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JERRY CANTRELL – SÃO PAULO (SP)

12 de novembro de 2024 – Audio Club

Por Marcelo Gomes

Fotos: Roberto Sant’Anna

No último dia 12 de novembro, o lendário guitarrista e vocalista Jerry Cantrell, conhecido principalmente por sua trajetória no Alice in Chains, apresentou-se no palco da casa de shows Audio, em São Paulo. O evento, parte da turnê promocional do álbum I Want Blood (2024), marcou uma noite de celebração tanto de sua carreira solo quanto de clássicos de sua icônica banda, reunindo uma multidão de fãs de todas as idades que lotaram o local.

A produção do show foi minimalista, destacando-se pelo nome do artista no telão do palco, som impecável e iluminação que complementava a densidade das composições. A banda de apoio, composta por Zach Throne (guitarra e vocal), Eliot Lorango (baixo), Lola Colette (teclados) e Roy Mayorga (bateria), adicionou profundidade às músicas, reproduzindo com fidelidade tanto os trabalhos de estúdio quanto os arranjos ao vivo do Alice in Chains. O equilíbrio entre músicas introspectivas e potentes proporcionou uma dinâmica interessante para o show.

A plateia, formada por fãs de longa data e admiradores mais recentes, estava visivelmente emocionada desde o início, aguardando ansiosamente cada acorde. A abertura com a arrastada Psychotic Break trouxe uma atmosfera pesada e riffs poderosos, criando o ambiente perfeito para a entrada de Cantrell no palco. Embora não seja uma faixa explosiva, o público foi à loucura já nas primeiras notas. A explosão veio na sequência com Them Bones: assim que a introdução icônica soou, o público reagiu com gritos ensurdecedores e cantou a música toda em volume máximo.

Uma seleção de temas de sua carreira solo ganhou espaço. Desta vez, Vilified, Off the Rails, Atone e Angel Eyes chegaram para mostrar todo o talento do guitarrista que influenciou toda uma geração. Qualquer uma dessas faixas poderia facilmente estar em algum disco do Alice in Chains, já que carregam o DNA que os consagrou. Cantrell parecia confortável no palco com o material novo, interagindo com os fãs enquanto tocava e fazendo com que todos se conectassem com a performance. A recepção foi ótima e, não raro, os fãs gritavam o nome do guitarrista entre as músicas.

A balada Siren Song veio carregada de emoção. A letra introspectiva e o arranjo cativante criaram uma atmosfera envolvente entre artista e público, que apreciava atento, visivelmente tocado pela interpretação. Clima parecido em Hard to Know, que não é propriamente uma balada, mas mantém um tom reflexivo. Depois, as energéticas Afterglow e I Want Blood começaram a preparar o público para o que estava por vir. E não era pouca coisa. Sem anúncio, tocam talvez o maior clássico do Alice in Chains. Estamos falando de Man in the Box, que ganhou os vocais de Zach Throne e foi cantada por todos desde os primeiros riffs. Aliás, os fãs cantaram tão fervorosamente o refrão que quase ofuscaram a voz do Zach. Enfim, era mais do que esperado essa devoção toda para um hino de uma geração.

Jerry aproveitou o momento para tomar um fôlego e apresentar a banda. Com todos muito ovacionados, era hora de seguir com mais material de sua carreira solo. Com a difícil missão de manter a empolgação lá em cima – talvez essa nem fosse a pretensão dele –, tocou Cut You In, My Song e Held Your Tongue, às quais os fãs se mostraram bem receptivos. No entanto, o guitarrista tirou mais uma carta da manga, agora Would?, outro grande sucesso do Alice in Chains, que transportou os fãs a uma época mágica, de pura nostalgia. Esse foi, sem dúvida, um dos pontos altos da noite, com fãs cantando e vibrando a cada nota. Ao contrário disso, se despedem com a arrastada e melancólica It Comes, do álbum I Want Blood (2024), que poucos conheciam.

O público não se deixou abalar e chamava por Jerry cantando “olê, olê, olê, Jerry, Jerry”. De volta para o bis, Cantrell apresentou Brighten, do álbum de mesmo nome. A canção foi recebida com entusiasmo, e a plateia cantou junto, mostrando que o trabalho recente do artista foi muito bem recebido pelos fãs brasileiros.

Outro clássico do Alice in Chains, Sea of Sorrow, trouxe uma onda de nostalgia para o público. A resposta foi imediata, com os fãs cantando em uníssono, fazendo da Audio Club um grande karaokê. Para fechar a noite, Rooster foi uma escolha perfeita. O público acompanhou com emoção, muitos com lágrimas nos olhos, enquanto Cantrell interpretava um dos maiores hinos do Alice in Chains. Esse foi o encerramento apoteótico, com todos cantando o refrão e celebrando um dos maiores guitarristas e compositores do grunge.

O show de Jerry Cantrell em São Paulo foi uma experiência intensa e memorável. Cantrell entregou uma performance sólida e cheia de emoção, revisitando clássicos e apresentando novas músicas que conquistaram o público brasileiro. Ao que parece, ele gosta de extremos e proporcionou uma montanha-russa de emoções. Com um setlist que equilibrava perfeitamente nostalgia e novidade, o artista mostrou por que continua sendo uma figura essencial na história do rock, conectando-se profundamente com os fãs e deixando uma marca duradoura em cada um dos presentes.

 

Jerry Cantrell setlist

Psychotic Break

Them Bones (Alice in Chains)

Vilified

Off the Rails

Atone

Angel Eyes

Siren Song

Had to Know

Afterglow

I Want Blood

Man in the Box (Alice in Chains)

Cut You In

My Song

Held Your Tongue

Would? (Alice in Chains)

It Comes

Brighten

Sea of Sorrow (Alice in Chains)

Rooster (Alice in Chains)

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