A parada depois de The Ride Majestic (2015) fez muito bem a Björn “Speed” Strid (vocal), David Andersson e Sylvain Coudret (guitarras e baixo), Sven Karlsson (teclados) e Bastian Thusgaard (bateria), obrigado. Revigorado, o Soilwork lançou um álbum que o mantém olhando para frente e resgata elementos do passado.
A banda acerta de cara com a instrumental faixa-título, cujos toques de western e progressivo relaxam o ouvinte para a pancadaria. Arrival, When the Universe Spoke e Needles and Kin trazem um elemento peculiar do grupo sueco: blast beats acompanhados por riffs ou temas de guitarra mais melódicos, e o resultado é um belo contraste. Até porque as músicas possuem características diferentes: a primeira é mais metal; a segunda, thrash; e a terceira, com participação de Tomi Joutsen (Amorphis), death.
E ainda é possível encontrar tudo de uma só vez na empolgante Witan. Ou em Bleeder Despoiler, que é Soilwork puro. Mas preste atenção também em Full Moon Shoals, levada por um trabalho maneiríssimo de Thusgaard nos bumbos; The Nurturing Glance, com um solo matador; e Stålfågel soa como o The Night Flight Orchestra se enveredando pelo death metal melódico. Para completar, o brilho de Strid e suas muitas vozes no refrão de The Ageless Whisper.
Verkligheten é um excelente álbum!