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Por que meet and greet é coisa de poser, segundo GLEN BENTON (DEICIDE)

Meet and greet se tornou um elemento comum da indústria musical. Fãs desembolsam quantias consideráveis de dinheiro para conhecer seus artistas preferidos antes ou depois de shows. Entretanto, o frontman do DEICIDE, GLEN BENTON, tem uma opinião bem negativa sobre a prática.

Em entrevista ao programa de rádio Prescription Punk Rock (transcrição via Blabbermouth), o músico se mostrou desconfortável com a ideia de cobrar fãs por um autógrafo. Ele falou:

“Estava conversando com os caras da banda outro dia, porque estávamos falando sobre meet and greets e fazer esse tipo de coisa. E eu não sou fã da ideia de cobrar fãs por uma assinatura. Eu dou autógrafos por gentileza, não por dinheiro. O fato que tal pessoa é fã e ouve nossa música…”

Durante a conversa, BENTON durante reconheceu que a prática é uma consequência das mudanças no mundo da música. Ainda assim, redobrou sua posição.

“Sei como as coisas são diferentes – a maioria das pessoas ouve música de graça agora – mas ainda não consigo entender isso em particular, cobrar alguém pelo meu autógrafo, especialmente um fã. Faz-me sentir estranho.”

GLEN BENTON, meet and greet e NEIL PEART

O frontman do DEICIDE aproveitou para dar um exemplo de músico famoso que compartilhava do mesmo problema dele com meet and greets: NEIL PEART, do RUSH. Ele disse ter conferido uma entrevista do finado baterista na qual discutiu o assunto:

NEIL PEART, eu vi uma entrevista dele e ele se sentia desconfortável nessas situações, e eu me sinto igual, cara. Não gosto de ser colocado nessas posições na qual estou sentado numa mesa e pessoas ficam olhando pra mim como se fosse uma atração de circo.”

BENTON, então, caracterizou o tipo de pessoa que participa nesse tipo de prática como posers. Ele afirmou:

“Acho que sou real demais e profundo demais pra esse tipo de coisa. Pra mim, acho que – perdoe a expressão – acho que é coisa de poser. E STEVE [ASHEIM, baterista do DEICIDE] falou pra mim: ‘Me sinto da mesma maneira. Me sinto como se quisesse sair da minha própria pele quando estou nessas situações’. E é como falei, não gosto desse tipo de coisa.”

Interação com fãs

Entretanto, o frontman deixou claro que não tem problema nenhum em interagir com fãs normalmente. Ele até revelou gostar de ser abordado ao longo do dia:

“Se você quiser falar comigo quando estiver saindo pela saída dos fundos ou entrando no ônibus, beleza. Aí não me sinto como se estivesse sendo colocado num pedestal. Venham falar comigo no aeroporto, na porta dos fundos, durante a passagem de som. Do jeito que vejo, se estou em turnê, eu trabalho uma hora por dia. Então nesse período o fã tem dez mil oportunidades pra me pedir pra assinar algo, dar uma palheta de presente e tirar uma selfie. Isso significa mais para alguém do que pagar 80 dólares pra ficar parado me olhando.”

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