Depois de uma bem-sucedida passagem pelo Brasil em março deste ano, o Queen Extravaganza, banda tributo oficial montada pelos icônicos Brian May e Roger Taylor – integrantes originais do Queen – se prepara mais uma sequência de show em nosso país. A proposta de Alírio Netto (vocal), Nick Radcliffe (guitarra), Darren Reeves (teclado), François-Olivier Doyon (baixo), Marco Briatore (bateria) é divertir o público com 90 minutos de clássicos do Queen executados de forma pura e autêntica. Conversamos com Netto sobre as próximas apresentações e a sua experiência com a banda tributo oficial.
O que você espera dessas apresentações em setembro?
Alírio Netto: Eu acho que mais uma vez uma teremos um público muito bom. A galera já sentiu a primeira turnê e muita gente vai novamente. Quem ainda não foi, vai porque tem a oportunidade. Até porque, depois desses shows eu acho que a gente demore para voltar para cá. Mudaremos um pouco o repertório, então não será o mesmo show. Faremos Brasília, Vitória e Belo Horizonte, lugares aonde não tocamos antes. São Paulo e Rio de Janeiro já viram, mas agora poderão ver algo diferente.
Vocês fizeram uma sequência de shows em março deste ano. Como o restante da banda reagiu aos shows no Brasil?
Alírio: Eu disse para eles: “esqueçam tudo que vocês já viram, esqueçam esses shows. Agora é que vai começar a brincadeira”. Foi isso que aconteceu. Os shows foram um sucesso. Lotamos vários lugares e foi animal. Tanto é que estamos voltando.
Considerando o fato da música do Queen atravessar algumas décadas, você percebe a renovação do público nessas apresentações?
Alírio: Muito! Por conta do filme Bohemian Rhapsody (2018), a gente viu uma renovação muito grande do público. Nós tocamos num evento fechado em Dublin (Irlanda) na estreia do filme e o lugar estava cheio de adolescente. Ali eu vi que haveria uma renovação do público. Dito e feito. Por exemplo, tinha muita meninada na turnê que fizemos no Brasil. É um público de todas as idades curtindo esse momento do Queen. Acho que esse contato com o filme despertou a paixão pela banda.
Falando do filme, qual a sua impressão sobre ele e o quanto ele impactou nos shows do Queen Extravaganza, além da comentada renovação de público.
Alírio: O filme é sensacional. Acho que eles conseguiram uma fidelidade incrível com os quatro (integrantes). É um filme de entretenimento que contém uma história verídica. Quando fomos tocar na Europa, a turnê já estava esgotada, então não teve tanta diferença. Mas logo depois, quando fomos para os EUA, eu já senti a renovação. Na sequência tocamos no Brasil e aí sim eu vi que tinha renovado muito.
Para fechar, além dos shows com o Queen Extravaganza, você está preparando o lançamento de um DVD referente a sua carreira. De mais detalhes sobre ele.
Alírio: Este DVD se chamará The Journey So Far e é composto de um show feito do Teatro Porto Seguro que fiz em abril do ano passado, além de um um documentário que visita todas as fases da minha carreira, com depoimentos de toda galera com quem toquei. Com relação ao show, ele teve vários convidados, como a galera da Malta, do Angra e até o James LaBrie (Dream Theater) cantou no dia, mas não conseguimos colocar a música dele no DVD. Trago uma música inédita, além de músicas do Khallice, do Ages of Artemis, da minha carreira solo, do Jesus Christ Superstar. Também tem música do Angra e uma homenagem à Andre Matos. Por coincidência eu gravei Make Believe (Holy Land, 1996), então resolvemos fazer essa homenagem. O documentário será disponibilizado pela Amazon, além das plataformas de áudio. A ideia é lançar ele antes da turnê com o Queen Extravaganza no Brasil.
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