Autointitulado o “Preservador do Rock Setentista”, o Stone Axe, ainda pouco conhecido no Brasil, tenta levar o ouvinte de volta a década de Thin Lizzy, Led Zeppelin, Pink Floyd & Cia. Assim sendo, como não poderia deixar de ser, a formação da banda não inventa. O line-up é simples: Mike Dupont, no baixo; Mikey Huslip, na bateria; Tony Reed, na guitarra; e Dru Brinkerhoff, nos vocais. Solícito, Reed (Mos Generation) aceitou responder a algumas perguntas. Ele falou de suas influências, afirmou desconhecer o cenário musical brasileiro e mostrou estar por fora de um dos principais assuntos dos últimos dias, o fim do MegaUpload, mas, apesar de músico, afirmou ter feito uso do site.
A influência do Classic Rock na música de vocês é óbvia. Mas o que influencia vocês atualmente?
Tony Reed: Quando eu componho não extraio nada de ‘bandas modernas’. Não estou falando que não gosto de nada ‘moderno’, mas apenas que eu vou pelo que eu cresci escutando, ou seja, Rock setentista. Algumas das bandas que eu curto hoje soam como as dos anos 70, como Bigelf, The Golden Gods, Fleet Foxes, Graveyard.
Então quais são as cinco músicas dessa década que resumem o que o Stone Axe gostaria de fazer?
Tony: Nós gravamos e cantamos em shows alguns covers, e estaremos tocando um set inteiro com músicas da Free em Londres, a partir de abril. Mas aqui vai uma listinha com músicas que nunca tocamos, mas já falamos sobre: Little Darlin’ (Thin Lizzy), The Land (RAMATAM), Man From Mecca (The Sweet), An Old Raincoast Will Never Let You Down (Rod Stewart) e Deserted Cities Of The Heart (Cream).
Quais os planos da banda para 2012? Alguma chance de rolar um show no Brasil?
Tony: Nós temos alguns lançamentos a caminho e faremos uma curta turnê pela Europa em abril, como disse. Ainda não temos planos para uma outra tour além dessa, mas adoraríamos ir ao Brasil. Só não podemos garantir nada agora.
Como é a relação entre vocês e a gravadora?
Tony: A Ripple Music relançou nossos dois primeiros álbuns e fez alguns singles. Eles também lançarão nosso próximo disco. Tenho uma boa relação com o John e o Todd, da Ripple. Eles realmente acreditam na música que estão lançando e isso é uma coisa pela qual eu estava procurando há muito tempo. Com certeza a Ripple acredita no que fazemos. São fãs de música.
Mudando um pouco de assunto, o que você acha do fim do MegaUpload? Não acha que a internet trouxe muitos benefícios para quem vive de música?
Tony: Cara, eu já usei o MegaUpload, mas não sei muito sobre. Eu realmente nem sabia que tinha sido derrubado. Eu penso que a internet é, sim, uma grande ferramenta para promover música para os músicos em sim. Como em uma turnê. Na primeira vez que eu saí em turnê, no início dos anos 1990, era muito mais difícil de encadear e marcar turnês. Às vezes nós chegávamos a um clube para tocar e estava fechado. Ou nós nos perdíamos na estrada e tínhamos que usar um orelhão para saber a direção certa. A internet, definitivamente, me ajudou bastante e eu promovo isso.
O que você conhece da música brasileira?
Tony: Para ser honesto, não conheço muita coisa. Acho que SEPULTURA é tudo que sei sobre música brasileira. Sou grande fã de todos os álbuns com o Max Cavalera. Também sei que o Brasil tem a reputação de ser um ótimo lugar para se tocar, com públicos alucinados.
Site relacionado: www.stoneaxeband.com/music.html
