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DYMYTRY – FIVE ANGRY MEN [5,5/10]

ROAR! ROCK OF ANGELS RECORDS – IMP.

Por Alessandro Bonassoli

Tantos anos acompanhando a cena metal mundo afora e eu jamais havia escutado uma banda da República Tcheca. Com Five Angry Men – que é somente o segundo álbum em inglês dos seis lançados pelo grupo Dymytry – isso está resolvido. Para fazer esta resenha dediquei um tempo a ouvir a discografia pregressa de Alen Ljubić (voz), Jiri Urban (guitarra), Jan Gorgel (guitara), Artur Mikhaylov (baixo) e Milos Meier (bateria). E logo ficou claro que exatamente como no trabalho anterior – Revolt (2022), a versão cantada no idioma bretão para Revolter (2019) – o quinteto que usa máscaras e uniformes a la Slipknot promete muito, mas não entrega tanto assim.

Não há dúvidas que migrar do idioma tcheco para o inglês tem como alvo popularizar o Dymytry internacionalmente, algo que vimos ocorrer inúmeras vezes com grupos brasileiros. A escolha de Ljubić, que substituiu Prometheus, o cantor original, em 2020 reforça essa visão de mercado. O som, que alguns chamam de psy-core (ah, esses malditos rótulos!), é uma mistura de groove, nu metal, alternative metal e até mesmo um pouco de power metal.

Liricamente, o quinteto investe em críticas sociais, como na bacana In Death We Trust, que trata do desenvolvimento da bomba atômica por Robert Oppenheimer e o impacto destrutivo da arma. Tema  e mensagem semelhantes estão em 1939, ano do início da Segunda Guerra Mundial. Primeiro single do álbum, Enemy Line trata do perigoso bullying online.

A nota 5,5 que você viu acima tem a ver com o fator “quase”: o grupo quase é pesado, quase é impressionante, quase é original. Não tenho dúvidas de que, ao vivo, as músicas funcionam e deve agradar às plateias. Mas Enemy Line e Everything Is Black, ainda que tenham bons riffs e partes quase pesadas, são muito acessíveis. Daquelas faixas que correm o risco de não agradar o público metal por não ser metal o suficiente e não agradar os fãs de música pop por não ser pop o suficiente.

Ljubić não é um cantor ruim, mas suas linhas ora ásperos, ora acessíveis não encantam. Os demais integrantes têm técnica, criam alguns arranjos interessantes, como em In Death We Trust e na boa Dead Living Dead. Mas há faixas como The Revenant e Legends Never Die que nada acrescentam. Ao contrário, interrompem as partes legais do álbum. A faixa-título serve como um bom resumo do que aponto nesta resenha: é quase bacana. Mas a inclusão de rap nos vocais (nada contra o rap) simplesmente não convence. Uma pena que o redirecionamento do grupo se afastou de Homodlak (2014), Phamageddon (2022), onde havia muito mais peso e consistência.

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