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WACKEN OPEN AIR – 31/07 a 03/08/2019

Por Julio Rezende
Fotos: Makila Crowley e Wacken

O Wacken completou a trigésima edição nesse ano de 2019. 30 anos de Wacken Open Air, 30 anos de loucura e diversão em metal. Foram 75.000 fãs presentes. Por quatro dias, foi a festa mais metal que o Wacken já viu, com mais de 200 bandas tocando suas músicas com muita energia. Seja Metal, Rock ou qualquer uma das inúmeras outras variações da música pesada – tudo pode ser ouvido em onze palcos por todo o terreno do festival.

Chegando na cidade de Wacken, distante uma hora ao norte de Hamburgo, chama atenção a emocionante recepção dos moradores aos visitantes. O evento é um marco para a pequena cidade de menos de dois mil habitantes, sendo a segunda principal atividade econômica depois da agricultura. Na chegada há um pouco de congestionamento para o acesso aos estacionamentos. Então no caminho, adultos e crianças aproveitam para vender bolos, salgados, água, refrigerante e cerveja.

Não foi possível registrar casos de briga, furtos ou consumo de drogas, algo que se esperaria de um estereótipo para os headbangers. Entre os brasileiros, estavam professores, médicos, empresários, funcionários públicos e pessoas de várias ocupações.

A representação brasileira estava em mais de 100 participantes através da excursão organizada pela Roadie Crew. O acampamento tinha infraestrutura de apoio como gerador, banheiro feminino, área de recepção, mesas de refeição e birita, tendas, carregamento de celular, freezer para guardar as latas de cerveja e carregador dos telefones de celular e um bom café da manhã, além de Makila e a equipe de apoio formada por João e Rafael.

As condições básicas são boas: muitas ofertas de alimentos / bebidas, água potável gratuita, a situação sanitária é boa, um supermercado especialmente para o festival, ofertas especiais para pessoas com deficiência … Eles estão fazendo muito para que os visitantes possam se divertir com mais conforto, e eles fazem alterações devido ao feedback, se for razoável. Mas a quantidade incrível de pessoas leva tudo a um limite às vezes, especialmente à noite.

Não há mais como ver os shows de perto, a não ser que você se prepare antecipadamente e chegue bem antes. Para quem não está com a pulseira da área VIP, pode pegar boas filas para comer e beber. E vamos torcer para que não chova, caso contrário, a lama chega e se torna a protagonista.

Ao mesmo tempo, ir pelo menos uma vez no festival, vale a pena.

Pode-se dizer que o Wacken é um grande festival de verão no qual muitos alemães estabelecem seus acampamentos, muitas vezes nem assistindo o festival, apenas para tirarem seus trailers da garagem, se reunirem com os amigos, se embriagarem, dar uma aliviada, e retornarem aos seus empregos. O Wacken, desse modo, é um destino de verão para muitos alemães, considerando ainda que a cidade está no norte do país e que dificilmente seria possível utilizar as praias devido ao frio. Assim, muitos optam por ir para o festival.

Beergarden

O próprio campo do festival é dividido em diferentes áreas: Campo interno com 3 palcos (abre na quinta-feira), Bullhead City, uma enorme tenda com 2 palcos, e a primeira tenda original do Wacken, onde acontece o Metal Battle, Beergarden onde é possível assistir bons shows, sentado em grandes mesas com petiscos e tomando uma cerveja Franziskaner, Vila Wackinger no estilo Viking e Idade Média, Wasteland, com o tema do Mad Max.

Todas os palcos têm um som fantástico. Existem muitos efeitos pirotécnicos e grandes telões, para que todos possam apreciar os shows. Muitos shows tiveram uma atenção enorme nas mídias sociais ou podiam ser vistos na transmissão ao vivo, para que todos pudessem acompanhar o evento, mesmo que não estivesse lá.

Quarta-feira, 31/07/2019

Mais uma vez, as festividades já começaram na quarta-feira, com bandas como Burning Witches, Axxis, The Adicts, Sweet, Rose Tattoo e Sisters of Mercy. Ou seja, dia mais voltado para as bandas do metal mais tradicional mais um pouco de punk e gótico. Até poucos anos atrás a quarta-feira se resumia ao Metal Battle e mais algumas poucas bandas, mas parece que agora está se tornando realmente mais um dia importante no festival. A impressão que fica é que mesmo tendo um dia com mais bandas legais, o pessoal chega em peso mesmo é no dia seguinte, quinta-feira.

Quinta-feira, 01/08/2019

Uriah Heep fez seu primeiro show no Wacken em 49 anos de história da banda, e a quantidade de pessoas que apareceu foi incrível. Eles ainda estão vivendo o sonho, e isso pode ser sentido durante todo o show de enorme qualidade. A banda Bloodywood se apresentou no palco W.E.T. e surpreendeu pela existência de um grande público e interesse no Wacken. Podemos dizer que o Bloodywood é uma revelação da Ásia, sendo a banda originária de Nova Delhi, Índia. Eles possuem um bom repertório incorporando instrumentos (flauta e tambor) e musicalidade indiana despertando a atenção e agradando grande público que lotou o circo onde se localiza o palco W.E.T.

Sabaton

O Sabaton fez um gigantesco show duplo – nos dois palcos principais simultaneamente! O primeiro de muitos destaques e o maior concerto que os suecos já fizeram. Não surpreende que o interior estivesse completamente cheio de metalheads furiosos. E chega a impressionar como o Sabaton está enorme na Europa, mas não com a mesma força nos Estados Unidos e nos países da América do Sil, incluindo o Brasil. A banda foi uma das headliners da edição de 30 anos do festival e comemoravam os vinte anos de atividade. O show começa com uma introdução épica ao estilo da banda, enquanto as cortinas estavam fechadas. Exatamente: duas cortinas! As duas cortinas ressaltavam o nome da banda. Os dois palcos estavam reservados para a banda. Mas qual seria a estratégia para ocuparem o segundo palco? Essa era a dúvida de muitas pessoas que foram ao Wacken assistir ao show do Sabaton. Quando as luzes se acendem, muita pirotecnia merecendo destaque uma bateria em forma de tanque e um palco cheio de fronteiras, trincheiras e arames farpados. Um verdadeiro show. A apresentação inicia com a Ghost Division destacando uma excelente performance da banda. Joakim Brodén se destaca como um dos principais vocalistas do Heavy Metal da atualidade. A segunda música foi Winged Hussars do album The Last Stand. Na audiência pode-se ver pessoas de todas as nacionalidades. O cuidado da banda em ressaltar questões históricas contribui para o grande respeito que a banda possui principalmente na Europa. Seguem as músicas: Resist and Bite, Fields of Verdun com a participação do ex-guitarrista da banda Thobbe Englund. Nesta música as chamas da caveira de boi do Wacken aparecem em grande destaque no palco. Eis então que um grande coral com vestes militares de época se posiciona no canto do palco cantando o refrão das músicas The Price of a Mile, Bismarck, Dominium Maris Baltici, The Lion From the North e Carolus Rex. Ocorre um intervalo e então Joakim Brodén destaca que a banda tocou no festival pela primeira vez a 11 anos atrás e que iriam fazer algo diferente usando os 2 palcos principais do Wacken. Então, de modo inovador, no palco Harder, o ex-guitarrista da banda Thobbe Englund reuniu os ex-membros da banda Rickard Sundén, Daniel Mÿhr, Daniel Mullback e executaram a música 40:1. Isto é totalmente inédito: uma reunião de ex-membros de uma banda desse modo, mostrando respeito entre a formação atual e as anteriores. Seguiram as músicas The Last Stand, Diary of an Unknown Soldier e The Lost Battalion, havendo um solo na bateria com formato de veículo militar. Na música Far From the Fame a apresentação segue nos dois palcos, com as duas bandas e o coral. Joakim Brodén fala da paixão da banda por tanques de guerra e anuncia a música Panzerkampf que narra a derrota da Alemanha na invasão a Rússia durante a Segunda Guerra Mundial. Fantástica essa música. Sirenes ressoam nos ares e então é executado Night Witches. Muitas explosões. A bateria de Daniel Mullback dispara vários fogos de artificio. Nesse momento dá para ver o cansaço de parte da audiência. Depois há um intervalo e a banda retorna com o bis Primo Victoria. Em seguida a contrabaixista Tina Guo entra no palco e executa a música Swedish Pagans e já bastante relaxados, ao final da apresentação, tomam uma cerveja no palco. É momento de celebração e êxtase. Há grande alegria por parte da banda com este momento histórico e então executam To Hell and Back com a participação de Tina Guo e os músicos nos dois palcos. Ao final uma foto oficial registrando este grande momento!

Within Temptation

Sexta-feira, 02/08/2019

A sexta-feira trouxe muitos shows bons: Body Count: Ice-T abalou o terreno do Wacken pela primeira vez em seu único show na Alemanha em 2019. O Demons & Wizards, projeto de Hansi Kürsch (Blind Guardian) e Jon Schaffer (Iced Earth), também deixaram sua marca no festival com um show memorável. Uma banda realmente afiada e que em breve vai lançar um novo álbum. O show do Queensrÿche teve início com boas condições de tempo com a apresentação da música Blood of the Levant. Foi possível já notar uma performance bem mais segura do vocalista Todd La Torre quando comparada com a última apresentação da banda no Wacken em 2015. Executaram NM 156 (do álbum The Warning). Já Walk in the Shadows do album Rage for Order, no seu refrão, teve uma grande participação do público. A apresentação do Within Temptation foi uma das maiores apresentações do Wacken. Foi possível ver muitas pessoas emocionadas com a apresentação da banda, em especial com a performance da vocalista Sharon den Adel que foi ganhando cada vez mais confiança ao longo da apresentação. Essa foi a terceira apresentação da banda no Wacken que foi crescendo após a primeira música Raise Your Banner, ainda não muito conhecida por todos, por ter sido lançada em 2019 como parte do álbum Resist. Todos destacam a evolução da banda holandesa o que pode ser notado na execução da composição In the Middle of the Night. Faster foi outra composição que alcançou destaque nas paradas holandesas, belgas e alemãs quando foi lançada em 2011. Foi muito bonito ver a relação de empatia entre a vocalista e o público ao longo da apresentação no palco Harder, mesmo palco onde o Slayer tocaria em seguida.

Body Count

E teve logicamente a despedida do ano aqui em Wacken: o Slayer fez seu último show ao ar livre na Alemanha. Vamos ser honestos aqui: todos nós tínhamos uma lágrima nos olhos, não? A caveira de boi em chamas entre os dois palcos foi acesa na apresentação anterior e dava ao show do Slayer uma cenografia toda especial. Após a cortina cair, como parte da cenografia, havia uma flâmula translucida que cobria todo palco onde foram projetadas imagens de cruzes que rodavam até ficarem invertidas. O set que se seguiu foi: Repentless, Evil Has No Boundaries, World Painted Blood, Postmortem, Hate Worldwide, War Ensemble, Disciple, Mandatory Suicide, Chemical Warfare, a pouco conhecida Payback. O repertório ainda teve muitas boas músicas como: Temptation, Born of Fire, Seasons in the Abyss, Hell Awaits, South of Heaven, Raining Blood, Black Magic, Dead Skin Mask e encerrando com a avassaladora Angel of Death. Pode-se dizer que o repertório do Slayer foi bem variado cobrindo toda a história da banda, sendo a apresentação mais esperada da noite. Para alguns fãs, como eu, era a banda preferida do festival. Merece destaque no Wacken o suporte cenográfico de explosões e chamas, o que dá uma vida especial para algumas apresentações. No palco havia chamas que se cruzavam formando uma cruz invertida, entre outros efeitos performáticos. Tom Araya, um dos músicos mais carismáticos do mundo, mostrou-se disposto durante a apresentação. Merece destaque Gary Holt, já no final do show, com um adesivo em sua guitarra escrito Hanneman Still Reining, uma menção e lembrança ao legado do guitarrista e compositor Jeff Hanneman. Todos devem a Hanneman, um dos maiores compositores do Heavy Metal.

Sábado, 3 de agosto de 2019

É possível esperar que haverá muitas rodas no show do Of Mice & Men, banda californiana de metalcore. É exatamente isso que acontece já na primeira música Warzone, com muitos mosh pits. Eles seguem as músicas Defy e Would You Still Be There. O vocalista Aaron Pauley substituiu Austin Carlile à altura. Aaron Pauley era o baixista da banda e agora assume a função de agitar a audiência. Tocam Earth & Sky. E na música How to Survive dá para ver um grande circle pit. Há muita fúria nesta música. Na música O.G. Loko ocorreu um grande wall of death e circle pit com muita poeira subindo. Aaron Pauley corresponde a atenção do público modulando seu vocal melódico e agressivo. Ainda executaram Unbreakable, On the Inside, Mushroom Cloud, Bones Exposed, Instincts, Pain, You Make Me Sick e The Depths. É redundante dizer que o show foi um dos mais destruidores do Wacken, com mosh pit, circle pit, wall of death. Muita gente deve ter levado para casa uns hematomas de lembrança dessa apresentação.

Anthrax

O Parkway Drive é uma banda australiana de metalcore. O show teve início com um vídeo intro bem interessante que se casa com a proposta da banda. Algo que surpreendeu na apresentação da banda é que eles vieram caminhando entre o público sob a luz de tochas e a proteção de seguranças. Isso chamou muito a atenção. A banda transpassa o alambrado de acesso e sobe ao palco. A primeira música que tocaram foi Wishing Wells. E junto o enorme circle pit. A segunda música, Prey, foi muito bem acompanhada pela audiência, a partir do refrão marcante. Winston McCall apresentou o baixista Jia O’Connor que estava com a perna quebrada. O baixista foi trazido pela mãe em uma cadeira de rodas. Sem dúvida uma cena difícil de imaginar em um show. A banda executa então Carrion. Merece destaque à música Vice Grip por sua musicalidade. Há muita alegria nessa música. Winston McCall agrada muito na sua forma de comunicação que muitas vezes lembra a musicalidade de algumas bandas e vocalistas alemães. O repertório da banda foi ótimo! Em Dedicated é possível ver a formação de um grande wall of death, a poeira subindo e muito circle pit. Winston McCall pede: não descansem, vem muito mais destruição. A próxima música: Absolute Power. Fácil perceber por que a banda era tão esperada. Foi mais de 1 hora e meia de um show sensacional.

Festivais proporcionam conhecer bandas desconhecidas. Isso foi o caso da banda Battle Beast para mim. Battle Beast é uma banda finlandesa que mescla power metal e hard rock, tendo a vocalista Noora Louhimo na sua formação desde 2012. A banda executou um setlist de pouco mais de 1 Tinha muita gente assistindo. Eles já haviam tocado no Wacken em um palco menor, mas dessa vez, como a banda ganhou relevância, tocaram no palco Faster para um grande público. Nota-se muita diversão por parte da banda, realmente eles fazem um show muito bom! Já excursionaram com o Sabaton como banda de abertura e o novo álbum deles está disponível no Brasil via Nuclear Blast – Shinigami em todas as lojas.

Hammerfall

No início do show é projetado um clipe do Hammerfall divulgando datas da turnê da banda em 2020. A banda sueca apresenta a mesma formação com Joacim Cans (vocais), Oscar Dronjak (guitarra), Pontus Norgren (guitarra) desde 2009, com a entrada do baterista atual, Fredrik Larsson, em 2014. O entrosamento da banda pode ser percebido no palco, ostentando canções bem conhecidas como Renegade e Riders of the Storm. É possível perceber influências do Judas Priest, apesar da banda já ter sua proposta musical bem definida. Eles continuam consistentes, merecendo admiração da audiência. Seguiram com a ótima Blood Bound e outras como talvez a melhor música da banda, Any Means Necessary, que não poderia faltar no set list. Em seguida a banda e os músicos convidados executam o tema de Game of Thrones de autoria de Ramin Djawadi. Esse foi um momento épico e de surpresa para muitos fãs. A banda se encerra com o clássico Hearts on Fire que teve grande participação do público com circle pits e todo tipo de agitação que pode haver.

O Wacken 2019 teve muitas bandas de metalcore. Uma das mais conhecidas é o Bullet For My Valentine do Reino Unido. A banda se destaca pelo guitarrista Matthew Tuck e o baixista Jamie Mathias que intercalam os vocais que modulam o melódico e o agressivo. Nesse estilo perfilam composições como Don’t Need You, Over It e 4 Words (To Choke Upon). Em No Way Out um wall of death destruidor acontece de maneira a fazer com que o show ganhasse energia. É uma celebração. O show do Bullet for my Valentine funcionou quase como uma despedida do Wacken. Dá para sentir o gosto do fim da festa e alguns aproveitam esses últimos momentos dessa apresentação consistente.

Muitos que foram ao Wacken queriam assistir a banda alemã Powerwolf. Eles são muito conhecidos na Alemanha e tem um público em cada lugar do planeta. A banda se apresentou no palco Faster às 20h30m. Tocaram inicialmente Fire and Forgive e Army of the Night. E teve Incense & Iron, com grande participação do público. Chama a atenção a maquiagem e o figurino da banda. Merece destaque a participação do teclado executado por Falk Maria Schlegel como pode ser observado na composição Armata Strigoi. O palco apresenta a cenografia de um velho castelo em ruinas. Tocaram também Stossgebet e em seguida talvez a música mais conhecida da banda: Blessed & Possessed do album homônimo de 2015. Para a execução de Where the Wild Wolves Have Gone, o vocalista Attila Dorn pede para que todos acendam a luz dos seus celulares, formando uma incrível imagem da audiência. Talvez esse tenha sido o momento mais emocionante do show. Em alemão, na abertura da música We Drink Your Blood, eles fazem uma espécie de comunhão cristã com uma taça de vinho e incensos. A música é muito celebrada e é bem guardada para encerrar essa apresentação quando a noite já havia chegado. O Powerwolf se confirma como uma das bandas mais consistentes do cenário do Heavy Metal atual, tendo lançado excelentes trabalhos nos últimos anos: Blessed and Possessed (2015) e The Sacrament of Sin (2018). Isso explica o interesse de tantas pessoas na apresentação da banda.

Ao final, boas avaliações sobre o festival, a programação e o acampamento da Roadie Crew. Algo que ajudou o evento foi a pouca quantidade de chuva, o que algumas vezes gerou a suspensão de apresentações e que em outras edições gerou dificuldades logísticas, como atolamentos.

Excursão Roadie Crew 2019

Os ingressos para a edição de 2020 terminaram no dia seguinte. Mais de 70 mil ingressos vendidos em poucas horas. Mas a Roadie Crew tem ingressos disponíveis para 2020. Apenas escreva para travel@roadiecrew.com e faça a sua reserva. E não somente para o Wacken, mas também para outros festivais como o excelente Summer Breeze que também fica na Alemanha próximo de cidades como Nuremberg, Stuttgart e Munique.

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