam o som do Chimaira ao vivo. Entre uma música e outra duas representantes da Jägermeister apareceram no palco servindo alguns shots da bebida para os integrantes. Depois da pausa para o “recreio”, o set continuou com rodas cada vez maiores. Durante a execução de Pure Hated, o vocalista Mark Hunter foi simpático o suficiente para pegar a máquina fotográfica de uma fã e tirar fotos de cada integrante da banda. Outro ponto alto foi o solo do baterista Austin D’Amond, que mostrou muita técnica em levadas e viradas ao estilo da banda. Outra que empolgou muito foi Year Of The Snake, valendo destacar ainda o excelente trabalho de iluminação durante todo o show. Na sequência, Born In Bloodteve Sean vindo à frente do palco para cantar parte do verso. O show fechou muito bem com Resurrection, provando que o Chimaira rende muito mais ao vivo do que em estúdio.

Com o palco limpo e espaçoso foi a vez do Unearth terminar com o que restava de energia no local. Para quem nunca os viu ao vivo, é bom avisar que a banda utiliza todos os espaços a sua volta em cima do palco. Os guitarristas Ken Susi e Buz McGrath correm de um lado para o outro, sobem nos amplificadores, pulam e se deixar são capazes de fazer até stage dive. My Will Be Done Giles iniciaram o set, mas as meninas crescidas da Jägermeister reapareceram para agraciar os caras no palco. Com os músicos “abastecidos” e a pista lotada foi a vez de Watch It Burn, do mais recente álbum, Darkness In The Light. Conforme a apresentação seguia, os solos de Buz deixavam claro que isso faz diferença no som de uma banda e valoriza muito o trabalho do Unearth.

Para aquecer ainda mais as coisas, o vocalista Trevor Phipps fez o que raramente acontece em shows aqui nos EUA: chamar os fãs para subir no palco e pular de volta. Obviamente conseguiu o que queria, a ponto de uma pequena fila ter se formado em cima do palco para o famoso ‘stage dive’ – teve até salto mortal! Enquanto a apresentação seguia com Endless This Lying World, de The Oncoming Storm (2004), as rodas iam amentando a ponto de espremer os que estavam contra a grade que separa o palco. O ritmo seguiu acelerado com Disillusion, The Great Dividers, Eyes Of Black, Zombie Autopilot e Crow Killer. Em Black Hearts Now Reign, a última do set, o recém integrado baterista Nick Pierce (ex-The Faceless) fez um ótimo solo.

A escolha do repertório do Unearth favoreceu o mais recente lançamento e músicas do segundo álbum, deixando um pouco de lado o disco que traz as suas melhores composições – lll: In the Eyes Of Fire (2006). Não que isso tivesse comprometido a noite mas, como headliners, eles poderiam dar um pouco mais de atenção para este álbum, bem como fazer um set um pouco mais extenso. Enfim, mesmo com alguns atrasos e problemas técnicos, a noite transcorreu muitíssimo bem e as bandas certamente agradaram o público presente que, mesmo não lotando a casa, soube receber muito bem todas as atrações.

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