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EUA não é mais “território metal”? MARK TORNILLO (ACCEPT) esclarece comentário

Os Estados Unidos costumavam ser o sonho de toda banda de metal. Um mercado gigantesco difícil de ser conquistado, mas capaz de sustentar uma carreira por décadas. MARK TORNILLO garante que isso mudou. Porém, não da maneira que muitos entenderam.

O vocalista do ACCEPT chamou atenção, em março, ao dizer durante entrevista ao The Metal Voice (via Blabbermouth) que os Estados Unidos não era mais território metal. A declaração surgiu em meio a um debate maior sobre a dificuldade de se ganhar dinheiro com turnês pelo país.

Isso causou polêmica na comunidade. Então, TORNILLO quis esclarecer sua fala.

Em nova entrevista à rádio 100 FM The Pike (transcrição via Blabbermouth), o músico disse que toda essa controvérsia se criou em torno de uma frase dita de passagem, durante um papo entre amigos. MARK reiterou a realidade do ACCEPT na estrada para justificar o comentário:

“Foi algo algo dito en passant. Foi tipo: ‘Por que vocês não tocam por aqui com maior frequência?’ Bem, a realidade é que não faz muito sentido financeiro tocar nos Estados Unidos tanto assim, porque ganhamos mais dinheiro na Europa, América do Sul e no resto do mundo do que nos Estados Unidos.”

TORNILLO, na sequência, expandiu a questão para o resto da cena banger. Segundo o músico, a maior parte das bandas precisa se juntar para fazer shows em lugares maiores, com poucos nomes capazes de justificar turnês de grande porte.

Ele explicou:

“Se você parar para pensar, a maior parte das bandas de metal tocam em lugares menores aqui, a não ser que você se junte com outros e saia tocando por arenas. Ou se for o METALLICA ou PANTERA, que conseguem esgotar arenas sozinhos.”

Mark Tornillo vocalista do Accept no Brasil em 2024
Foto: Dani Moreira / Roadie Crew

MARK TORNILLO e a falta de promoção do heavy metal

A razão para isso, de acordo com o vocalista do ACCEPT, é que pararam de impulsionar o heavy metal. O músico acredita no potencial comercial do estilo com a juventude, mas tal crença não existe dentro das gravadoras.

“As coisas sendo promovidas hoje não são metal. Gravadoras nesse país não promovem o metal. Eles empurram qualquer seja o sabor do mês e direcionam à juventude. Se fizessem isso com metal, acho que venderia.”

Por fim, o músico reafirmou que o comentário não foi feito com a intenção de ofender fãs de heavy metal nos Estados Unidos. Apenas quis ilustrar a dificuldade atual de montar uma turnê de qualidade pelo país.

ACCEPT “melhor e mais forte” segundo WOLF HOFFMANN

Ao que tudo indica, a reflexão de MARK TORNILLO nada tem a ver com o momento do ACCEPT. Na opinião do guitarrista WOLF HOFFMANN, a banda está “melhor e mais forte” atualmente do que em sua fase considerada mais “clássica”, na década de 1980.

Em entrevista a Daniel Dutra para a edição 280 da revista Roadie Crew (clique aqui para adquirir), o músico refletiu sobre ambos os momentos. Inicialmente, ele disse:

“Curiosamente, acredito que, de muitas maneiras, estamos melhores e mais fortes agora. Os anos 1980 foram ótimos porque tudo era novo e excitante. Tínhamos a MTV, e a cena metal estava crescendo. Havia uma aura de novidade e agitação, mas agora tudo está estabelecido.”

De acordo com o único membro fundador ainda presente na formação, a década de 1980 foi “boa”, mas os músicos não tinham a mesma segurança do momento atual. Em suas palavras, “todos estavam na luta para fazer discos super bem-sucedidos”.

“Foi uma época em que os produtores significavam tudo num disco, todo mundo olhava a contracapa do LP para saber quem o havia produzido, então foi a era dos produtores superestrelas, que deixavam as banda ricas e famosas da noite para o dia, porque vendiam 10 milhões de cópias, e isso fazia com que todo mundo buscasse alcançar esse sonho, quisesse ter o sucesso do DEF LEPPARD ou do WHITESNAKE, por exemplo. Havia bandas vendendo milhões de discos, e todas as outras queriam chegar no mesmo ponto, então nós sentimos a pressão para nos encaixarmos, para fazermos parte do que estava acontecendo.”

Por fim, HOFFMANN apontou que, “felizmente”, esse momento passou. O heavy metal encontrou seu espaço de vez e isso conferiu mais segurança ao ACCEPT — que seguiu, claro, fazendo um bom trabalho.

“O metal se estabeleceu, e agora nós sabemos o nosso lugar mais do que sabíamos naquela época. Sinto-me mais ‘em casa’, de certa forma. Há um sentimento de estabilidade que eu realmente aprecio.”

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