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A crítica opinião de MICHAEL SWEET (STRYPER) sobre IA na música

O uso de inteligência artificial na música é um dos assuntos mais discutidos dos últimos anos — e muitos artistas se posicionam contra a tecnologia. Um deles é Michael Sweet, vocalista e guitarrista do Stryper.

Em entrevista ao podcast Thunder Underground (transcrição via Blabbermouth), o frontman não poupou críticas às ferramentas disponíveis para gerar reproduções de arte. Segundo Sweet, falta humanidade a isso.

Ele disse:

“Música, ou arte em geral, precisa ser criada por humanos a partir do coração, não por um computador. E acho que muita gente está indo por esse buraco. Será interessante ver a que ponto estaremos em 10 anos com música, arte, filmes e essas coisas. É acachapante. Não acho que isso seja algo bom.”

O cantor deixou bem claro seu desdém pela tecnologia, especialmente pela facilidade que ela proporciona ao usuário. Isso o faz temer pelo futuro.

“O toque humano está se dissipando, e isso é preocupante. Não é bom para música ou arte em geral. Você simplesmente digita algumas palavras e pede para um programa te mostrar ou te dar algo. E então, em dois segundos, está na sua frente. É aqui que estamos.”

Foto: Carlos André / Roadie Crew

Michael Sweet e o dilema do que é real ou artificial

Na visão do artista, chegou ao ponto de não ser mais possível identificar o que foi produzido por humanos ou robôs. Ele completa:

“A música mudou para sempre. E aí pessoas te chamam de velho por pensar assim. ‘Ah, cara, você precisa se adaptar aos tempos. Você é das antigas, um velhote. Vamos lá, cara’. Tipo, sério? Ok, se outras pessoas não ligam para isso… uau.”

Michael reconheceu que ouviu algumas faixas criadas por IA que eram boas. Portanto, admite que a tecnologia é capaz de criar algo de qualidade. Ainda assim — e talvez até por isso —, ele se pergunta como não existe um medo maior quando a isso.

Uma postura menos pessimista

Do outro lado do espectro, está Jordan Rudess. O tecladista do Dream Theater acredita ser necessário diferenciar ferramentas benéficas ao processo da percepção geral da tecnologia.

Em entrevista ao Metal.it (transcrição via Blabbermouth), o músico abordou como a inteligência artificial tem aplicações que vão além de recriações de outros artistas. Rudess ofereceu como exemplo até algumas empresas com as quais trabalha atualmente.

“Uma das companhias com as quais trabalho bem de perto se chama Moises. É uma empresa bem interessante. Eles são principalmente conhecidos por seu trabalho em separação de faixas, e músicos no mundo inteiro usam a tecnologia. Porque basicamente te permite subir um arquivo de áudio estéreo ou até um vídeo, e uma vez dentro do sistema, dá pra desmontar.”

Os recursos técnicos são um dos grandes atrativos de se utilizar uma ferramenta do tipo. Rudess comenta:

“Digamos que você suba uma canção do Dream Theater, e então volta para você, dá pra decidir: quero apenas os vocais, o piano, o baixo, bateria, guitarra solo, violão. Dá pra separar. É como ter acesso a todas as faixas individuais. É quase um milagre moderno da música, o jeito que funciona.”

Uso de tecnologia em projetos conhecidos

Esse tipo de tecnologia foi empregada recentemente em projetos bem conhecidos. Os Beatles usaram inteligência artificial para separar faixas no processo de remasterização do álbum Revolver (1966), e o diretor Peter Jackson também empregou a ferramenta durante a produção do documentário The Beatles – Get Back. Até mesmo a canção inédita “Now and Then” foi viabilizada por IA, ainda que em uma possibilidade distinta: melhoria de gravações de origem não tão boa.

Rudess, ainda na entrevista, comentou que o exemplo oferecido serve para mostrar como a conversa sobre inteligência artificial tem mais nuances. Existem aplicações nocivas, mas também benéficas.

Ele disse:

“A razão pela qual menciono isso é porque adoro a tecnologia, mas também porque todo músico ao redor do planeta usa isso enquanto tem uma ideia de que inteligência artificial se trata de algo ruim, mas não percebem que Moises é IA.”

Apesar disso, o tecladista reconheceu que existe justificativa para artistas se sentirem preocupados quanto a máquinas tendo acesso ao seu material. Especialmente quando esse aprendizado ocorre sem autorização. Sobre isso, Rudess afirmou ser necessário uma estrutura legal para uso de conteúdo protegido por direitos autorais no ensino de IA.

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